26, amusement park

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Vinnie Hacker

Chegamos no parque e Audrey desceu do carro toda animada e com um sorriso lindo que me deixou ainda mais bobo. Se isso for possível! Nós caminhamos lado a lado até a bilheteria e depois de uma longa conversa, eu consegui a convencer de me deixar pagar as entradas.

Já dentro do parque, ela olhava para todos os lados pensando em um brinquedo para ir enquanto eu olhava para o sorriso dela e, sem conseguir me segurar, sorri também.

— Vamos naquele? — Perguntou apontando para um brinquedo que subia e depois descia rápido várias vezes seguidas.

— Vamos! — Entrelaçei nossos dedos e fui guiando ela até a fila.

Só percebi meu ato involuntário quando paramos para esperar nossa vez e eu senti meu coração se aquecer com o contato. Sorri olhando para as mãos unidas e em seguida para Audrey, ela olhava para as nossas mãos com um sorriso tímido e as bochechas levemente coradas.

Não demorou muito até o responsável pelo brinquedo autorizar a nossa entrada, nós escolhemos dois acentos juntos e colocamos nossos cintos de segurança como recomendado.

Eu novamente entrelaçei nossas mãos, se ela perguntar eu vou falar que é para não sentir medo, mas é só porque eu gosto da sensação que nossas mãos juntas me causam.

— Eu quase morri. — Falei ofegante após ter saído do brinquedo

Nunca senti tanto medo na minha vida!

Audrey gargalhou da minha reação e, dessa vez, ela segurou minha mão me puxando para outro brinquedo.

— Vamos no carrinho bate-bate pra você se recuperar. — Falou em tom irônico e, mesmo ainda assustado, eu concordei.

Eu faria qualquer coisa só para ver ela sempre com esse sorriso alegre.

Me sentia cada vez mais bobo e apaixonado, cada pequeno detalhe nela me encantava, o modo como ela ria cada vez que nossos carrinhos se colidiam, como gritava de adrenalina na montanha-russa ou no barco viking, como apertava a minha mão quando ficava com medo na casa do terror, como me agradecia por ir com ela em cada brinquedo do parque ou quando simplesmente sorria para mim em momentos aleatórios.

Já estava quase anoitecendo quando paramos em uma das barracas de lanche para pedir nossas refeições.

— Boa noite... — O atendente falou quando nos aproximamos. — O que o casal vai querer? — Antes de Audrey ter a chance de corrigi-lo, eu me adiantei em responder.

— Eu quero um pedaço dessa pizza... — Apontei para o balcão. — E um refrigerante, e você Audy? — Olhei para ela que sorriu olhando o cardápio que ficava colado na parede.

— Eu quero um cachorro-quente e um refrigerante também. — Respondeu olhando para o atendente que assentiu já fazendo o cálculo do valor.

Eu fui levar a mão até meu bolso para pegar a carteira, mas Audrey impediu segurando meu pulso

— Você pagou as entradas, eu pago o lanche. — Falou e eu neguei de imediato.

— Eu te convidei, eu pago. — Rebati e ela revirou os olhos. Minha mente é minha pior inimiga.

— Eu vou pagar Hacker, sem discussões. — Falou autoritária.

— Audy... — Falei em modo de protesto, mas antes de rebater outra vez ela suspirou e fez bico.

— Por favor Vinnie... — Sorriu meiga e eu suspirei.

Por que eu tenho que ser tão rendido por ela?

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