34: Traga-os de volta

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Ele ajuda o Sr. Wang a levar as duas tigelas de sopa para a varanda. Elas estão numa bandeja, o que lhe permite carregar as duas tigelas, enquanto o Sr. Wang segue, murmurando alguma coisa sobre se a raiz de lótus será do agrado de Xiao Zhan.

"Essa é a quinta vez que eu como uma sopa do senhor. E eu nunca me desapontei." Ele diz, enquanto aguarda o Sr. Wang ocupar o seu assento, antes de passar-lhe uma das tigelas.

Ele toma o primeiro gole, e habitua-se ao gosto. É... ótimo. Então ele dá uma mordida na raiz de lótus, o item que é uma novidade para ele neste prato. Ele dá uma pausa para descobrir qual é o sabor... talvez que nem uma batata ligeiramente mais doce. Ele dá outra mordida, desta vez, com o porco. Eles combinam muito bem, e ele olha para cima, os seus olhos acesos com apreciação.

O rosto do Sr. Wang se ilumina, e ele sorri. "Eu gosto de que você espera para ver se você gosto, antes de me contar. Você não mente só para me fazer sentir melhor."

O seu sorriso diminui devido àquela declaração, contudo, o Sr. Wang está olhando para baixo para a sua tigela de sopa no momento, e ele não vê.

"Oras, então que bom que eu gostei de tudo que o senhor fez até agora. Eu não iria querer magoar os seus sentimentos." Ele fala, dando outra mordida.

"Você não magoaria os meus sentimentos. Eu não só um grande chef, mas eu gosto de cozinhar. Quando minha esposa era viva, eu costumava experimentar mais. Ela foi a minha melhor crítica." Os olhos do Sr. Wang estão no portão, olhando para a estrada sinuosa lá fora. "Eu acho que, do jeito dela, ela me preparou para continuar a viver, para quando ela partisse."

Xiao Zhan abaixa o olhar para a sua tigela, os seus olhos, de repente, lacrimejando-se. Ele nem sabe o porquê. Ele pisca para limpar, antes que o Sr. Wang perceba.

"Ao menos eu não passarei fome, eh?" O Sr. Wang pergunta, rindo.

Xiao Zhan olha para cima, e sorri. "Ela era uma boa cozinheira?" ele pergunta.

"Oh por Deus, não. Ela cozinhava muito mal. Assim como o meu filho. Põe vinagre em tudo. Eu costumava brincar com ela, dizendo que beber tanto vinagre assim só era do jeito figurado, e não literalmente."

Ele ri. "Ela fazia o tipo ciumenta?"

"Hmm... sim. Um pouquinho era só encenação, porque ela sabia que eu gostava." O sorriso do Sr. Wang forma dobras nos cantos do seu olhos agora, como se ele pudesse lembrar-se de tudo com bastante clareza.

"O Yibo também é ciumento, só que ele tem muito orgulho para admiti-lo. Minha esposa não tinha esse problema. Ela me disse, desde o começo, que eu se quisesse me casar com ela, eu tinha de saber que isso significava que eu era só dela. De mais ninguém. E que eu me casasse com ela, apenas se estivesse de acordo."

Ele se concentra em comer, contudo, ele se lembra de Yibo admitindo, prontamente, que ele tinha ficado com ciúmes quando ele o viu com a sua mãe pela primeira vez, e depois, de novo, quando Yibo perguntou se ele deveria ter ciúmes quando ele via ele e o Sr. Wang juntos. E em seguida, um par de olhos passam, com mágoa, quando ele o encontrou naquele corredor com o Haikuan. E depois novamente, naquele trem, quando ele admitiu, tão facilmente, que ele tinha estado louco de ciúmes do Haikuan.

"Eu tenho sido um solitário a minha vida toda, sabe. Não sou muito bom com as palavras. Ou, mesmo, em me expressar. Era como se, as vezes, ela me desse as suas palavras. Ou os seus sentimentos. E se assegurava de que eu sempre soubesse onde eu pertencia." Ele sorri, de novo.

Ele sente aquilo. O caminho todo, para dentro do seu peito. E crê que os seus olhos vão chorar, novamente.

Ele dá outra mordida, se focando no sabor. Esse poderia ser o gosto do lar.

Coisas Preciosas (Tradução)Onde histórias criam vida. Descubra agora