49, i love you

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Audrey Miller

Vinnie sorriu nervoso alternando o olhar entre a caixinha de alianças e o meu rosto.

— Espera um pouco que eu tô nervoso. — Acabei rindo com as palavras dele.

Minha visão estava um pouco tremida por causa das lágrimas, meu coração batia acelerado, a imagem na minha frente parecia uma paisagem.

— Eu sei que poderia chegar aqui, te dizer um monte de coisas bonitas e criar um clima antes, mas eu acho que desmaiaria antes de conseguir.... — Começou a falar depois de um tempo. — Ok, eu sei que pode ser um pouco apressado, mas nada entre nós aconteceu normalmente...

Acabei rindo quando lembrei que a mãe dele deixou escapar que Vinnie contava os dias desde que eu entrei no colégio. Hoje tenho que confessar que fiquei um pouco assustada com a situação, mesmo tentando ignorar e esperar para ouvir Vinnie falando o que sente por mim.

— Tenho que concordar com isso. — Confessei com a voz falhada.

— Poderia te dar mil motivos pra ter me apaixonado por você e ter escolhido o dia de hoje pra te fazer essa pergunta, mas vou deixar isso pra outro momento. — Suspirou e abriu um sorriso de lado. — Quer namorar comigo, Audrey?

— Vincent eu... — Quase gargalhei ao ver o desespero por uma resposta positiva estampado em seu rosto. — É claro que eu quero.

Em menos de dois segundos, braços fortes rodearam meu corpo e eu senti diversos beijos serem distribuídos pelo meu rosto enquanto Vinnie sussurrava vários "obrigado", o que eu achei fofo.

— Posso? — Perguntou segurando minha mão direita com uma mão e a outra segurava uma fina aliança de prata, era linda.

— Com certeza. — Respondi

Então deslizou suavemente o anel pelo meu dedo anelar, fiz o mesmo com o anel que ainda estava na caixa, o colocando na mão do Vinnie. Ele me puxou pela cintura para um beijo apaixonante, juro que senti minhas pernas ficarem fracas.

Nós dois ficamos em silêncio por um tempo observando nossas mãos direitas entrelaçadas e as alianças refletindo a luz das luminárias que ele tinha usado para a decoração.

Uma sensação que eu ainda não conhecia percorreu todo o meu interior, meu sorriso se ampliou quando meu olhar encontrou com o do meu namorado.

— Eu tô namorando. — Nós dois sussurramos ao mesmo tempo, o que arrancou uma risada breve de ambos.

Vinnie me beijou novamente, eu não cansava de beijá-lo. Eu tinha encontrado o cara que eu sempre sonhei quando lia livros de romance e agora nós estávamos namorando.

Meu Deus garoto, como eu te amo. — As palavras saltaram da minha boca antes que eu pudesse filtrar.

Não que fosse mentira e eu quisesse guardá-las para mim, meu coração gritava isso e não é de hoje.

— O que? — Vinnie perguntou em um sussurro arrastado, ele estava pálido.

Eu te amo. — Falei, dessa vez mais firme.

Ele sentou sobre o pano que estava no gramado levando as mãos até a cabeça, sua respiração passou a ser pesada e falhada. Será que eu falei merda?

— Ei, o que foi? — Perguntei me sentando na frente dele. — Olha, me desculpa se eu fui muito apressada, não precisa me dizer que sente o mesmo se... — Ele me interrompeu colocando um dedo sobre meus lábios.

Agora todo o bronzeado natural dele tinha se transformado em uma cor pálida, os lábios estavam entre abertos e as pupilas dilatadas.

— Eu... — A voz dele ressoou baixíssima, antes de fechar os olhos e deixar o corpo cair para trás, deitando no tecido estendido.

— Vincent? — Perguntei tocando o rosto dele, mas o mesmo não me respondeu. — Amor isso não tem graça... — Balancei o braço dele com um pouco de força.

Parei por um segundo tentando entender o que tinha acontecido, levantei rápido e corri o mais rápido possível até a casa, procurei por alguém, mas às luzes estavam quase todas apagadas, menos a da parte externa onde meu irmão estava sentado digitando alguma no celular, provavelmente escrevendo algum capítulo do seu livro.

— Vem comigo, é urgente. — Segurei a mão dele o puxando para fora da casa.

Ele bloqueou o celular rapidamente antes de começar a acompanhar meus passos apressados.

— O que aconteceu? — Perguntou preocupado.

— Vinnie desmaiou. — Falei nervosa sentindo meu coração apertar ao mesmo tempo que eu lutava para não ter uma crise de risos.

— O que? — Sussurrou assustado. — Por que? Como?

Ele se abaixou ao lado de Vinnie quando chegamos a margem do rio, balançando a cabeça e os braços do meu namorado, Nick não obteve nenhuma resposta do mesmo.

Ele meio que desmaiou quando eu falei que o amava depois do pedido de namoro. — Nick parou o que estava fazendo e ficou em silêncio por um minuto olhando para a água, então de repente começou a gargalhar alto.

— Você sabe que eu vou contar isso pra todo mundo né? — Perguntou em meio ao riso, ele se levantou pegando um dos negócios de vidro que tinha ali, tirando a vela falsa de dentro e indo até o rio enchê-lo de água.

— Não importa, só faz ele acordar. — Pedi andando de um lado para o outro.

— Lembre-se que foi você que pediu... — Falou antes de jogar todo o líquido no rosto do Vinnie, o fazendo levantar em um pulo.

— O que aconteceu? — Perguntou tossindo ao passar aos mãos pelos cabelos molhados. — Eu tive um sonho estranho que... Espera... — Ele falou olhando para os lados, então olhou para a aliança na mão dele e para mim, levantei minha mão mostrando o pedaço de prata enquanto sorria de lado. — Não foi um sonho.

— Não... — Sorri vendo ele se aproximar secando o rosto com a camisa, que imagem linda.

— Então o que você falou... — Balancei a cabeça em afirmação e ele sorriu me abraçando tirando meus pés do chão me rodando pelo ar, como eu já tinha percebido que ele gostava de fazer. — Eu também te amo. — Declarou antes de me beijar. — Muito.

Ouvimos alguém forçar um barulho com a garganta, olhamos para o meu irmão que segurava a vela que tinha tirado do pote antes.

— Essa história vai ser boa pra contar pros nossos amigos. — Nick deu de ombros enquanto falava.

— Ou pros seus sobrinhos. — Vinnie sorriu debochado ao ver meu irmão fazer uma careta de desaprovação.

— E nós vamos ter filhos? — Cruzei os braços arqueando a sobrancelha, Vinnie sorriu me olhando e aproximou o rosto me dando um selinho rápido.

— Claro. Dez no mínimo. — Piscou e eu fiz careta.

— Só se você parir isso tudo. — Exclamei fazendo ele e Nick gargalharem.

— Boa sorte com seu sogrão, cunhado. Parabéns pra vocês...— Nick deu dois tapinhas mas costas do Vinnie antes de começar a caminhar de volta para a casa.

— Acho que eu vou desmaiar de novo. — Riu levando a mão até a testa.

 — Riu levando a mão até a testa

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