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VINNIE

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VINNIE

Eu vou matar ele. Eu vou matar aquele bastardo do caralho. Disco o número do Madison.

- Avise a todos mas não quero que ninguém me acompanhe. Estou indo para Miami e só volto pela manhã. - a alerto e quando ela vai dizer alguma coisa eu a interrompo - Se eu não voltar até as oito, provavelmente estarei morto, então massacre os Dragones.

Então eu desligo a ligação. Desço as escadas e volto para o carro assim que eu saio da casa. Isso não vai ficar barato mesmo. Ligo para o meu piloto e peço para ele deixar tudo pronto pois vamos ir de helicóptero para Miami. Então eu dirijo até o heliporto, o caminho inteiro tento não pensar em o que Vlad pode estar tentando fazer com Brooklyn daquele jeito. Eu duvido que ela consiga se defender daquela forma.

Tenho um mini arsenal no porta-malas quando chego no heliporto e então eu me armo com uma submetralhadora e duas pistolas. Carrego também as munições no cinto com mais uma granada e outra de fumaça. Não estou indo para brincar.

- Boa noite, senhor Hacker. - me cumprimenta Ezequiel quando eu entro no helicóptero e me sento. Coloco o headphone e então nós decolamos.

Uma hora. Uma hora estando agoniado. Uma hora fazendo a raiva se acumular. Provavelmente Aaron deve estar envolvido naquilo e eu irei rasgar o seu pescoço. O helicóptero para quase na frente da casa que era dos Del Rojo.

- Pouse na rua assim que eu entrar na casa. Volto logo. - então tiro o headphone e eu jogo uma corda para baixo, me fazendo deslizar sobre ela até a rua.

Vejo dois caras de guarda logo em frente mas não dá nem tempo de eles pegarem as armas pois eu enfio uma bala no peito de cada um com as pistolas. As guardo e pego a submetralhadora, arrombando a porta da frente com o meu pé. Não sou de fazer as coisas sem ter planejado tudo porquê foi assim que meu pai me ensinou mas agora... Agora eu atiro em caras que sequestraram e feriram minha esposa. Esposa. Ainda é estranho ter uma.

Atiro em mais dois caras distraídos. Estúpidos. O terceiro vem para cima de mim mas eu agarro seu pescoço com a mão e o prenso contra a parede.

- Onde ela está? - eu pergunto entredentes mas tudo o que ele faz é tentar tirar a minha mão dele. Ouço passos, então bato com a cabeça dele com força na parede e ele cai no chão, o sangue se espalhando.

Olho para as escadas e vejo um cara descer atirando na minha direção, por sorte não conseguiu atirar em mim e eu me escondo atrás de uma pilastra. Aponto a arma para o cara no topo de escada e ele tenta atirar em mim mas pega no gesso. Eu atiro nele e ele cai no chão, então eu avanço para o andar superior. Não encontro mais nenhum guarda. Abro todas as portas no chute, inclusive a do quarto de Brooklyn, onde finalmente a acho mas ela ainda está amarrada e Vlad segura uma pistola contra a cabeça dela.

- Se afasta. - ordeno enquanto eu aponto minha arma para ela.

- Acho que não vou querer. - ele faz biquinho e eu quero quebrar a cara dele.

- Qual a porra do seu objetivo em me trazer aqui, Vlad? Não sei se sua emboscada funcionou bem, afinal, estou sozinho e os outros estão mortos. - eu olho para ela e ela está tentando olhar para mim, focar. Tem uma mordaça de corda em sua boca. Suas pernas sangram mas não são de tiros. São de cortes. - Eu já deixei você viver uma vez e eu errei em fazer isso. Não irei errar de novo.

- Se você atirar, eu atiro. Es- - não o deixo terminar de falar e meto uma bala bem na sua testa. O melhor jeito para uma ameaça desse jeito é a surpresa.

Ele cai no chão, sua cabeça fazendo um som quando bate contra o mármore. Ando até ela e seguro em seu rosto com minhas mãos.

