quatro

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Acho que é a primeira vez que sinto tanta dor no meu corpo

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Acho que é a primeira vez que sinto tanta dor no meu corpo.

— Ei, Sabina. — Bailey fala — Está tudo bem?

— Não. Fui jogada contra a parede e bati com a cabeça com tudo.

Me levanto devagar e percebo que não estávamos na mesma sala que antes. E nem amarrados.

— Nem tenta abrir as portas e janelas. Já tentei isso.

— Que tédio. O que adianta ficar em uma sala sendo que não há nada para fazer?

— Posso te lembrar que o motivo de estarmos aqui é porque fomos sequestrados?

— Não precisava lembrar. Mas obrigada.

Me sento no chão novamente.

— Perguntas e respostas.

— Como funciona?

— Eu te faço uma pergunta e você responde. — falo — Além de tudo, quero te conhecer melhor.

— Por que quer me conhecer melhor?

— Porque a gente 'tá praticamente juntos faz uns dois dias, eu acho. — respondo — Viu? Entendeu o jogo.

Passamos a fazer perguntas um para o outro. Eu não conseguia parar de rir. Eu até tinha esquecido o que havia acontecido com a gente.

Pensando bem, eu poderia usar algo para tampar as câmeras e depois poderíamos fugir.

— Quantas câmeras tem nessa sala?

— Isso faz parte do jogo?

— Ainda não respondeu minha pergunta.

— Quatro câmeras.

— E não, não fazia parte do jogo.

— Sabina, o que vai fazer?

— Nada ainda. 'Tô tentando pensar em algo. — falo.

— Não tenta nada por enquanto. Acabou de levar uma pancada na cabeça quando te jogaram pela parede.

— Que mania de lembrar das coisas. — reclamo.

Eu não iria fazer nada até ter um plano bom. A única coisa que eu quero é sair daqui o mais rápido possível.

Não poderíamos fugir agora, e nem nesse momento. Minha cabeça doía muito e acho que eu não tinha muitas forças para correr.

— Nunca senti tanta dor no meu corpo.

Minha cabeça doía horrores, e minha mão também.

— Por que não dorme um pouco?

— Porque eu estou com medo.

Fez um sinal para eu me aproximar.

— O que foi?

— Deita aqui. — segurou minha mão — Vou ficar com você.

Encosto minha cabeça em seu ombro.

— Que dia você faz aniversário?  — perguntou de repente.

— 6 de agosto.

— Eu também.

— Legal.

É uma conversa estranha para se falar com alguém. Mas pude descobrir que ele faz aniversário no mesmo dia que eu.

E a gente nunca tinha se falado.

Não tínhamos mais assunto para se falar nesse momento. Apenas fecho meus olhos e acabo dormindo.

Mas quando eu acordo. Vejo algo chocante. E acho que eu não queria ter visto.

— BAILEY! — grito — Você está bem?

— Eu quero ir embora. Por favor, me ajuda a embora. Eu não aguento mais.

— Vamos dar um jeito.

— Você promete?

Eu não podia prometer algo tão sério sem ao menos eu ter certeza de que poderia dar certo.

— Eu prometo.

— Eu prometo

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continua...

o que acham que aconteceu?

𝗺𝘆 𝗯𝗿𝗼𝘁𝗵𝗲𝗿Onde histórias criam vida. Descubra agora