dois anos depois, em uma sexta feira à noite, Jean cuidava de Aaron sozinho.os três alteravam os turnos no reconhecimento, pra que sempre tivesse um deles pra atender Aaron.
e sempre, dois estavam trabalhando, essa semana, eram Marco e Melina.
Jean estava pintando a parede do corredor, parede essa que Aaron havia rabiscado com toda cor possível de caneta, em desenhos, segundo Marco, lindos.
já Jean achava os desenhos ridículos, amava o filho, mas ia cobrir os riscos por que gostava da casa sempre bonita.
'papai!' - Aaron gritou numa vozinha estridente. Jean havia o deixado dormindo no tapete da sala, entre almofadas, e com cercados fechando os espaços entre a grande estante de madeira e o sofá.
'já vou filho, espera um minutinho..' - ele respondeu e o menino ficou em silêncio.
Aaron não era arteiro, nem uma criança birrenta, mas era curioso.
e quando uma luz refletiu num porta retrato no alto da estante ele levantou.
andou, até as mãozinhas tocarem a estante.
talvez, o único erro de Jean foi ter deixado o banquinho de brincar dele dentro do cercado, por que Aaron o pegou.
o puxou até a frente da estante, e subiu nele.
já havia visto os pais fazerem isso várias vezes.
ele conseguiu subir na estante, e já estava bem, a quase um metro de altura do chão.
Aaron agarrou a prateleira acima de sua cabeça e forçou o corpinho pra cima. escalar o próprio berço era mais fácil, mas ele não desistiu.
subiu mais algumas prateleiras, estava a dois metros do chão, e não era uma altura grande. mas ele tinha só dois anos.
Aaron esticou a mãozinha para pegar o porta retrato, onde tinha uma foto da mãe sorrindo, com ele no colo.
'mamãe..' - ele chamou e agarrou o porta retrato, com as duas mãos. oque o fez perder o equilíbrio e cair.
ele soltou o porta retrato, que caiu primeiro, bateu no chão e quebrou, e um dos cacos voltou pra cima com o impacto, fazendo um corte na cabeça dele.
ele começou a chorar, e Jean desceu as escadas rápido, limpando as mãos nas calças.
quando viu sangue, ele correu e pulou o cercado, pegou o filho no colo e o ninou, tentando acalmá-lo.
'tudo bem, tudo bem.. passou filho.. papai tá aqui, passou..' - ele disse e chutou o portãozinho pra fora do caminho, havia sangue no tapete, nas roupas dos dois, pingando no chão e principalmente nas mãos de Jean.
ele pegou uma toalha e pressionou contra o corte.
quando Melina entrou pela porta, Jean estava de pé, segurando o filho e o ninando.
o menino soluçava baixinho e tinha os cabelos cheios de sangue. ela arregalou os olhos e entrou de uma vez, Marco soltou o equipamento de manobras nas mãos de Eren e entrou também.
'ai meu deus, Jean, oque aconteceu?!' - ela perguntou perguntou pegando Aaron.
e como se fosse um alarme, ele começou a chorar alto, Melina o abraçou e Marco se aproximou, tocando a cabeça do filho, procurando de onde vinha tanto sangue.
'ele caiu..' - Jean disse. Marco achou o corte, estava no meio da cabeça, era grande, para um menino de dois anos, devia ter uns seis centímetros, por sorte não estava fundo.
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A garota de fora • Jean Kirschtein x Marco Bodt x Female Character
AcakMelina Arlert nasceu e cresceu fora das muralhas, recebeu o soro titã com cinco anos de idade e desde então começou a ser usada como experimento pelos pais. Depois de uma discussão, e a morte inesperada de seus pais e os outros habitantes do pequeno...