- Você vai ficar bem, ok? Ele está morto. - eu a asseguro e ela faz que sim com a cabeça. Dou a volta na cadeira e pego a faca que estava em na cintura dele para assim cortar as cordas que a deixavam presas na cadeira. A ajudo a ficar em pé  - Consegue andar?

- Consigo. Eu estou melhor do que pareço. - ela diz porém quando tenta dar um passo ela desmaia, a seguro a tempo.

Eu quero apenas fazer tiras de Aaron. A coloco em meu ombro e então a levo para fora, tomando cuidado para que não aparecesse ninguém no caminho mas mesmo assim eu levo uma pistola na mão livre. Todos estão mortos. Passo por todos os corpos até saírmos da casa. O helicóptero está na rua, então eu entro com ela. Mal percebi quando eu tinha uma ferida no braço, um tiro de raspão. Não importa. Eu a coloco no banco e com cuidado eu a pego no colo novamente, sua cabeça se encostando contra meu peito.

- Pode decolar. - eu falo alto para Ezequiel poder ouvir.

Examino seu corpo mais uma vez. Tem uma ferida aberta em sua testa mas o sangue já está seco. A calça em suas pernas está encharcada de sangue, pelo menos já está frio, o que significa que ele cortou faz algum tempo, e eu deduzo que ele fez cortes nela, como se estivesse cortando um pedaço de carne bovina.

- Você vai ficar bem. - eu beijo a sua testa. Passo meu polegar pela sua bochecha. Já posso ficar calmo. Sei que tudo o que ela precisa é descansar um pouco e alguns pontos nas feridas.

É quase quatro da manhã quando chegamos no heliporto novamente. Agradeço Ezequiel e saio do helicóptero para caminhar de volta ao meu carro estacionado onde eu o havia deixado. Coloco ela deitada no banco de trás do carro e eu vou para o banco de motorista. Ligo para Madison.

- Me diz que você está ligando porquê está bem - ela parece falar com uma certa súplica.

- Sim, eu estou bem, Madison. Já estou em Orlando e indo para casa. - a informo e ela parece suspirar de alívio - Brooklyn foi ferida e está descansando no momento. Matei Vlad. - digo.

- Sem nenhum plano? - ela questiona - Porra, se for desse jeito então que a Brooklyn seja sequestrada pelo Aaron dessa vez.

- Madison... - eu digo em tom de aviso e ela se desculpa - De qualquer forma, liguei apenas para avisar que estou vivo. Amanhã dê início ao plano de avanço de território, quero todos mortos o quanto antes.

- Pode deixar. - e ela desliga.

Quando chego em casa, estaciono o carro em frente e eu saio do mesmo para pegar a Brooklyn no banco de trás e carregá-la casa a frente. A deixo deitada no sofá e vou a procura do kit de primeiros socorros. Acho no banheiro e então levo até ela. Tiro a calça dela com um pouco de dificuldade mas então eu vejo. Cinco cortes em cada coxa. Se eu der os pontos certos, não ficará nenhuma cicatriz. Eu coloco a linha de sutura na agulha e então eu furo sua pele.

- Ai... - ela reclama e sua mão pousa em cima de meu ombro. Eu a olho mas seus olhos ainda estão fechados.

Continuo a dar-lhe ponto e ela reclama de vez em quando. Quando termino os da coxa, vou para a testa mas eu percebo que o corte não é tão profundo e tudo que ela precisa na testa é de um band-aid.

- Você está segura agora, Brooke. - seguro seu rosto em minha mão e ela parece se aconchegar contra minha pele quente - Vai estar segura enquanto estiver comigo.

𝐆𝐔𝐍𝐒 𝐀𝐍𝐃 𝐊𝐍𝐈𝐕𝐄𝐒 ٪ 𝘷𝘪𝘯𝘯𝘪𝘦 𝘩𝘢𝘤𝘬𝘦𝘳 Onde histórias criam vida. Descubra agora