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VINNIE

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VINNIE

Se passaram duas semanas desde o sequestro de Brooklyn e ela já conseguiu voltar a andar sem sentir dor. Os pontos das pernas já caíram mas ela prefere andar ainda com as pernas enfaixadas para não ver os cortes. Sua testa também está melhor. Levei ela para jantar fora e eu juro que nunca vi alguém tão animado para sair de casa.

Tive que resolver algumas coisas sobre as proteções dos nossos associados e conseguir mais deles e por isso eu chego duas da manhã em casa. Disse a Brooklyn que iria voltar só de madrugada então ela deve estar dormindo a essa hora. Estou esperando um ataque de Aaron a qualquer momento, afinal, eu matei Vlad e ele vai querer vingança.

Me sento no sofá, cansado demais. Tiro meus sapatos e deito minha cabeça no encosto do sofá. Então eu ouço um grito. Um grito de agonia. Avanço até as escadas e subo elas correndo. Pego minha arma no coldre e caminho até a porta do quarto. Olho em volta para analisar mas não acho mais ninguém no quarto além de Brooklyn na cama. Então outro grito sai da boca dela e eu faço uma careta. Caminho até a cama com rapidez e deixo minha arma no pequeno armário do lado.

- Brooklyn. - a chamo. Ela está com uma feição dolorida de se ver e está suada. Suas mãos estão agarrando os lençóis com força. Ela está tendo um baita pesadelo. - Ei, Brooke. - eu pego em sua mão com cuidado mas ela ainda assim não acorda.

Lágrimas começam a rolar de seus olhos pelo seu rosto quando ela solta os lençóis e eu fico mais confuso ainda. Que tipo de pesadelo ela está tendo? Seguro em seu rosto.

- Brooke, o pesadelo não é real. - eu beijo o topo de sua testa e demoro alguns segundos para me afastar. Seus olhos piscam antes de ela olhar para mim - Está tudo bem, você está segura. - limpo suas lágrimas.

A morena olha em volta antes de se sentar na cama e eu não sei o que fazer. Ela fica muito sozinha e eu já disse que não teria problemas em chamar Jordan e Liya para ficarem com ela se ela quisesse mas talvez ela sente que não é muito útil ficando dentro de casa.

- Eu estou bem. - ela fala em um tom seco mas eu não consigo parar de analisar ela. A garota limpa suas próprias lágrimas e fecha os olhos as respirar fundo.

- Que tipo de pesadelo você estava tendo? - evito tocar ela pois não sei se ela se sentiria confortável para isso. Que merda. Não sei ser sentimental.

- Não era nada. Eu já estou bem, Vincent. - ela se levanta e eu também, indo atrás dela para fora do quarto. - Dá pra parar de me seguir? - pergunta enquanto desce as escadas mas eu continuo a seguindo.

Paro no pé da escada quando a vejo caminhar até a cozinha. Ela abre a geladeira e retira a garrafa de água dentro, assim pegando um copo para beber o líquido. Eu não sei o porquê mas eu sinto algo a mais por ela, eu realmente acho que ela me faz bem mesmo que já tenha me ameaçado e quase me matado.

Solto um suspiro e coloco minhas mãos no bolso, caminhando devagar enquanto a observo olhar para a paisagem do lado de fora.

- Era minha mãe. - diz em tom baixo e eu fico do outro lado da ilha da cozinha - Foi uma lembrança de quando me disseram que ela estava morta. - caminho passo após passo para perto dela, que ainda focava seu olhar para a janela fora da casa. - Não quero esquecer nunca de como era seu rosto. Do som da risada dela. - ela para e desvia o rosto.

Seguro em sua cintura e eu a viro para mim. Ela está limpando lágrimas de seu rosto.

- Ei - passo minha mão em seus cabelos, a outra eu a arrasto para mim, a abraçando. - Você não vai esquecer dela, Brooke. Sei que faz tempo mas você não vai esquecer, eu prometo. - deito minha cabeça no topo da dela.

Nós ficamos em silêncio por alguns segundos.

- O que tem de errado com você? - começa e se afasta de mim. Faço uma expressão confusa - Você está agindo todo protetor comigo, Vincent. Você apontou uma arma para a Madison  que é sua melhor amiga. Você matou todos aqueles soldados e o Vlad apenas para me salvar. Sozinho. - ela levanta seu olhar para mim e eu sinto meu coração acelerar. Jesus Cristo. - E eu repito: O que tem de errado com você?

Eu engulo a seco. Não sei o que responder. Minha língua parece pesada demais para se mover e formar uma frase. Isso é maluquice.

- Você gosta de mim. - ela fala devagar mas em um tom de afirmação - Gosta de mim e não porque sou sua, mas porquê você está se apaixonando por mim. - ela abre um sorriso malicioso, convencido. Que tipo de mudança de humor foi essa? Faço uma expressão séria.

- Eu não estou me apaixonando por você, Brooklyn. - dou um passo para trás, desviando meu olhar para um local qualquer.

- Não adianta negar, Vincent. - ela coloca ambas as mãos em meu peitoral quando chega mais perto e eu prendo minha respiração. - Seu coração está batendo rápido. Você está nervoso - eu pego em seus pulsos, a imobilizando - Atingi algum ponto fraco, Hacker?

- Que se foda os sentimentos. - chego perto demais de seu rosto - Ou melhor, você acha que eu não sei que você está se apaixonando por mim? - raspo meus lábios nos seus - Você foi até Chase para pedir pra me localizar só porque estava preocupada. Você, meu amor, está se apaixonando por mim.

Então ela me beija. E, claramente, retribuo. Não sei o que está acontecendo comigo, não sou do tipo que sente, que se apaixona. Não sei nem mesmo o que é a porra do amor, apenas sei que gosto de ter ela, de saber que sou eu quem ela beija e dorme ao lado. Ela nos descola e insinua sair da cozinha mas eu a seguro, ela olha para mim. Minhas mãos deslizam pela sua bunda e eu a faço se sentar na bancada.

- A segunda vez é sempre melhor. - murmuro em meio ao beijo.

𝐆𝐔𝐍𝐒 𝐀𝐍𝐃 𝐊𝐍𝐈𝐕𝐄𝐒 ٪ 𝘷𝘪𝘯𝘯𝘪𝘦 𝘩𝘢𝘤𝘬𝘦𝘳 Onde histórias criam vida. Descubra agora