CAPÍTULO 34

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Goiaba

Já faz um mês que descobrir que sou filho de um dos maiores traficante, o desgraçado foi um filha da puta, mas ele fez história nessa porra.

De quebra sou irmão mais novo da Madá, ela tá levando a sério essa fita, tá pegando no meu pé pra um caralho.

Vamo assumir juntos aqui, tô como Sub dela agora e falar pra tu, eu tava igual esses muleques emocionado.

Quando dizem que dinheiro faz a cabeça do menor é a realidade.

Tava gastando tudo com puta, bebida, tava fazendo várias fita errada. Mas fé no pai que voltei pra realidade logo.

To na boca recebendo a carga de cocaína, quando vejo meu celular vibrar, pego e dou uma olhada rápida é mensagem da Betina, avisando que hoje tem a primeira ultrassom da cria.

Guardo o celular no bolso novamente e não respondo. Passo a manhã toda separando e conferindo tudo.

Quando termino, deixo os menor na função e vou lá pra casa, vejo a Cris na rua, ela acena e pede pra eu para o carro. Ela entra, me olha e me dar um tapinha no ombro.

- Você vai mesmo ser um filha da puta com ela? - fico olhando para o volante.

- Ela tá tendo que passar por uma fase foda sozinha. - olho de rabo de olho e ela tá cruzando os braços.

- Eu sei que não tá sendo fácil pra você, mas pensa como ela deve tá.

- Eu tô ligado. - é a única coisa que eu falo.

- O Tal de Daniel tá lá, independente se é o pai ou não. Ele tá fazendo o papel de HOMEM.

- Depois não reclama se ver teu filho e sua mulher sendo feliz com outro. - ela sai do carro e me deixa lá sozinho.

Chego em casa e vou direto para o meu quarto, tiro minha roupa e deixo em um canto, vou até o banheiro, ligo o chuveiro e entro, a água fria tá caindo e falar pra tu, não paro de pensar do que a Cris disse.

Eu tava querendo algo maneiro com a Betina pô. Mas a mina sumiu e nem minhas mensagens respondia.

Quando vi ela com aquele Zé Mané me deixou putão da vida. Saber que esse filho pode não ser meu, me deixa grilhado pra porra.

Saio do banheiro enrolado em uma toalha, visto uma roupa toda preta, pego meu boné vermelho, calço meu tênis, passo perfume e desodorante, pego minhas paradas e parto pro morro do formiga.

Tá um trânsito do caralho, olho no relógio e já tô atrasado dez minutos, assim que chego na frente do posto, deixo o carro lá de qualquer jeito e entro.

Vejo Betina, sua mãe e o Zé Mané indo em direção a uma sala, seguindo uma enfermeira. Ela me olha e falar pra tu, ela tá gostosa pra porra, queria memo era tirar ela daqui e foder o dia todo.

Ela deita em uma maca, levanta sua blusa, a Muié passa um gel na sua barriga e começa a passar um negócio que parece aqueles bipe de mercado.

Olho pra TV e começa a passar um borrão, fico olhando tentando achar o bebê naquilo, escuto um som de batimento e falar pra tu, me arrepio todo, sinto umas paradas maneiras aqui dentro.

Olho pra Betina e ela tá toda feliz, sua mãe tá chorando pra porra, o Zé Mané tá sorrindo igual um bobão, essa cria é minha filha puta.

A enfermeira manda nois vazar da sala e fica batendo um papo com a Betina. Meu celular toca e eu preciso ir resolver uns B.O com a Madá, falo com a Antonella e vou embora.

RENDIDA NO MEU CRIME Onde histórias criam vida. Descubra agora