𝐆𝐔𝐍𝐒 𝐀𝐍𝐃 𝐊𝐍𝐈𝐕𝐄𝐒 ٪ 𝘷𝘪𝘯𝘯𝘪𝘦 𝘩𝘢𝘤𝘬𝘦𝘳

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BROOKLYN

Após darmos adeus a todos na festa, adentramos no carro preto, um tipo de SUV. Hacker está no banco do motorista, portanto tenho que ir na frente junto a ele. A noite está mais fria do que o de costume no inverno então foi um erro ter colocado um vestido curto em vez de uma calça. Ligo o aquecedor do carro assim que damos partida.

- Não está frio, Brooklyn. - ele desliga o aquecedor e eu o encaro. Segundos depois eu o ligo mais uma vez e então ele olha para mim - Quer que esse carro vire um inferno de quente? - ele desliga mais uma vez. Juro que vou socar esse garoto.

- Sou eu que quero ficar quente, está fazendo 15°C lá fora, Vincent. - digo a ele e me inclino para tirar meus sapatos, não vou ficar mais de três horas sendo que estou dentro do carro.

Encosto no banco novamente e me viro para o lado da janela. Ficamos em completo silêncio por alguns minutos até que eu sinto a mão quente de Hacker em minha coxa nua e eu prendo minha respiração. No carro? Sério? Olho para ele e então ele retira a mão apenas para ligar o aquecedor porém volta a deixá-la em contato com a minha pele, não se movendo dali. Solto um suspiro antes de olhar para o lado de fora mais uma vez.

Não sei quando eu peguei no sono mas eu acordo quando já estamos em Orlando. Me espreguiço o máximo que eu consigo sentada no banco e então eu olho para Vincent. Ele me nota acordada e seu polegar vai de cima para baixo em minha coxa.

- Falta alguns minutos para chegarmos. - ele diz. É quase meia noite. O aquecedor já não está mais ligado porém o carro está confortável para se estar.

Adentramos um complexo cheio de mansões de vários tipos, desde as clássicas até as mais modernas. Paramos em frente a uma mansão branca moderna porém de dois andares. Tiro o cinto de segurança e reparo que não tem portões no lugar além dos da entrada do complexo.

- Vincent - o chamo e ele olha para mim ao tirar seu cinto também - Aqui não tem segurança alguma. Somos chefes de máfia, caso você tenha esquecido. - levanto minhas sobrancelhas.

- E foi por isso que eu também comprei aquela casa ali - ele aponta para a casa atrás de mim - Alguns guardas de confiança irão morar lá logo, não quero ninguém morando conosco a menos que seja inevitável. - fala e então sai do carro. Eu faço o mesmo.

Deveria ter realmente usado calça e tênis. Vou até o porta-malas e ajudo Vincent tirar minhas malas de dentro do carro, não tendo nenhuma sua. Estranho mas não o questiono sobre isso. Preciso fazer com que ele confie em mim o quanto antes, preciso que esse plano dê certo pois eu nem mesmo quero pensar se ele der errado.

Levo minhas malas até a entrada e espero por Hacker, que trás mais uma. A tranca é digital, ou pela senha ou pela digital, eu já tinha visto uma dessas antes. Ele coloca o dedão dele e então a porta enorme se destrava e abre. Está tudo escuro mas então as luzes se acendem, a vista é aberta, mostrando os sofás da sala de estar e uma longa mesa de jantar. O teto é bem alto, deve ter uns três metros de altura, as janelas que mostram a piscina e o gramado acompanhando a altura. As escadas são iluminadas por luzes de led amarelas porém a iluminação é baixa.

- Tem uma piscina aquecida no andar de cima. Se quiser pode explorar a casa. - Hacker diz - Eu levo as malas para cima. Amanhã podemos registrar sua digital na porta se quiser. - seu tom de voz está meio cansado então apenas faço que sim com a cabeça.

Ele leva uma das malas grandes que estão comigo e para o ajudar eu subo com a outra, apenas o seguindo. O loiro vai para a esquerda, na segunda porta, e abre a porta, revelando o espaço do quarto. É simplesmente o dobro do meu em Miami, basicamente o tamanho de um loft. A cama é kingsize e está tudo completamente mobiliado. Vincent abre duas portas de correr escuras e então nós adentramos ao closet, um corredor com um espelho no fundo e em ambos os lados tem prateleiras, araras e gavetas. A do lado direito já estava completamente cheio com as roupas de Vincent e eu sei que terei que arrumar as minhas logo.

