2.26

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NOS SENTAMOS EM UM banco que tinha ali. Ficamos em silêncio por alguns segundos que pareciam horas de tão agonizante que era.

Acho que estávamos assim por causa do que Simon disse. Ainda acho meio impossível ele conseguir dizer palavras tão bonitas como aquelas para alguém que ele nem conhece. Nos beijamos apenas uma vez, não conversávamos tanto a não ser hoje e nós nem sabemos sobre a vida um do outro. Como ele pode sentir tanta coisa em tão pouco tempo? Ele estava mentindo? Ele falou isso sob pressão? Ele estava apenas carente?

Em meio de tantas perguntas nem percebo quando quebro o silêncio entre nós.

- O que quis dizer com tudo aquilo? – olho pra ele.

- O que? – pergunta meio avoado.

- Antes da Ziggy chegar com as coisas pro meu machucado, você falou todas aquelas coisas. O que quis dizer?

- Hm... – ele morde os lábios. – Não sei se é um bom momento pra isso... – ele tenta falar mas eu interrompo.

- Não vou te julgar ou falar que não sinto o mesmo, Simon. – falo rápido deixando-o em choque pelo que disse. – Acho muito cedo isso que está acontecendo, não sei se o que sinto é carência, se é realmente o que eu sinto mas vou dizer mesmo assim. – suspiro. – Eu me importo tanto com você, Simon Byers. Não sei se conseguiria passar tanto tempo longe de voce, não consigo nem pensar se algum de nós dois morresse hoje. Eu adoro ficar com você perto e muito obrigada por ter cuidado de mim hoje nos meus piores momentos. – falo tudo muito rápido olhando no fundo dos seus olhos.

- Eu te amo, Natasha Willians. – ele diz depois de um curto silêncio.

- Não, você não me ama. É recipro... – ele me interrompe.

- Eu te amo. – ele segura meu rosto, em seguida me dá um selinho e separa nossos rostos olhando em meus olhos para ver minha reação. Não digo nada apenas o beijo de novo, acho que apenas com esse beijo da para entender o que eu quis dizer.

- Gente. – Ziggy nos chama. Simon me ajuda a levantar e vamos até onde elas estavam. Cindy estava agachada na frente de um buraco que tinha no canto da cozinha, ele estava aberto e com a grade ao lado. Ficamos em silêncio esperando outro assassino aparecer mas felizmente quem aparece é uma Alice toda suja assim como Cindy.

- Oi, dedo duro. – Alice fala com Cindy.

- Por quê demorou tanto? – a morena ajuda a loira a sair do buraco e se levantar, percebo que ela estava machucada na perna. Estava com absorventes, um pente e um pano amarrando em sua perna.

Alice fica em pé, olha para o defunto que estava jogada no chão da cozinha e volta seu olhar para a morena a sua frente.

- Você conseguiu? – pergunta a loira.

- Nós conseguimos. – Cindy diz e em seguida abraça a loira mas é empurrada de leve imediatamente.

- Ok, toma cuidado tá, isso aqui deve ter milhões de anos. – Alice coloca a mão por cima da bolsa que antes era rosa de Cindy.

- Poxa, eu comprei mês passado.

- Não, não tô' falando da sua bolsa, besta  – ela sorri. – "Sangue derramado" A pedra de satan tava' bem ali, o tempo todo embaixo de todo aquele musgo e eu achei. Eu achei, porra.

- Achou o que? – pergunto confusa.

- Adivinha. – ela diz e segue até a mesa que eu e Simon estávamos, ela tira o esqueleto de uma mão e coloca em cima da mesa.

- O que? O que que é isso? – Ziggy pergunta olhando para a mão.

- A mao decepada da Sarah Fier.

𝐒𝐔𝐍𝐍𝐘𝐕𝐀𝐋𝐄 𝐆𝐈𝐑𝐋 ❀ simon kalivoda Onde histórias criam vida. Descubra agora