seis

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— Preciso que vá para o outro lado da sala

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— Preciso que vá para o outro lado da sala. Tampe a porra das câmeras com as porra das meias que eu te emprestei.

— Vai querer de volta depois?

— Claro que não. Não quero nada desse lugar.

— Não é mais fácil a gente esperar ao lado da porta ao invés de tentar abrir a porta por menos de 10 minutos? Provavelmente já perceberam.

Paro de responder. Sinto uma enorme falta de ar. Eu odiava quando isso acontecia.

— Sabina? — ele se vira, e quando me vê, se assustou — O que aconteceu? Você está bem?

Claro que eu não estou bem.

Quando eu.. fico nervosa, eu.. sinto a porra de uma falta de... ar.

— Faz aquele negócio da flor.

— Aquela porra não ajuda.

— Então, se acalma. Não fica nervosa.

Os minutos eram contados. A qualquer momento, iriam derrubar aquela porta e nós poderíamos morrer.

— Lembra quando eu pedi para você fugir sem mim? — eu pude sentir que lágrimas iriam sair de meu rosto.

— Eu não vou fazer isso, Sabina. Eu não vou.

— Por favor. Eu não quero que você morra.

— E eu não quero que a gente morra! — diz.

Não consigo conter o choro. Lágrimas rolavam pelo meu rosto.

— Faz isso, por favor. Eu estou te ajudando a fugir, agora.. faça isso por mim.

— Eu não posso.

Não tive outra reação a não ser abraça-ló. Essa seria a nossa despedida. E a última vez que nós iríamos nos ver.

Aquilo partia o meu coração.

Em poucos minutos, aquela porta vai ser aberta e você vai fugir. A gente se vê por aí. Se eu ainda estiver viva. — sorri com a cabeça um pouco baixa — Pode ir. A porta está ali.

— Obrigada, Sabina. Por tudo. — se levantou.

Pude ouvir os passos se aproximarem. É agora.

Fecho meus olhos, eu estava pronta para o que fosse acontecer. Não importasse o que seja.

Apenas escuto a porta ser aberta. Não faço ideia se Bailey fugiu ou não. Mas de uma coisa eu sei: eu fui arrastada até outro canto da sala e chutada até eu gritar.

Eu esperava tudo, menos isso.

— Sabina!

Ele não foi embora. Por que ele não foi embora?

— Aproveita enquanto pode.. foge.

— Eu não posso. Não posso fazer isso com você.

Um silêncio se permanece na sala. Eu podia sentir meu coração bater, eu podia ouvir minha respiração ofegante.

— Não quis fugir. Eu quero fugir com você.

— Você não deveria fazer isso.

Minha respiração ficava cada vez mais fraca.

— Sua respiração está fraca.

— Eu sei. — falei.

Ele colocou minha cabeça em cima de sua perna e passou a mão em meu cabelo.

— Descansa um pouco.

— Tenho medo de dormir e nunca mais acordar.

— Isso não vai acontecer. Estou aqui com você.

— Você ainda não dormiu desde que tudo isso aconteceu.

— Estou acostumado a não dormir. Não se preocupe.

Fecho os olhos lentamente.

Fecho os olhos lentamente

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continua...

tadinha da Sabina

𝗺𝘆 𝗯𝗿𝗼𝘁𝗵𝗲𝗿Onde histórias criam vida. Descubra agora