𝐆𝐔𝐍𝐒 𝐀𝐍𝐃 𝐊𝐍𝐈𝐕𝐄𝐒 ٪ 𝘷𝘪𝘯𝘯𝘪𝘦 𝘩𝘢𝘤𝘬𝘦𝘳

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BROOKLYN

- Você está incrível, Brooke. Um canalha como o Hacker não deveria estar se casando com você. - Aaron diz enquanto me olha vestida em meu vestido de casamento. Apesar de ele ser totalmente contra o casamento, ele é o mais próximo de uma presença paterna para mim.

O vestido que escolhi deixa meus ombros expostos e ele não tem renda ou tule, é apenas um tecido liso, um vestido simples porém elegante. Ele é um pouco volumoso mas não chega a ser estilo princesa, está mais para um estilo camponesa. Meu cabelo está preso em um coque porém pequenas mechas estão soltas e onduladas. Meu buquê é de apenas rosas vermelhas, e estou usando saltos brancos e abertos com apenas uma tira nos dedos e outra no tornozelo segurando.

- Estou fazendo isso por nós, Aaron. - eu ajeito meu batom no espelho.
Escolhi não usar nenhum tipo de véu, acho que não combinaria com o vestido. A porta é aberta por Cindy.

- Meu Deus... Eu nem acredito que você vai se casar. - ela diz com um sorriso enorme no rosto - Pelo menos não é com um dos velhos da nossa máfia, apesar de ser mais perigoso com aquele loiro lá. - comenta - Enfim, está na hora.

Respiro fundo e estou tentando ignorar todos os meus sentimentos nesse momento para não ficar nervosa, afinal, ainda sou uma pessoa indo se casar pela primeira vez, não é? Aaron posiciona seu braço para que eu apoie o meu nele. A música é a tradicional para casamento usada por anos e anos e muitos anos mas chega a ser quase uma tradição usar essa música nos casamentos de máfia. Nos posicionamos na porta pouco antes de ela se abrir, todos se levantaram ao me verem mas meu olhar correu pelo tapete vermelho da igreja até o topo de um degrau.

Por mais incrível do que pareça, ele está belo vestido naquele terno preto com uma rosa pendurada. Seu cabelo parece estar mais curto porém existem pequenos cachinhos nele. Já dizia Cindy, pelo menos não estou me casando com um dos velhos da máfia e se meu plano for po água abaixo, não terei que olhar para alguém feio toda manhã ou antes de dormir. Hacker ao olhar para mim, passa sua língua pelos seus lábios antes de sorrir em aprovação.

Entramos na igreja e eu abro um sorriso para disfarçar mesmo sabendo que todos não aprovam a "união". A cada passo eu chego mais perto dele e a cada passo chego mais perto de cumprir meu plano mas é nesse momento que eu penso o quão idiota ele pode ser, eu sou estúpida por estar me casando mas não posso impedir mais a essa altura. Paramos e Aaron me dá um beijo demorado no topo da minha cabeça antes de me entregar para o meu rival. Minha mão entra em contato com a de Hacker e eu olho em seus olhos, fingindo uma alegria que não tenho verdadeiramente. O padre começa a falar e falar.

- Brooklyn Mary Del Rojo - o padre se vira para mim -, você aceita amar, respeitar e ser fiel a esse homem na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza até que a morte os separe?

- Aceito. - afirmo. Até que a morte nos separe.

- Vincent Cole Hacker - o senhor se vira para o loiro -, você aceita amar, respeitar e ser fiel a essa mulher na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza até que a morte os separe? - repete os votos.

- Sim, aceito. - ele diz ainda olhando em meus olhos. Engulo a seco.

- Tragam as alianças. - pede o padre e Liya aparece segurando uma almofada branca e aveludada com uma aliança de ouro branco e um anel com uma pedra única do tamanho perfeito. Eu coloco a aliança dele primeiro em seu anelar esquerdo e ele faz o mesmo comigo em seguida - Eu vos declaro marido e esposa. - diz o mais velho - Pode beijar a noiva.

E então minha cintura é puxada e minhas mãos vão para o rosto de Hacker, como se fizessemos aquilo todos os dias, como se fosse costume. Nossas bocas se chocam. Meu primeiro beijo é dado na frente de duas máfias rivais como uma união entre elas, como um pacto sendo feito, uma promessa. As mãos de Hacker se apertam em minha cintura sob o tecido do vestido mas nos separamos ou iria ficar muito constrangedor para as outras pessoas.

- Mal posso esperar para arrancar esse vestido de você. - ele murmura apenas para que eu ouça. Apenas olho para ele e engulo a seco, ele acha mesmo que vai conseguir tirar minha virgindade com essa facilidade?

A festa dura por algumas horas nos fundos de minha casa em Miami. Apesar de tudo, boa parte conseguiu deixar a guerra para outro dia e resolveram se divertirem durante a festa. Preciso entrar na casa para poder trocar o vestido por um mais leve, afinal, foi Hacker quem cuidou para que tivéssemos uma casa para qual ir em Orlando enquanto eu cuidava de todo o casamento. Caminho pelas escadas até o meu quarto, onde tenho o vestido já separado, e fecho a porta. Por sorte o zíper desse fica na lateral e eu não preciso de ajuda para retirá-lo. Alguém tenta abrir a porta mas não consegue e então bate.

- Você é minha esposa agora, Brooklyn. - ouço sua voz do outro lado da porta e eu reviro os olhos enquanto coloco o outro vestido, também branco, mas dessa vez um pouco mais leve. - Já devemos ir para Orlando ou ficará muito tarde.

- Eu sei, por isso estou trocando de roupa, idiota. - falo alto para ele poder ouvir claramente e então caminho até a porta para abrí-la. Hacker, ainda vestido em seu terno, entra no quarto. Minhas malas já estavam dentro do carro em qual iríamos viajar até Orlando. - Você está aparecendo aqueles garotos de baile de formatura. - zombo enquanto caminho até o espelho para desfazer o coque de meu cabelo.

- Ha ha, muito engraçado. - ouço ele dizer mas não olho para ele pois estou focando em ajeitar os meus cílios. - Meu pai quase me matou quando soube que eu iria me casar com você. - comenta - Disse que eu estava sendo influenciado pelo meu pau. - eu me viro para ele e percebo que está mais perto do que eu achava que estaria mas mesmo assim não deixo de semicerrar meus olhos - O quê?

- Se acha que eu irei ser algum objeto sexual seu, você está muito enganado - o aviso.

Hacker chega mais perto de mim e a diferença de altura não é muita comigo usando saltos. Suas mãos se agarram em minha cintura e me puxam para si, as minhas seguram as lapelas de seu paletó.

- Você não vai ser virgem por muito tempo, Brooklyn. - chega mais perto de meu ouvido - Pode não ser um objeto sexual mas agora você é minha e apenas minha - seus lábios são pressionados contra a pele logo atrás de minha orelha - e eu posso ter certeza que você vai gostar bastante do que eu posso te dar.

Prendo minha respiração. Merda, Hacker...