Capítulo bônus 01

83 11 1
                                    


dois anos depois, em uma sexta feira à noite, Jean cuidava de Aaron sozinho.

os três alteravam os turnos no reconhecimento, pra que sempre tivesse um deles pra atender Aaron.

e sempre, dois estavam trabalhando, essa semana, eram Marco e Melina.

Jean estava pintando a parede do corredor, parede essa que Aaron havia rabiscado com toda cor possível de caneta, em desenhos, segundo Marco, lindos.

já Jean achava os desenhos ridículos, amava o filho, mas ia cobrir os riscos por que gostava da casa sempre bonita.

'papai!' - Aaron gritou numa vozinha estridente. Jean havia o deixado dormindo no tapete da sala, entre almofadas, e com cercados fechando os espaços entre a grande estante de madeira e o sofá.

'já vou filho, espera um minutinho..' - ele respondeu e o menino ficou em silêncio.

Aaron não era arteiro, nem uma criança birrenta, mas era curioso.

e quando uma luz refletiu num porta retrato no alto da estante ele levantou.

andou, até as mãozinhas tocarem a estante.

talvez, o único erro de Jean foi ter deixado o banquinho de brincar dele dentro do cercado, por que Aaron o pegou.

o puxou até a frente da estante, e subiu nele.

já havia visto os pais fazerem isso várias vezes.

ele conseguiu subir na estante, e já estava bem, a quase um metro de altura do chão.

Aaron agarrou a prateleira acima de sua cabeça e forçou o corpinho pra cima. escalar o próprio berço era mais fácil, mas ele não desistiu.

subiu mais algumas prateleiras, estava a dois metros do chão, e não era uma altura grande. mas ele tinha só dois anos.

Aaron esticou a mãozinha para pegar o porta retrato, onde tinha uma foto da mãe sorrindo, com ele no colo.

'mamãe..' - ele chamou e agarrou o porta retrato, com as duas mãos. oque o fez perder o equilíbrio e cair.

ele soltou o porta retrato, que caiu primeiro, bateu no chão e quebrou, e um dos cacos voltou pra cima com o impacto, fazendo um corte na cabeça dele.

ele começou a chorar, e Jean desceu as escadas rápido, limpando as mãos nas calças.

quando viu sangue, ele correu e pulou o cercado, pegou o filho no colo e o ninou, tentando acalmá-lo.

'tudo bem, tudo bem.. passou filho.. papai tá aqui, passou..' - ele disse e chutou o portãozinho pra fora do caminho, havia sangue no tapete, nas roupas dos dois, pingando no chão e principalmente nas mãos de Jean.

ele pegou uma toalha e pressionou contra o corte.

quando Melina entrou pela porta, Jean estava de pé, segurando o filho e o ninando.

o menino soluçava baixinho e tinha os cabelos cheios de sangue. ela arregalou os olhos e entrou de uma vez, Marco soltou o equipamento de manobras nas mãos de Eren e entrou também.

'ai meu deus, Jean, oque aconteceu?!' - ela perguntou perguntou pegando Aaron.

e como se fosse um alarme, ele começou a chorar alto, Melina o abraçou e Marco se aproximou, tocando a cabeça do filho, procurando de onde vinha tanto sangue.

'ele caiu..' - Jean disse. Marco achou o corte, estava no meio da cabeça, era grande, para um menino de dois anos, devia ter uns seis centímetros, por sorte não estava fundo.

A garota de fora • Jean Kirschtein x Marco Bodt x Female CharacterOnde histórias criam vida. Descubra agora