50, butterflies

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Vinnie Hacker

Estava caminhando abraçando Audrey de lado de volta para casa, na minha cabeça eu só conseguia ver imagens do momento em que eu desmaiei e sentir uma vergonha absurdamente grande. Ela falou que me amava, o que eu poderia fazer?

Ok, eu poderia ter respondido que também a amava, lhe dado um abraço e um beijo como uma pessoa normal faria. Mas qual a graça nisso? Como eu falei para ela, nada entre nós foi normal. Por que o pedido de namoro seria, né?

Ou talvez eu só esteja procurando algum motivo para diminuir a vergonha que eu sinto por toda aquela situação patética.

Nick acenou mais uma vez antes de entrar no quarto dele, Audrey olhou para os dois lados antes de ficar na ponta dos pés segurando os dois lados do meu rosto, se aproximando lentamente.

Suspirei satisfeito ao sentir nossos lábios se tocaram, segurei firme a cintura da minha menina, a mantendo em uma proximidade que me agradava.

— Boa noite, amor. — Falou quando nos afastamos.

— Boa noite, linda. — Lhe dei mais um selinho.

Ela entrou no quarto e eu fui para o meu, tomei banho e após vestir meu "pijama", também conhecido como shorts de moletom, deitei na minha cama em uma tentativa falha de dormir.

Rolei de um lado para o outro e mesmo sentindo meu corpo todo cansado, não conseguia dormir. Levantei sabendo o motivo disso, andei em passou silenciosos até a porta que eu tinha a deixado minutos atrás, dei duas suaves batidas na porta e alguns segundos depois Audrey abriu me olhando com um sorriso fraco.

— O que você tá fazendo? — Perguntou rindo baixo quando eu entrei no quarto.

Fechei a porta e segurando a mão dela a puxei até a cama, deitei e ela deitou com ao meu lado com a cabeça no meu ombro, abracei sua cintura sentindo minhas pálpebras se fecharem automaticamente.

Agora estava tudo perfeito.

— Boa noite. Eu te amo. — Falei e sorri sentindo meu corpo cada vez mais relaxado.

Parecia que eu havia usado alguma droga. Na verdade, acho que Audrey era minha droga. Ela me viciou e me deixa alucinado com um simples toque.

— Eu também te amo... — Respondeu, eu sabia que ela estava sorrindo por seu tom de voz. Não demorou nem dois segundos e eu já estava dormindo no meu lugar preferido, os braços dela.

[...]

— Então vocês estão namorando? — Senhor Harry perguntou após darmos a notícia sobre o relacionamento enquanto tomamos café da manhã.

Tenho que confessar que estava quase desmaiando de novo, minha pressão subia e descia em uma velocidade que até me assustava. Quando acordamos, Audrey e eu conversamos sobre isso.

Ela falou que o pai não iria se opor ao namoro e que eu não precisaria pedir a mão dela, já que ambos achavam isso ultrapassado. Mas mesmo assim eu me sentia um pouco inseguro e apreensivo.

— Sim pai. — Audy respondeu um pouco nervosa segurando minha mão sob a mesa, a expressão de seu pai me dava medo.

— Isso é incrível! — Minha mãe e Anna exclamaram animadas, elas estavam quase levantando e dando pulinhos.

— Cuide bem da minha filha, Vincent... — Harry falou sério me olhando. — Eu não quero ter que usar a arma do meu pai no primeiro namoradinho da minha filha. — Completou em tom de brincadeira. Eu espero que seja de brincadeira né.

— Enfim... — Voltou a falar. — Felicidades pra vocês.

— Obrigado. — Agradeci sincero, soltando a respiração que eu estava prendendo.

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