O banheiro não tem porta mas tem um box ao lado de uma banheira e o balcão é enorme com duas pias e o espelho.

- Eu vou tomar um banho. - ouço ele dizer assim que sai do closet e me viro, o vejo desabotoando sua camisa social e revelando algumas tatuagens - Fique a vontade se quiser se juntar a mim.

Ele me olha e então retira sua camisa, a mesma caindo no chão. Observo seu corpo com tatuagens porém sua pele ainda exposta, suas mãos vão para o cinto a calça e eu arregalo os olhos, me virando de costas mas eu consigo vê-lo pelo espelho, por isso eu saio do banheiro para ir para o closet. Retiro meus saltos e dou um suspiro de alívio ao sentir o chão quente com meus pés, provavelmente deve ter um aquecedor.

Deito uma das malas no chão para começar a colocar a organizar minhas coisas e para isso preciso levantar e me agachar o tempo inteiro. Pego o pacotinho com ziplock cheio das minhas lingeries e me levanto para organizá-las em uma das gavetas. Hacker então passa por mim e eu consigo sentir o calor de seu corpo. Olho para ele e o mesmo está com os cabelos molhados e eu uma tolha branca em volta da cintura, o loiro repara e sorri de lado. Convencido.

- Está tudo bem se quiser tocar, eu não vejo problema algum. - ele pega uma cueca e então ele retira a toalha de seu corpo. Levanto minhas sobrancelhas e então eu foco em guardar as minhas coisas - Você reagir assim nem parece que é a mesma Brooklyn que eu sequestrei.

- Talvez porquê, apesar de eu matar pessoas, eu ainda seja virgem? - pego uma calcinha e me agacho no chão para pegar uma camisola na mala. Pego também minha escova de dentes e de cabelo.

- Eu posso fazer o favor de fazer com que você não seja mais. - cantarola e eu reviro os olhos, saindo daquele closet para ir ao banheiro. Sei que se eu demorar demais a fazer o que quero fazer, terei realmente que perder minha virgindade.

Retiro minhas roupas e localizo uma sacola de pano em baixo do balcão da pia, coloco minha roupa dentro e percebo que a de Hacker está junto. Tem uma toalha separada em cima do balcão e então eu entro no box, ligando o chuveiro. Prendo o meu cabelo em um coque mal feito para então tomar banho. Ao acabar, espero dentro do box por alguns segundos antes de sair de lá e me secar com a toalha. Visto a calcinha com a camisola, ambas pretas, que vai até o início de minhas coxas, e então eu solto o meu cabelo enquanto caminho para o quarto. O loiro já está na cama, ele se apoia em seus braços.

- Tudo isso pra mim, Brooklyn? - ele diz e eu finjo não escutar, me deitando na cama de barriga para baixo. - Poxa, nem um beijinho de boa noite? É nossa lua de mel, Brooke. - ele me chamou pelo apelido? Sério?

Mesmo assim eu preciso com que ele confie em mim, por isso eu me apoio nos braços para me sentar na cama e me inclinar até ele. Nossos lábios se encontram e meus olhos fecham automaticamente, seguro em seu peito para ter algum tipo de apoio. Em algum momento eu me perdi e mal percebi quando as nossas línguas se entrelaçaram, meus dedos se seguravam na parte de trás de seus cabelos, Hacker havia se sentado e suas duas mãos estavam em cima de minhas coxas nuas. Uma delas desliza para cima aos poucos, chegando em minha calcinha, e eu sinto um arrepio, algo está queimando em meu núcleo.

De repente em um movimento, estou em cima de Hacker. Quero parar mas quero continuar ao mesmo tempo porém eu sei onde isso vai dar se eu continuar, por isso eu pressiono o peito de Hacker, nos separando.

- O que foi? - ele pergunta um pouco ofegante, suas mãos ainda debaixo da camisola. Saio de seu colo, retirando suas mãos de mim.

- Eu estou cansada demais pra isso. - digo, o que é ao mesmo tempo verdade e mentira. - Preciso mesmo dormir. - ele apenas faz que sim com a cabeça e se ajeita na cama para ir dormir. Franzo o cenho e ele percebe.

- Saiba que eu não vou te forçar a transar comigo, Brooklyn. Não tem graça alguma para mim a pessoa não sentir prazer quando está comigo. - ele comenta e então eu me ajeito na cama também, me deitando mais uma vez de barriga para baixo - Mas saiba que eu não vou esperar para sempre. - sai mais como um aviso e eu respiro fundo, virando o rosto para o outro lado. Então as luzes se apagam.