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A CARRUAGEM IA PARANDO e meus olhos iam se abrindo lentamente depois de um descanso rápido.

- Chegamos, querida. - meu pai fala suave depois que abri meus olhos totalmente.

- Que ótimo. - falei irônica, coçando meus olhos e em seguida seguindo meus pais que desciam da carruagem com a ajuda de um dos mordomos que tinham ali conosco. Agradeci a ele sibilando com os lábios. - O que viemos fazer aqui mesmo?

- Nós vamos resolver algumas coisas sobre a troca de produtos e sobre o desenvolvimento dessa vila. - meu pai explicou.

- E o que eu tenho a ver com isso? - pergunto confusa.

- Queremos arranjar um pretendente pra você se casar. - minha mãe sorri animada.

- O que?! - pergunto incrédula.

- Ah não se preocupe com isso, filhota. Sei que é um lugar pobre com pessoas pobres mas vamos achar um belo rapaz para você. O que acha, huh? - ela coloca uma mecha de meu cabelo atrás de minha orelha.

- Eu acha isso uma péssima ideia, você nem falou comigo.

- Apenas faça o que eu te ensinei, tudo bem? Postura reta, empina o quadril e mantenha a cabeça ereta. - ela levantou meu rosto e antes que eu pudesse rebater falando que não gostava nada disso, um homem de cabelos longos e barba preta assim como seu cabelo, se aproxima de nós.

- Olá, Sr.Willians. - falou gentilmente fazendo um aperto de mão com meu pai e dando um beijo na bochecha de minha mãe. - Que bela dama, nunca vi você por aqui.

- Sou Ophelia Natali. - me apresentei dando um sorriso falso.

- Ela precisa de pretendentes então resolvemos trase-la. - minha mãe fala com um pingo de orgulho pelo o que acabou de dizer.

- Pois está com sorte porque temos muitos homens solteiros por aqui. - o homem cujo eu não sabia o nome piscou para mim e eu sorri sem graça, não estava nem um pouco afim de falar sobre isso.

- Que legal. - tentei forçar uma animação.

- Me sigam, por favor. - ele falou dando espaço para nós passarmos e assim fizemos. Seguimos ele até uma igreja que diz ele que também usavam para reuniões, tinham algumas pessoas lá dentro também mas aproveitei pra sair um pouco.

- Vou sair um pouco. - chamei atenção da minha mãe que se virou para mim.

- Quando formos embora quero você neste mesmo lugar ou se não vamos embora sem você. - ela avisou. Ela sempre fala isso, ela odeia ficar correndo atrás de mim.

- Que novidade. - sussurrei assim que ela deu as costas para entrar e fechando a porta em minha cara. Olho a pequena vila, era pequena porém era linda.

Começo a passear por ali, vendo cada detalhe do lugar. As pessoas não paravam de trabalhar, cada um tinha uma função, o que tornava as coisas mais legais de se ver.

- Uma princesa! - escutei uma voz masculina e embolada falar atrás de mim, me viro rapidamente vendo um homem alto, não deveria ser muito mais velho que eu, estava todo sujo, cabelos longos e sujos, ele tinha uma garrafa de bebida na mão e sabia que o mesmo estava bêbado.

- Perdão? - pergunto confusa e um pouco nervosa pois não sabia o que ele era capaz de fazer.

- Bem que Deus me falou que eu receberia um sinal de parabenização por ter aguentado o George gritar no meu ouvido. - ele fala tudo com um pouco de dificuldade. - O que faz aqui, boneca? Está perdida?

- Vim com os meus pais. - falei sem graça, eu era bem tímida para falar com estranhos.

- Veio roubar nossa vila? O que eu fiz de ruim dessa vez, senhor?! - ele olhou pra cima á espera de uma resposta.

𝐒𝐔𝐍𝐍𝐘𝐕𝐀𝐋𝐄 𝐆𝐈𝐑𝐋 ❀ simon kalivoda Onde histórias criam vida. Descubra agora