Kara
Acordei um pouco tarde, mas nada se comparou ao tarde que Lena acordou. Eu pensei em levantar e fazer um café da manhã lindo para ela, mas... eu precisava ficar ali. Não consegui levantar. Queria ficar grudada nela. Fiquei olhando-a, admirando-a, pensando em como eu era sortuda por ter aquela mulher ali para mim.
Horas depois ela acordou, me deu um beijo demorado e me abraçou. Eu estava nas nuvens.
– Tá acordada faz tempo? – ela disse com aquela típica carinha de sono linda.
– Lena, já são quase cinco horas da tarde. Claro que faz tempo que eu acordei. Mas não saí daqui. Não conseguia.
– Você devia ter me acordado.
– Você estava cansada, meu amor – sempre quis poder chamá-la assim!
Então ela se sentou e começou séria. Fiquei com medo.
– Kara, quero te pedir uma coisa. Fica comigo para sempre? – sorrimos.
Eu só podia estar sonhando!
– Esperei por isso oito anos, Lena. Tudo o que eu mais quero é ficar com você para sempre.
Foi tão mágico! Pedimos comida por que a Lena precisava mesmo comer alguma coisa. Enquanto esperávamos tomamos um banho delicioso. Depois ficamos na cama de roupão, namorando, enquanto a comida não chegava. Não queria desgrudar meu corpo do dela, meus lábios do dela. Queria aquilo para sempre, de verdade.
– É a comida, pode deixar que eu vou lá, Kara – disse se levantando depois que ouvimos a campainha.
Mas como eu disse, queria ficar grudada nela. Claro que fui atrás. Quando chegamos na porta a agarrei por trás enquanto beijava seu pescoço.
– Oi Kara, viemos te encontrar para... – era a tia Lilian, junto com o tio Lionel.
Esqueci que tinha marcado com eles!
– Mãe, pai... eu... – disse a Lena.
Eu olhei para ela e não pude deixar de achar graça na situação. Ela provavelmente não sabia que os pais sabiam.
Antes que qualquer um de nós pudesse dizer alguma coisa tio Lionel entrou e me abraçou muito forte, rindo alto.
– Eu sabia, Kara! – disse tão efusivo que parecia estar mais alegre que eu, mas só parecia, porque estar mais alegre que eu não era possível.
– Finalmente! – ele disse novamente enquanto tia Lilian ria de toda a situação.
Lena ficou sem entender a reação da mãe, estava com uma carinha linda de confusa, mas aliviada.
– Entrem! A gente pediu alguma coisa para almoçar, querem acompanhar? – perguntei enquanto os dois entravam e abraçavam a Lena.
– Por que não avisou quando chegou, Lena? – perguntou sua mãe.
– É que... foi tudo meio... corrido – disse sem saber o que dizer – Você também sabia, mãe?
Tia Lilian sorriu, olhou no fundo dos olhos da Lena e disse:
– Sabia – e beijou sua testa.
Lena sorriu. Viu naquele momento que nenhum deles estaria contra a gente, muito pelo contrário.
– As duas podem ir se arrumar, vamos sair para comemorar! – disse tio Lionel.
Obedecemos. Tio Lionel recebeu a comida que pedimos e guardou. Nos aprontamos em poucos minutos e saímos os quatro. Como uma família. Mais do que nunca.
O clima estava ótimo. Lena contou sobre a curtíssima lua-de-mel e a conversa com o James. Ela e a mãe ficaram preocupadas com ele, mas eu e tio Lionel estávamos felizes demais para nos preocuparmos com alguém.
Nós duas estávamos incrivelmente felizes! Fomos para a minha casa de novo e nos beijamos longamente assim que chegamos.
– Amor, - derreti-me quando ela me chamou assim – falta os seus pais saberem né?
– Eles sabem que eu sou louca por você – disse abraçando-a.
– Agora eles precisam saber que eu também sou louca por você – beijou-me.
– A gente podia ir lá visitar eles, eu estou de férias e você também – sugeri.
– Vai ser ótimo! Vamos amanhã então! – disse empolgada.
Ficamos a tarde inteira na sala, fingindo que assistíamos filmes. Era tão perfeito estar em sua companhia.
– Kara, eu tenho que ir para casa, não fui desde que cheguei.
– Não! – disse agarrando-a – Não vou deixar você ir embora.
– Amor, eu tenho pelo menos que pegar umas roupas. Você vem comigo, também não quero ficar longe de você – me olhou apaixonadamente – Nunca mais!
Fiquei uns instantes em silêncio olhando para ela.
– Casa comigo? – pedi.
Ela me olhou surpresa.
– Você já ia casar mesmo, então...
Ela sorriu, mas eu continuei.
– Sei que não é muito romântico pedir assim, mas eu estou falando sério – me ajoelhei na sua frente e continuei teatralmente – Lena, você quer se casar comigo? Eu não tenho uma aliança para te dar, mas tenho todo esse amor que eu guardo para você, e só para você, por oito anos. Tenho a certeza que irei te fazer feliz – sorri – Poderia até dizer que te faria a mulher mais feliz do mundo, mas isso é impossível... eu já sou a mulher mais feliz do mundo... por ter você!
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Amor Platônico - Adaptação Karlena
FanficVERSÃO KARLENA "...Por todos esses anos eu me acostumei em ver e não tocar, em amar e não ser amada. Tive namoradas também, e também foram poucas já que nunca conseguia tirá-la da cabeça e muito menos do coração. A verdade é que realmente me acostum...