Capítulo 63 - Queria aquilo para sempre, de verdade

3.8K 352 81
                                    



Kara

Acordei um pouco tarde, mas nada se comparou ao tarde que Lena acordou. Eu pensei em levantar e fazer um café da manhã lindo para ela, mas... eu precisava ficar ali. Não consegui levantar. Queria ficar grudada nela. Fiquei olhando-a, admirando-a, pensando em como eu era sortuda por ter aquela mulher ali para mim.

Horas depois ela acordou, me deu um beijo demorado e me abraçou. Eu estava nas nuvens.

– Tá acordada faz tempo? – ela disse com aquela típica carinha de sono linda.

– Lena, já são quase cinco horas da tarde. Claro que faz tempo que eu acordei. Mas não saí daqui. Não conseguia.

– Você devia ter me acordado.

– Você estava cansada, meu amor – sempre quis poder chamá-la assim!

Então ela se sentou e começou séria. Fiquei com medo.

– Kara, quero te pedir uma coisa. Fica comigo para sempre? – sorrimos.

Eu só podia estar sonhando!

– Esperei por isso oito anos, Lena. Tudo o que eu mais quero é ficar com você para sempre.

Foi tão mágico! Pedimos comida por que a Lena precisava mesmo comer alguma coisa. Enquanto esperávamos tomamos um banho delicioso. Depois ficamos na cama de roupão, namorando, enquanto a comida não chegava. Não queria desgrudar meu corpo do dela, meus lábios do dela. Queria aquilo para sempre, de verdade.

– É a comida, pode deixar que eu vou lá, Kara – disse se levantando depois que ouvimos a campainha.

Mas como eu disse, queria ficar grudada nela. Claro que fui atrás. Quando chegamos na porta a agarrei por trás enquanto beijava seu pescoço.

– Oi Kara, viemos te encontrar para... – era a tia Lilian, junto com o tio Lionel.

Esqueci que tinha marcado com eles!

– Mãe, pai... eu... – disse a Lena.

Eu olhei para ela e não pude deixar de achar graça na situação. Ela provavelmente não sabia que os pais sabiam.

Antes que qualquer um de nós pudesse dizer alguma coisa tio Lionel entrou e me abraçou muito forte, rindo alto.

– Eu sabia, Kara! – disse tão efusivo que parecia estar mais alegre que eu, mas só parecia, porque estar mais alegre que eu não era possível.

– Finalmente! – ele disse novamente enquanto tia Lilian ria de toda a situação.

Lena ficou sem entender a reação da mãe, estava com uma carinha linda de confusa, mas aliviada.

– Entrem! A gente pediu alguma coisa para almoçar, querem acompanhar? – perguntei enquanto os dois entravam e abraçavam a Lena.

– Por que não avisou quando chegou, Lena? – perguntou sua mãe.

– É que... foi tudo meio... corrido – disse sem saber o que dizer – Você também sabia, mãe?

Tia Lilian sorriu, olhou no fundo dos olhos da Lena e disse:

– Sabia – e beijou sua testa.

Lena sorriu. Viu naquele momento que nenhum deles estaria contra a gente, muito pelo contrário.

– As duas podem ir se arrumar, vamos sair para comemorar! – disse tio Lionel.

Obedecemos. Tio Lionel recebeu a comida que pedimos e guardou. Nos aprontamos em poucos minutos e saímos os quatro. Como uma família. Mais do que nunca.

O clima estava ótimo. Lena contou sobre a curtíssima lua-de-mel e a conversa com o James. Ela e a mãe ficaram preocupadas com ele, mas eu e tio Lionel estávamos felizes demais para nos preocuparmos com alguém.

Nós duas estávamos incrivelmente felizes! Fomos para a minha casa de novo e nos beijamos longamente assim que chegamos.

– Amor, - derreti-me quando ela me chamou assim – falta os seus pais saberem né?

– Eles sabem que eu sou louca por você – disse abraçando-a.

– Agora eles precisam saber que eu também sou louca por você – beijou-me.

– A gente podia ir lá visitar eles, eu estou de férias e você também – sugeri.

– Vai ser ótimo! Vamos amanhã então! – disse empolgada.

Ficamos a tarde inteira na sala, fingindo que assistíamos filmes. Era tão perfeito estar em sua companhia.

– Kara, eu tenho que ir para casa, não fui desde que cheguei.

– Não! – disse agarrando-a – Não vou deixar você ir embora.

– Amor, eu tenho pelo menos que pegar umas roupas. Você vem comigo, também não quero ficar longe de você – me olhou apaixonadamente – Nunca mais!

Fiquei uns instantes em silêncio olhando para ela.

– Casa comigo? – pedi.

Ela me olhou surpresa.

– Você já ia casar mesmo, então...

Ela sorriu, mas eu continuei.

– Sei que não é muito romântico pedir assim, mas eu estou falando sério – me ajoelhei na sua frente e continuei teatralmente – Lena, você quer se casar comigo? Eu não tenho uma aliança para te dar, mas tenho todo esse amor que eu guardo para você, e só para você, por oito anos. Tenho a certeza que irei te fazer feliz – sorri – Poderia até dizer que te faria a mulher mais feliz do mundo, mas isso é impossível... eu já sou a mulher mais feliz do mundo... por ter você!

Amor Platônico - Adaptação KarlenaOnde histórias criam vida. Descubra agora