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BROOKLYN

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BROOKLYN

- Seu pai foi o pior Capo que já tivemos em 100 anos. Ele era medíocre e simplesmente deixou os Cacciatori adentrar em nosso território. - continua Aaron - E sei que você faria o mesmo ao nos "unir" - faz aspas - com eles. - aponta com o queixo para Hacker ao meu lado.

Mal prestei atenção quando tiros foram disparados pois estava prestando atenção demais em Aaron. O ódio está circulando pelo meu corpo na mesma velocidade que meu coração está batendo mas sei que não posso fazer nada nesse momento.

- Nós somos melhores que vocês. - Jaden diz e eu quero olhar para eles mas não posso tirar meu olhar de Vlad e Aaron - E eu acho melhor vocês irem agora, afinal - Hacker aponta com a cabeça para o pessoal, que conseguiu se livrar dos guardas que agora estavam no chão mortos - ou nós estouramos o crânio de vocês agora mesmo como fizemos com os outros.

- Você vai se arrepender de ter virado uma Cacciatori, Brooklyn Del Rojo. - Vlad ameaça e dá um passo e um barulho de tiro soa.

- Continua e o próximo tiro vai ser no seu peito, imbecil. - ouço Hacker o ameaçar - Tem sorte de não matarmos vocês agora mesmo, portanto o combinado é: deixamos vocês irem e não os matamos, o que acham?

Eles não respondem e simplesmente começam a recuar aos poucos. Esse Aaron. Esse Aaron não foi o Aaron com quem cresci. Esse Aaron não foi quem ele me mostrou ser, que me ensinou a me defender e atacar. Não foi o Aaron que eu escolhi como consigliere e muito menos o que a levou para o altar.

- Nós iremos matar vocês. Isso é um aviso. - Aaron fala em um tom baixo, então ele e Vlad saem pela porta. Merda!

- Eu vou matar ele. - caminho até a porta mas Hacker me segura pelo braço e então eu olho em seus olhos - Eu vou torturar ele de tantas formas até ele implorar para que eu o mate. - faço uma cara de desgosto - Irei arrancar cada unha daquele filho da puta.

- Se acalma, Brooklyn - ele parece, de alguma forma, aliviado.

- Calma o caralho. Ele é um traidor filho de uma puta, ele merece morrer apenas por isso, Vincent. - e então eu o empurro - Não era você quem me disse para esperar? Que iria me ajudar com ele se eu esperasse? - sinto meu núcleo em chamas.

Ele me puxa para fora da casa e eu me deixo ir, então caminhamos até o carro em que viemos. Paramos em frente e ele olha para mim mas não fala nada.

- Nós poderíamos ter morrido lá dentro se não tivéssemos controle da situação e você está preocupada com a porra do Aaron? - seu tom está baixo demais, como se estivesse de alguma forma desapontado comigo.

- Você disse que me ajudaria. - eu me solto do mais velho e então eu olho para cima, para seus olhos e reparo na diferença de altura. - Você disse isso e a hora chegou, Vincent, e você não me ajudou a matá-lo.

- Eu sou a porra de um estrategista e você é simplesmente impulsiva e teimosa. - diz entredentes - Não vai ser tudo no seu tempo, Brooklyn. Você não é mais uma criança mimada para eu fazer os seus feitos. - ele chega mais perto de mim, o que eu já achava impossível mas não diz nada.

Ele abre a porta do carro e então eu entro e fecho a porta, para assim ele dar a volta e entrar no banco do motorista. O caminho até nossa casa é silencioso e desconfortável mas penso às várias formas que poderia matar Aaron e Vlad, tantas maneiras diferentes de fazerem eles sentirem a pior dor da vida deles.

Saio do carro assim que ele estaciona e entro em nossa casa, o deixando para trás. Subo as escadas até o banheiro e tiro minhas roupas com uma certa brutalidade de meu corpo. Preciso relaxar. Preciso me acalmar de alguma forma. Ligo a torneira da banheira, eu pego um robe branco e me enrolo nele enquanto eu observo a banheira se encher aos poucos.

Ouço os passos de Hacker e olho para ele entrando dentro do closet. Tiro meus olhos da porta para os fixar na banheira já quase cheia pela metade. Acho sais de banho e espuma e os coloco na água, desligando a mesma e me despindo para entrar dentro dela. Fico minutos olhando para o nada, remoendo o que acontecera mais cedo, cada palavra, cada olhar, cada ato sequer.

- Nós vamos matá-lo. - escuto sua voz mas eu permaneço meu olhar fixo no chão - Nós vamos matar todos eles. - ele chega mais perto e suas mãos entram em contato com meus ombros, fazendo massagem em mim. Solto uma arfada ao deixar meu corpo relaxar - Eu só te peço para que espere a hora certa, Brooklyn.

Fico em silêncio por um instante antes de fazer sim com a cabeça. Eu posso esperar só mais um pouquinho, certo? Eu posso me permitir esperar.

𝐆𝐔𝐍𝐒 𝐀𝐍𝐃 𝐊𝐍𝐈𝐕𝐄𝐒 ٪ 𝘷𝘪𝘯𝘯𝘪𝘦 𝘩𝘢𝘤𝘬𝘦𝘳 Onde histórias criam vida. Descubra agora