Três anos e dois meses, esse é
o tempo que eu estou observando
a menina sentada na segunda
carteira da primeira fila,
Audrey Miller é o nome dela.
Ela é a menina mais encantadora
que eu já vi, não sei se cabelos
longos e lisos cabelos castanh...
Acordei no outro dia sentindo uma sensação gostosa ao sentir os braços do Vinnie ao redor do meu corpo me mantendo segura. Os raios de sol começavam a entrar no quarto pela janela, o que indicava que ainda estava cedo.
Com um pouco de dificuldade me soltei do aperto dele, corri para o banheiro do quarto dele, fiz xixi, lavei as mãos e o rosto, andei em passos rápidos e silenciosos até o quarto de novo, tirei a camiseta que ele me emprestou ontem e vesti minha roupa.
Abri lentamente a porta do quarto, olhei pelo corredor e suspirei aliviada vendo que não tinha ninguém ali, praticamente corri até o meu quarto, tomei um banho rápido e vesti um shorts jeans com uma blusa soltinha.
Escovei meu cabelo na frente do espelho, parei por um minuto para encarar meu reflexo, lembranças da noite de ontem vieram aos meus pensamentos e eu sorri, estava feliz, tinha sido uma noite inesquecível.
Prendi os fios em um rabo de cavalo, olhei para o meu celular rapidamente antes de sair do quarto, como não tinha sinal ele não era muito útil aqui, não que eu achasse necessário, aqui tinha tanto o que fazer que eu sabia que não sentiria falta da Internet por um fim de semana.
— Bom dia Winona. — Falei ao encontrá-la preparando o café na cozinha.
— Bom dia senhorita Miller, feliz Ação de Graças. — Respondeu enquanto mexia a panela.
— Igualmente pra senhora, mas pode me chamar só de Audy.
— Como a senhorita preferir. — Respondeu e eu sorri de lado.
— Eu fui a primeira a levantar? — Perguntei notando que a casa estava toda silenciosa.
— Acho que sim, precisa de alguma coisa? — Questionou educada.
— Não obrigada, vou esperar lá fora até os outros acordarem. — Ela assentiu e eu saí da cozinha.
Fui andando até a parte de trás da casa onde tinham algumas cadeiras de balanço, sentei em uma e fechei os olhos sentindo a brisa fresca da manhã batendo no meu rosto.
— Bom dia. — Escutei uma voz masculina falar, abri os olhos e encontrei o tal Noah limpando o gramado ali.
— Bom dia.
— Você acordou cedo, não são nem 7 horas. — Dei de ombros com a fala dele.
— É costume, eu acho. — Assentiu puxando mais algumas folhas.
— Você e o Hacker estão namorando né?
— Nós estamos juntos. — Dei de ombros, nós não estávamos namorando oficialmente, mas para mim era tão sério quanto.
— Olha eu sei que pode ser desconfortável falar disso com você, mas é o seguinte... — Falou se aproximando um pouco, arqueei a sobrancelha o olhando. — A Millie, minha irmã, é apaixonada pelo Vincent desde sempre, porque ela acha que vai viver aquele romance que a filha do caseiro e o filho do patrão se apaixonam, casam e ela deixa de ser pobre e morar na casinha para viver na mansão... — Gesticulou apontando para a casa deles e a da tio Nate. — Eu não gosto do Vincent porque acho ele muito metido e não é o cara certo para a minha irmã, mas se você gosta dele te desejo felicidades mesmo sem te conhecer... Eu só queria pedir para não se estressar ou chatear se minha irmã for mal educada ou ignorante com você, ela ainda é muito nova e não entende que a vida não é como as fanfics que ela lê.
— Tudo bem Noah, se você soubesse quantas meninas não gostam de mim por causa do Vinnie... — Dei uma risada sem humor. — Eu realmente relevo essas atitudes porque sou suficientemente segura em relação ao Vinnie e o que nós sentimos.
— Fico feliz em escutar isso... — Sorriu de lado. — Eu tenho que voltar a trabalhar. — Concordei e ele começou a se afastar, no entanto depois de dois passos, ele virou na minha direção novamente. — Ah, feliz dia de Ação de Graças.
— Obrigada, feliz dia de Ação de Graças para você também. — Ele sorriu voltando a varrer o gramado.
Levantei da cadeira, pensando no que ele falou sobre a Millie, minha teoria estava certa no fim de tudo, espero que ela fique só de cara virada para mim porque isso eu ignoro, agora se ela me ofender ou fizer algo pior eu não vou ficar em silêncio. Entrei na cozinha novamente, Winona agora espremia algumas laranjas que cheirava absurdamente bem.
— Win, posso te ajudar com o café? — Perguntei e ela me olhou surpresa.
— Você não precisa fazer isso menina... — Sorriu carinhosa. — Eu dou conta de tudo, não precisa se incomodar.
— Não é incômodo, eu amo cozinhar. — Falei lavando as mãos. — O que eu posso fazer?
— Sabe fritar ovos e bacon? — Assenti e ela apontou para onde eles estavam.
Ajudei ela com tudo que ainda não estava feito, organizamos tudo na mesa e logo meu pai, Anna e os pais do Vinnie apareceram ali.
— Bom dia filha. — Meu pai me abraçou. — Feliz Ação de Graças, eu te amo.
— Obrigada, igualmente pai, eu também te amo.
— Feliz dia de Ação de Graças, Audy. — Anna falou me abraçando, em seguida tia Maria e tio Nate fizeram o mesmo.
Nos sentamos na sala aguardando Nick e Vinnie, meu irmão chegou na sala alguns minutos depois, conversou com os mais velhos e por fim veio me abraçar.
— Eu sei o que você fez na noite passada... — Sussurrou imitando o meme e eu engoli em seco. — Feliz Ação de Graças maninha. — Sorriu debochado.
Nos sentamos no sofá e eles começaram a conversar sobre as refeições de hoje.
— O Vinnie tá demorando. — Tio Nate resmungou. — Assim o café vai esfriar.
— Ele deve estar cansado, senhor Hacker. — Meu irmão falou e eu o olhei séria.
— Do que ele estaria cansado? Aquele menino não faz nada da vida. — Rebateu rindo.
— Ah... — Nick me olhou com um meio sorriso, então voltou a olhar para Nate e deu de ombros. — Da viagem, do passeio a cavalo, não sei.
"Eu te odeio" falei sem emitir som quando ele voltou a me olhar, debochando ele me mandou um beijo.
— Bom dia. — A voz rouca de sono do Vinnie preencheu o ambiente e eu o olhei no mesmo instante.
Ele me olhou com um sorriso de lado e os olhos brilhando, abraçou os pais dele, meu pai, Anny e Nick. Meu irmão sussurrou alguma coisa que fez ele se afastar e me olhar com os olhos arregalados e as bochechas coradas.
— Feliz Ação de Graças, meu amor. — Falou me abraçando ainda corado. — Senti sua falta nos meus braços quando acordei. — Sussurrou fazendo meu corpo todo arrepiar.
— Feliz Ação de Graças, amor. — Sorri achando melhor conversas sobre aquele assunto depois, ele me deu um selinho e me abraçou de lado.
— Vamos tomar café agora que estão todos aqui. — Maria falou e seguimos ela até a mesa.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
