— Preciso que vá para o outro lado da sala. Tampe a porra das câmeras com as porra das meias que eu te emprestei.
— Vai querer de volta depois?
— Claro que não. Não quero nada desse lugar.
— Não é mais fácil a gente esperar ao lado da porta ao invés de tentar abrir a porta por menos de 10 minutos? Provavelmente já perceberam.
Paro de responder. Sinto uma enorme falta de ar. Eu odiava quando isso acontecia.
— Sabina? — ele se vira, e quando me vê, se assustou — O que aconteceu? Você está bem?
Claro que eu não estou bem.
— Quando eu.. fico nervosa, eu.. sinto a porra de uma falta de... ar.
— Faz aquele negócio da flor.
— Aquela porra não ajuda.
— Então, se acalma. Não fica nervosa.
Os minutos eram contados. A qualquer momento, iriam derrubar aquela porta e nós poderíamos morrer.
— Lembra quando eu pedi para você fugir sem mim? — eu pude sentir que lágrimas iriam sair de meu rosto.
— Eu não vou fazer isso, Sabina. Eu não vou.
— Por favor. Eu não quero que você morra.
— E eu não quero que a gente morra! — diz.
Não consigo conter o choro. Lágrimas rolavam pelo meu rosto.
— Faz isso, por favor. Eu estou te ajudando a fugir, agora.. faça isso por mim.
— Eu não posso.
Não tive outra reação a não ser abraça-ló. Essa seria a nossa despedida. E a última vez que nós iríamos nos ver.
Aquilo partia o meu coração.
— Em poucos minutos, aquela porta vai ser aberta e você vai fugir. A gente se vê por aí. Se eu ainda estiver viva. — sorri com a cabeça um pouco baixa — Pode ir. A porta está ali.
— Obrigada, Sabina. Por tudo. — se levantou.
Pude ouvir os passos se aproximarem. É agora.
Fecho meus olhos, eu estava pronta para o que fosse acontecer. Não importasse o que seja.
Apenas escuto a porta ser aberta. Não faço ideia se Bailey fugiu ou não. Mas de uma coisa eu sei: eu fui arrastada até outro canto da sala e chutada até eu gritar.
Eu esperava tudo, menos isso.
— Sabina!
Ele não foi embora. Por que ele não foi embora?
— Aproveita enquanto pode.. foge.
— Eu não posso. Não posso fazer isso com você.
Um silêncio se permanece na sala. Eu podia sentir meu coração bater, eu podia ouvir minha respiração ofegante.
— Não quis fugir. Eu quero fugir com você.
— Você não deveria fazer isso.
Minha respiração ficava cada vez mais fraca.
— Sua respiração está fraca.
— Eu sei. — falei.
Ele colocou minha cabeça em cima de sua perna e passou a mão em meu cabelo.
— Descansa um pouco.
— Tenho medo de dormir e nunca mais acordar.
— Isso não vai acontecer. Estou aqui com você.
— Você ainda não dormiu desde que tudo isso aconteceu.
— Estou acostumado a não dormir. Não se preocupe.
Fecho os olhos lentamente.
continua...
tadinha da Sabina
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𝗺𝘆 𝗯𝗿𝗼𝘁𝗵𝗲𝗿
FanfictionOnde Sabina descobre que tem um irmão gêmeo, cujo o nome seja Bailey May.