Capítulo 64 - Sim, Kara, eu te entrego todo meu amor

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Lena

Fiquei olhando sem saber o que fazer. Eu queria que meus pais soubessem, mas queria conversar com eles. Não sabia se aceitariam minha relação com a Kara. Só fiquei ainda mais confusa quando vi meu pai entrar e abraçar a minha Kara e começar a rir.

Acho que ele surtou.

– Eu sabia, Kara! – nunca vi meu pai tão feliz. Eu estava totalmente sem saber o que estava acontecendo. Feliz? Ele devia pelo menos achar estranho me encontrar de roupão na casa da minha melhor amiga, agora namorada... Namorada? Sorri pensando que seria o próximo passo, oficializar tudo aquilo.

– Finalmente! – ele disse radiante. Só pra me deixar ainda mais confusa, minha mãe riu. Eu devia estar ficando louca. Devia ser o sol de Saint Marteen. Eles sabiam? Como poderiam, se nem eu sabia?

Só depois de um tempo consegui entender que eles sabiam sim. Estava tão na cara, só eu fui tola o suficiente para não reparar.

Ainda bem que consegui perceber, mesmo que depois de muito tempo.

– Entrem! A gente pediu alguma coisa para almoçar, querem acompanhar? – mesmo depois de assimilar tudo aquilo, ainda era muito estranho. Meus pais estavam ali, super felizes, e eu nem tinha conversado com eles sobre isso. Acho que só eu não sabia mesmo.

– Por que não avisou quando chegou, Lena? – sabia que minha mãe me cobraria isso.

– É que... foi tudo meio... corrido – eu só queria a Kara, não podia ficar sem ela, queria sentir todo esse amor fluir de uma vez, depois de oito anos, eu tinha pressa, mãe – Você também sabia, mãe?

Fiquei com medo de alguma apreensão por eu estar com uma mulher agora, por ter deixado meu noivo em uma ilha no meio da nossa lua de mel, mas minha mãe me olhou nos olhos, sorrindo, e disse que já sabia. Fiquei muito aliviada sabendo que meus pais apoiavam tudo aquilo. Eles eram uma parte muito importante e eu queria poder compartilhar minha felicidade com os dois.

– As duas podem ir se arrumar, vamos sair para comemorar! – claro, meu pai sempre festeiro.

Na verdade, eu só queria ficar na cama abraçada com a Kara, mas era importante, eu queria que meus pais participassem disso.

Então fomos nos arrumar e saímos para comer algo.

Era ótimo finalmente poder viver tudo aquilo como uma família. Conversamos sobre tudo, mas eu ainda tinha vergonha de estabelecer qualquer contato físico com a Kara na frente dos meus pais. Então, era como antes, mas com toda a felicidade que todos nós estávamos sentindo, a conversa foi realmente muito agradável.

Voltamos para casa o mais rápido possível, eu não aguentava mais ficar sem os beijos da minha Kara por um segundo que fosse.

Assim que chegamos, recebi um beijo delicioso e demorado. Eu estava tão feliz. Queria que a Kara se sentisse completa como eu, com sua família a apoiando também.

– Amor, falta os seus pais saberem, né? – confesso que tinha um pouco de medo de chegar e conversar com eles, mas tinha certeza que eles entenderiam e nos apoiariam. Afinal, eles já sabiam da opção da Kara. Só não imaginava que eles também soubessem de algo.

– Eles sabem que eu sou louca por você – claro, só eu bobona não percebia.

– Agora eles precisam saber que eu também sou louca por você – disse a beijando carinhosamente.

– A gente podia ir lá visitar eles, eu estou de férias e você também – era uma ótima ideia. Talvez eu morresse de tanta vergonha, mas quanto antes a gente fizesse isso, melhor.

– Vai ser ótimo! Vamos amanhã então!

Passamos a tarde toda namorando com a TV ligada. Eu queria pedir a Kara em namoro, mas queria fazer de um jeito fofo, então precisava pensar em uma maneira de me afastar dos seus lábios por um instante, mesmo que fosse quase uma missão impossível.

– Kara, eu tenho que ir para casa, não fui desde que cheguei.

– Não! Não vou deixar você ir embora.

Eu também não queria ir. Vi que não tinha jeito, então resolvi levar ela comigo e telefonar para pelo menos encomendar umas flores. Não queria adiar mais ainda meu pedido.

