𝐆𝐔𝐍𝐒 𝐀𝐍𝐃 𝐊𝐍𝐈𝐕𝐄𝐒 ٪ 𝘷𝘪𝘯𝘯𝘪𝘦 𝘩𝘢𝘤𝘬𝘦𝘳

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VINNIE

Acordo no quarto de hóspedes. Brooklyn não está tão confortável para que voltemos a dormir juntos ou ter qualquer tipo de contato físico. Ela é minha esposa e deveríamos dormir na mesma cama, sei disso, mas não parece ser certo...

Levanto da cama e vou até o banheiro para lavar o rosto e escovar os dentes. Pego meu celular e vejo que são pouco mais das 8 da manhã. Caminho pela casa e ouço barulho vindo da academia. Me encosto na porta ao ver Brooke chutar o saco de pancadas com tanta força que acho que ele pode rasgar. Então ela encontra meu olhar pelo espelho.

- Onde Tommy está? - pergunto para ela.

- Dormindo no andar de cima. - se vira pra mim. Seu cabelo preso em um rabo de cavalo curto, suas roupas de treino e sua pele brilhante de suor. Sua respiração ofegante e suas bochechas ruborisadas me fazem me perguntar há quanto tempo ela estava aqui treinando - Não se preocupe, instalei uma babá eletrônica no meu quarto.

- Tommy tem o próprio quarto. - falo, impulsivamente. Na verdade, estava esperando para falar isso - Eu pedi a Chase para comprar as coisas e instalar. Não teve tempo de pintar, então ele é todo branco. - passo a mão pelos meus cabelos, amassados.

Ela olha para os meus olhos. Não sei identificar o olhar dela mas não sei se já vi antes, como se ela tivesse combatendo algum sentimento dentro de si. Na verdade é algo que ela vem fazendo.

- Eu preciso de um banho. - a ouço falar enquanto pega a babá eletrônica.

Então a mais nova passa por mim, abro um sorriso e observo a garota subir as escadas. A sigo e entro no quarto, vendo Tommy dormindo na cama. Brooklyn colocou duas almofadas de cada lado, caso ele se virasse.

Vou até o banheiro e a vejo enchendo a banheira juntamente com sais de banho. Ela olha para mim e dá um sorriso de canto.

- O quê? Quer entrar aqui? Como nos velhos tempos? - cruza os braços, brincando. Eu apenas pisco, a observando - O gato comeu a sua língua, Hacker?

- Você já esteve com alguém na Europa? - cruzo meus braços e ela endireita sua postura. Toda a diversão some de seu rosto e eu percebo que fiz merda - Eu não estou insinuando nada e nem concordo com Madison...

- Você só perguntou pra ter certeza, entendi. - ela se vira novamente e desliga a banheira - Não, eu nunca nem mesmo poderia. Nunca quis, na verdade.

Ela tira o roupão em que havia vestido e tenho a bela visão de sua bunda. Pelo seu corpo, tirando os seios maiores, nem parece que ela já teve algum dia um filho, e então a garota entra na banheira. Solto um suspiro. Me viro e saio do ambiente, também saindo do quarto. Caminho até onde eu havia mandado fazer o quarto de Thomas, o observo por um tempo. Pego um berço portátil que ainda estava na caixa num canto do quarto, que é meio pesado mas aguento subir com ele pelas escadas até o quarto de Brooke.

Tento fazer o mínimo de barulho possível ao tirar o berço da caixa e montá-lo para não acordar o bebê. Não é difícil montar, na verdade é bem fácil.

- O quê pensa que está fazendo? - ouço a voz feminina atrás de mim mas eu não me viro.

- Montando um berço do lado da sua cama pro Tommy não ter que dormir na mesma cama que você. - termino de ajeitar o berço, e então me viro para ela. A toalha está em volta de seu corpo e seus cabelos úmidos em seu pescoço. Me levanto - Você tem algum pano pra colocar?

Faz que sim com a cabeça e vejo sua guarda sendo abaixada. Ela demora poucos minutos no closet antes de voltar vestida em uma camisola branca que cobrem até pouco menos da metade de suas coxas. Franzo o cenho e esboço um sorriso mas mordo o lábio para escondê-lo. Ela quer dizer algo com isso?

A garota cobre o berço e eu pego Tommy em meus braços, o bebê se mexe. O balanço de leve em meus braços para que ele não acorde, então eu o coloco no berço. O pequeno se espreguiça mas parece não acordar.

- Obrigada. - a mais nova diz, tocando em meu braço - Surpreendentemente gentil de sua parte. - a olho.

- O que quer de mim, Brooke? - coloco uma mecha de seu cabelo atrás de sua orelha.

A garota morde levemente o canto de seu lábio inferior e se encaminha para a cama, se deitando nela. Isso é uma permissão? Porra, nem sei porque estou me perguntando isso ou agindo dessa forma. Me deito na cama junto a ela. Ainda é cedo, Brooklyn pode estar com sono.

A garota chega mais perto, se apoiando em seu braço e então ela beija minha bochecha.

- Eu te odeio. - diz e sei que mente - Estamos vulneráveis - passa sua mão pelos meus cabelos -, não somos mais quem um dia fomos, Hacker.

Seguro em seu pulso e ela olha em meus olhos.

- Para de me chamar de Hacker. - me apoio no braço que nem ela, me aproximo de seu rosto - Por favor - falo baixo, perto de seus lábios.

Então a beijo, e nossa como eu esperei voltar a beijá-la. Voltar a tocá-la. Minha mão solta seu pulso, seguro em seu rosto e ela deixa. Simplesmente deixa que isso aconteça.

Então um boom é ouvido do andar debaixo, o que nos faz nos separar. Tommy começa a chorar.

- Se veste, eu vou ver o que é. - puxo duas pistolas que estavam embaixo da cama. Pego meu celular e ligo para Tayler, que atente no mesmo segundo - Preciso de reforços, alguém explodiu a minha porta.

Saio do quarto e me esgueiro na parede.

- Onde estão, Hacker? - a voz de Aaron soa por toda a casa. Paro de escutar o choro de Tommy - Não vai ser um esforço muito grande explodir cada uma dessas portas. - vai falando, com um fuzil em mãos.