Lena
– Me leva para esse endereço, por favor.
De volta ao Brasil. Eu estava cansada, realmente cansada. Não dormi nada durante o voo, não comi. Pensei em ir para minha casa e tomar um banho, mas não tinha tempo. Não podia adiar mais ainda aquele sofrimento todo. Não podia deixar a Kara, a minha Kara, sofrer por mais um segundo que fosse. Um frio percorria a minha espinha. E se ela não me quisesse mais? E se ela estivesse com outra? Era um risco, mas eu precisava correr esse risco. Mais ninguém poderia me fazer feliz.
Com as malas nas mãos, desci na frente da casa dela. Meu coração saltitava em meu peito, minha respiração estava irregular.
Pensei por apenas um segundo, e então toquei a campainha. Eu realmente poderia ter um ataque cardíaco naquele instante. Não saberia o que dizer, como dizer. Eu a amava. Finalmente pude admitir para mim mesma que amo a Kara, não um amor de amigas, amo e a quero como mulher, para sempre em minha vida. A amizade não era o suficiente. Eu precisava de seus beijos, seu carinho, meu travesseiro preferido para sempre.
Ela não atendeu, e eu perdi o controle. Lágrimas começaram a cair desenfreadamente. Onde ela poderia estar? Pensei novamente em ir para a casa.
Mas a Kara me esperou por oito anos. Eu não poderia desistir tão fácil. Eu esperaria por ela para sempre. Toquei novamente e esperei. Passou-se menos de um minuto até a porta se abrir.
Ali estava ela, minha Kara, Kara. Tão linda, tão perfeita, tão encantadora, me olhando assustada. Eu chorava, chorava e chorava.
Estávamos sem palavras. Nenhuma de nós conseguia dizer absolutamente nada. Eu precisava começar.
– Posso... posso entrar? Preciso conversar com você.
Ela só me olhava, seus olhos começando a se encher de lágrimas também. Abriu o portão e eu entrei. Deixei minhas malas caírem no chão da garagem e olhei em seus olhos. Era o olhar mais lindo e sincero que eu já havia visto. As palavras não seriam o suficiente naquele momento. As palavras podem deixar uma margem de dúvidas, os gestos não. Então eu apenas sorri e toquei sua face. Nossos olhares se encontraram novamente.
– Lena, o que você está fazendo aqui?
– Eu não podia viver sem você. A vida não é o suficiente sem você – fui me aproximando devagar – Meu coração fica desesperado quando não estou perto de você – meus dedos percorriam seu rosto – Você é a pessoa mais importante da minha vida – sorri e olhei em seus olhos – Seu sorriso é o que me faz esperar pelo amanhã – desci meus dedos para a sua nuca – Me desculpe, me desculpe por não entender antes. Eu te amo.
E então, o beijo. Sem o medo e a dúvida de antes. Nós duas sabíamos o que aquele beijo significava. Era o começo. O nosso começo. O começo de toda a felicidade que eu adiei por oito anos. Eu a amava com todas as minhas forças e não poderia mais viver sem aquilo. Agora eu entendia.
Nossos lábios se uniram, as lágrimas caíam. Eu podia sentir sua língua delicada e insegura na minha. Sim, não foi como nosso primeiro beijo, dominado pelo desejo. Esse beijo era regido por uma força maior. Era um beijo suave, que exprimia todo o amor que sentíamos. Levou um instante para que suas mãos tomassem posse das minhas costas, enquanto eu segurava sua cintura e acariciava sua nuca. O beijo foi ficando mais exigente e eu acabei encostando a Kara na parede. Minha boca descia pelo seu queixo, seu pescoço, seus ombros.
Ela apenas sussurrava meu nome. Voltei para sua boca enquanto minhas mãos se deliciavam em sua barriga.
– Eu te amo, Kara.
Eu estava dominada pelo amor, pelo desejo. Não sabia bem o que fazer, deixava que meu coração me comandasse. Comecei a erguer sua blusa enquanto beijava seu pescoço.
Arrastei-a para dentro. Sabia o caminho do seu quarto, mas não conseguiria chegar até lá. Eu precisava dela, precisava sentir seu corpo todo colado ao meu. Era como se não existisse amanhã. Eu não podia controlar aquela vontade que sentia. Minhas mãos passeavam pelo seu corpo enquanto a puxavam em direção ao sofá. Consegui me desfazer de sua blusa. Ela não usava nada por baixo. Não era a primeira vez que eu via seus seios nus, mas naquele instante, era a visão mais perfeita que eu já tivera. Deixei-a cair no sofá e me deitei por cima dela, beijando sua boca enquanto minhas mãos percorriam seu corpo e as dela já tiravam minha blusa. Desci meus lábios por seu colo até chegar em seus seios. Eu beijava e dava pequenas mordidinhas, enquanto sentia suas unhas me arranharem as costas. Desci mais a boca dando beijos em sua barriga, roçando meus dentes e sentindo todos os seus pelinhos se arrepiando. Não sei bem como, mas enquanto tentava tirar seu short do pijama, acabamos caindo no tapete. Ela estava por cima de mim e me beijava. A Kara, minha Kara, meu amor, totalmente nua, com seu corpo colado ao meu. Consegui deitá-la no tapete e voltei a beijar sua boca e seu pescoço, enquanto minha perna entre as dela roçava em seu sexo. Ela gemia baixinho entre meus lábios, me deixando louca de vontade. Voltei a descer meus lábios pelo seu corpo, mordendo, beijando, me deliciando, sentindo seu gosto, sua textura, a maciez daquela pele que me enlouquecia. Beijei a parte interna de suas coxas enquanto afastava um pouco suas pernas. Não aguentava mais a vontade de sentir o gosto do seu sexo. Não sabia bem, só sabia que queria sentir. Meu coração me guiava e eu sentia que sabia exatamente o que fazer. Passei minha língua delicadamente pelo seu sexo enquanto a penetrei com um dedo. A Kara gemeu mais forte, então intensifiquei os movimentos da minha língua enquanto movimentava suavemente meu dedo dentro dela. Ela segurava meus cabelos e chamava meu nome, enquanto eu me deliciava com seu gosto. Não demorou muito para eu sentir seu corpo se contorcer sob o meu, e poder sentir seu gozo em minha boca, em meus lábios, em meus dedos. Continuei aproveitando tudo aquilo por mais uns instantes e me arrastei sobre seu corpo para beijá-la.
– Kara, eu amo você.
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Amor Platônico - Adaptação Karlena
FanficVERSÃO KARLENA "...Por todos esses anos eu me acostumei em ver e não tocar, em amar e não ser amada. Tive namoradas também, e também foram poucas já que nunca conseguia tirá-la da cabeça e muito menos do coração. A verdade é que realmente me acostum...