– Amor, eu tenho pelo menos que pegar umas roupas. Você vem comigo, também não quero ficar longe de você. Nunca mais!

Ela ficou me olhando apaixonadamente, e eu estava totalmente perdida naquele olhar.

– Casa comigo? – pediu carinhosa.

Fiquei surpresa, impressionada. A Kara era realmente a mulher mais perfeita do universo. Que estragou minha surpresa, mas, foi perfeita. Claro que me caso, claro que quero passar o resto da minha vida ao seu lado, não posso mais viver sem meu travesseiro preferido.

– Você já ia casar mesmo, então...

Só pude sorrir pensando em toda sua perfeição. Como eu não reparei antes?

– Sei que não é muito romântico pedir assim, mas eu estou falando sério – então ela se ajoelhou na minha frente. Tão fofa, tão encantadora. Minha Kara. – Lena, você quer se casar comigo? Eu não tenho uma aliança para te dar, mas tenho todo esse amor que eu guardo para você, e só para você, por oito anos. Tenho a certeza que irei te fazer feliz. Poderia até dizer que te faria a mulher mais feliz do mundo, mas isso é impossível... eu já sou a mulher mais feliz do mundo... por ter você!

Eu já estava chorando, toda emocionada. Não sabia o que dizer, não sabia o que pensar. Só queria dizer que sim. Sim, Kara, eu te entrego todo meu amor. Sim, Kara, minha vida pertence a você. Sim, meu amor, ninguém no mundo me faria tão feliz. Sim, eu não posso viver sem ter você. Sim, eu quero me casar com você.

– Eu estava procurando um momento para te pedir em namoro, mas você sempre tão perfeita. – disse entre as lágrimas e o maior sorriso do mundo – Eu quero me casar com você, com certeza. Quero passar o resto da minha vida ao seu lado. Quero poder acordar e te beijar pela manhã. Quero poder estar presente em todos os momentos da sua vida. Eu te amo, Kara.

E então, entre lágrimas, ela me deu um beijo carinhoso. A cada beijo eu sentia todo o nosso amor, parecia que cada um era mais perfeito que o anterior. O beijo começou a ficar mais quente e exigente, era incrível o desejo incontrolável que eu sentia por ela.

Estávamos sentadas na cama, e eu acariciava todo seu corpo enquanto ela fazia o mesmo com o meu. Ela estava com uma camisolinha curta e eu com um pijama. Minhas mãos já passeavam pela sua coxa chegando cada vez mais perto da sua calcinha, eu estava dominada pelo tesão e fiquei mais louca ainda quando ela se sentou no meu colo. Eu beijava todo seu pescoço e minhas mãos deslizavam sem controle pelas suas pernas, sua bunda e suas costas. Desci minha boca para seus seios e beijava com vontade por cima da camisola. Queria sentir seus seios em minha boca, então tirei sua camisola com pressa e desejo e continuei passando minha língua pelos seus mamilos deliciosos. Eu estava delirando com todo aquele contato. Suas unhas arranhavam minhas costas e eu sentia que ela também estava dominada pelo tesão. Passei minha mão por cima da sua calcinha com carinho e percebi que estava totalmente molhada para mim. Soltei um gemido involuntário e afastei sua calcinha para sentir seu sexo delicioso em minha mão.

Enquanto eu a penetrava com meus dedos, a Kara gemia e rebolava muito gostoso, me deixando cada vez mais louca. Quando tentei deitá-la na cama para retirar sua calcinha, ela gemeu em meu ouvido.

– Assim amor, eu quero assim. Quero gozar no seu colo.

Perdi o controle e foi inevitável rasgar sua calcinha para poder aumentar o contato da minha mão com seu sexo. Ela gemia cada vez mais alto quando eu intercalava carinhos em seu ponto de prazer e a penetrava com meus dedos. Quando senti que ela ia gozar, afastei minha mão do seu sexo delicioso e comecei a fazer carinho em suas coxas.

– Amor, me deixa gozar pra você.

Minha sanidade foi embora com esse pedido. Intensifiquei o movimento da minha mão em seu sexo e senti ela arranhando minhas costas e gemendo alto. Seu corpo ficou dominado pelo tesão e depois ela amoleceu toda. A deitei na cama devagar, beijando seus lábios com carinho.

– Eu te amo, Kara.

– Eu te amo, Lena. Amo demais.

Amor Platônico - Adaptação KarlenaOnde histórias criam vida. Descubra agora