CAPÍTULO 03

1.1K 176 97
                                    

                         RAEL

Deixo o Baruk resolvendo a fita da mina e vou pra minha sala, odeio quando ele se intromete nos meus bagulho. Sento no sofá que tem ali e passo a mão no cabelo respirando fundo, vejo a porta se abrir e o Baruk entrar, ele cruza os braços e fica me fitando por um tempo. Inclino meu corpo pra frente apoiando o peso no meu cotovelo, encostado na minha coxa. Baruk fica me olhando por um tempo, tira um cigarro do teu bolso, acende, dá um trago e me olha apontando um dedo.

- Mais um deslize desse te tiro do comando. - Ele abre a porta e saí.

Esse cara as vezes tira a minha paciência, tomo de conta do morro melhor que ele. Baruk é muito coração e pra essas paradas tu tem que ligar o Foda-se! Termino meu turno e deixo um menor de olho nas paradas. Vou subindo a rua de casa quando vejo Ivy encostada em um carro velho mexendo nas unhas. Tento passar por ela sem ser visto, mas a desgraçada é um olho na unha e outro cuidando da vida dos outros.

- Pode vim aqui, bonitão. - ela coloca a mão na cintura e me olha sério.

- Eu não vou e pronto! - ela me olha fazendo um bico

- Saudades de quando você me obedecia. - olho pra ela e solto uma risada sem mostrar os dentes.

- Você era mais legal quando era pequeno. Agora parece um mostro sem sentimentos.

- Tô na minha melhor fase! - respondo seco.

- Melhor fase se afastando de quem te ama?! Pô cara, tu tá chatão demais! - ela cruza os braços e olha pra baixo, acena pra alguém e eu viro pra ver quem é

É a tal da professora, ela pede pra uns vapor ajudar a mina e depois volta, encher minhas paciência. Olho pra ela sério já sem nenhuma paciência.

- Olha cara, se tu não for não precisa falar mais comigo não. - ela se vira e saí rebolando aquela bunda de tanajura dela.

Ivy é foda, ela acha que mexe com meu psicológico falando essas paradas. Passou do tempo que eu ligava pra sentimentos das pessoas. Fico mais um tempo ali, quando decido ir pra minha casa, vejo que a Marjorie está na sala e quando ver abre um sorriso.

- Vem aqui, cara. Você mal para em casa agora. - coloco a mão na cintura e olho pra ela

- Tô sem tempo. - ela me olho e percebo que tá chateada.

Respiro fundo e sento no outro sofá, ela coloca uma série aleatória e eu finjo que tô prestando atenção, tenho paciência pra essas paradas não. Depois do terceiro episódio ela finalmente decide tirar essa porra. Avisa que vai ir se arrumar pro jantar e eu aproveito pra ir pro meu quarto ficar na paz.

Tomo um banho e visto apenas uma cueca, saio secando meu cabelo na toalha e jogo ela no canto perto da parede. Deito na cama e pego o celular que tava carregando, vejo que tem umas mensagens do Breno falando pra eu ir nesse caralho de jantar, que tem comida boa. Falar pra tú, o pior que tô numa larica da porra, mas vou não. Mando uma mensagem pra um vapor comprar uma quentinha pra mim, visto um shorts e vou buscar no portão de casa.

Vejo a tal da professora igual uma barata tonta, ela me olha e faz uma careta. Vejo que ela tá se aproximando, tranco o portão e vou entrando em casa quando ela grita.

- Ei, cara? Como chego na casa da Ivy? - ela tenta me olhar por um espaço que tem no portão

- Tenho cara de GPS agora? - ela solta um suspiro

- Fi da peste grosso da bexiga. - Deixo ela lá falando sozinha e entro.

Sento no sofá e começo a comer, tô numa larica da porra. Menos de 10 minutos já devorei o bagulho todo. Subo novamente pro quarto, pego meu celular e vejo que a Ivy saiu do grupo que tamo eu, ela, Breno e Joaquim. Ela acha que ligo, curto grupo mesmo não, só tava nesse por que ela é insuportável quando escuta um não.

RENDIDA NO MEU CRIME Onde histórias criam vida. Descubra agora