dezesseis

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Eu passei a odiar o meu quarto e tudo em minha volta

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Eu passei a odiar o meu quarto e tudo em minha volta. Tudo estava diferente desde que eu voltei do hospital, inclusive minha casa.

O médico pediu para eu ficar de repouso até eu voltar para a escola. E essa semana foi terrível ter que ficar na cama em boa parte do tempo.

Na maior parte, eu dormia ou mexia no celular. E as vezes assistia televisão. Mas eu não fazia mais nada além disso, eu nem conseguia andar direito.

Viro a cabeça quando ouço três batidas na porta.

— Oi, Sabina.

— O que faz aqui? Achei que ainda estava de recuperação. — pergunto.

— Minha mãe queria que eu viesse aqui porque bom.. na verdade, eu queria ver como você estava.

— Eu 'tô.. viva. Eu não vou dizer que eu estou bem. Eu tenho pesadelos toda hora que eu durmo e não suporto mais o meu quarto.

— Sei como é. 'Tá tudo meio complicado, meu pai de repente quer sempre conversar comigo e ele nunca fazia isso. Eu não consigo mais dormir.

— Você nunca dormiu. — falo — Quando me chutaram, você disse que estava acostumado a não dormir.. você só dormiu porque eu te obriguei. Você tem problemas para dormir, eu já tive, eu sei como é.

Eu tive muitos problemas para dormir na época que eu sofri bullying do pessoal do hóquei. Acho que foi a pior época da minha vida.

— É. Eu tenho problemas para dormir.

Me estiquei até minha gaveta. Mas meu corpo doía muito nos últimos dias.

— O que você quer? Posso pegar para você.

— É só uma coisa que eu quero te entregar.

Ele abriu a gaveta.

— O que é?

— O pote com a tampa vermelha. — falo — Pode ficar para você. Eu não uso mais.

Era remédio para dormir.

— Valeu. Eu tenho em casa, mas eu posso tentar usar esse.

Eu decidi mudar o assunto. Aquilo já estava ficando estranho.

— Falei com a Sina.

— Sério? O que ela disse?

— Ela se sente bastante culpada.

— Por que? — questiona.

— A gente ia no cinema, mas eu esqueci minha mochila. E antes disso tudo acontecer, ela me mandou mensagem dizendo que eles foram sem mim porque quase perderam a sessão eu nem me importei. — suspiro — Ela pensa que se tivessem ido comigo ou sei lá, isso não teria acontecido.

Era meio complicado isso.

— Desculpa. Estraguei o clima.

— Não tem problema.

— Amanhã a gente volta para a escola. — mudo novamente o assunto — Está... nervoso?

— Sendo sincero, sim. Eu não quero voltar.

— Nem eu.

Eu estava bem nervosa com isso. Eu acho que voltar para a escola seria a pior coisa que poderia acontecer depois de ter sido sequestrada e considerada morta.

Eu realmente estou com medo.

Eu realmente estou com medo

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continua...

𝗺𝘆 𝗯𝗿𝗼𝘁𝗵𝗲𝗿Onde histórias criam vida. Descubra agora