39, lakers basketball game

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Vinnie Hacker

Já era sábado e eu estava terminando de me arrumar para ir ao jogo que meu pai tinha comentado. Eu ainda estava meio receoso sobre essa mudança de comportamento dele, afinal, depois de 18 anos ele resolve ser um pai de verdade?

Durante a semana, todos os dias ele veio no meu quarto me perguntar como foi meu dia, me chamava pessoalmente para jantar ou assistir alguma coisa com ele e minha mãe na sala. Na quarta-feira ele até nos chamou para jantar fora, isso só acontecia quando ele tinha alguma reunião da empresa em um restaurante chique ou algo assim.

O que mais me surpreendeu foi ele ter nos levado em uma lanchonete de fast food e não em um restaurante daqueles que servem só petiscos. Passei meu perfume, baguncei meu cabelo mais uma vez e encarei meu reflexo no espelho, a blusa dos Lakers, o shorts de moletom preto e o tênis da Nike que eu estava usando combinavam bem com a ocasião.

Meu celular vibrou e eu sorri bobo ao ver o nome da Audrey na tela, atendi enquanto andava para o banheiro escovar os dentes.

Oi linda. — Falei, coloquei o celular na bancada depois de ativar o viva-voz.

Oi Vin. — Falou e foi o suficiente para o meu coração acelerar. — Ainda tá em casa?

Sim. — Respondi com um pouco de dificuldade, minha boca estava cheia de pasta. — Mas já vou sair, escutei meu pai chegando agora pouco.

Ah ok, eu só liguei pra saber como você tá. Tá tudo bem?

Nervoso talvez, um pouco curioso também, quero saber onde tudo isso vai me levar. — Alguém bateu na porta do meu quarto. — Quem é? — Perguntei alto.

— Sou eu filho. — Minha mãe falou calma. — Seu pai tá te esperando lá em baixo.

— Eu já vou. — Falei saindo do banheiro, desativei o viva-voz e aproximei o celular do rosto. — Eu tenho que ir, quer sair amanhã? — Perguntei pegando minha carteira e saindo do quarto.

Não vai dar, Nick vai vir aqui contar alguma merda que ele fez. — Deu risada.

Como assim? — Perguntei confuso e vi meu pai parado perto da porta.

Vamos? — Perguntou e eu assenti o seguindo até a garagem.

Eu não sei, ele só ligou hoje de manhã falando que vai vir amanhã conversar comigo e o meu pai, eu imagino que ele fez algum coisa e precisa precisa de ajuda. — Explicou.

Entendi, me liga se precisar de alguma coisa. — Avisei colocando o cinto de segurança.

Você também, se algo der errado no jogo pode me ligar. — Sorri sabendo que eu iria ligar de qualquer maneira.

— É a Audrey? — Meu pai perguntou e eu assenti. — Coloca no viva-voz! — Franzi o cenho e ele revirou os olhos. — Faz o que eu estou mandando. — Selecionei a opção que ele pediu e apoiei o celular na minha coxa. — Boa noite Audrey.

Boa noite senhor Hacker. — Respondeu simples.

Só Nate, Audy, ou tio Nate. — Ele sorriu e eu o encarei. — Eu não tenho nenhum sobrinho pra me chamar de tio, mas deve ser uma sensação legal. — Comentou fazendo Audrey dar uma leve risada, eu arqueei a sobrancelha totalmente surpreso.

Ok tio. — Ela comentou e parecia estar achando a situação engraçada ou muito assustadora. — Eu também não tenho sobrinhos ainda e só tinha uma tia, mas ela é irmã da minha mãe e nós perdemos contato faz alguns anos.

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