CAPÍTULO 48

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                         Madalena

Passei duas semanas fora de casa em missão, confesso que na minha mente só vinha a Lavínia e o Benjamim, eu tinha que voltar por eles, na verdade eu tinha que voltar pela Lavínia, eu não sei exatamente oque vai rolar entre eu e o Benjamim... A única coisa que eu sei é que a minha pocahontas está super apegada a ele. O assalto ocorreu tudo bem como sempre, tamo mais rico, graças a Deus.

Estou voltando hoje tô de um jeito que nem eu sei explicar, tô ansiosa demais quero ver minha pequena logo. Tenho certeza que ela vai estar dormindo ainda, pelo menos se ela for esperta vai acostumar acordar tarde. Agora se puxar a mãe Madá vai acordar cedo.

Para o carro em frente a nossa casa, falo com os menor que tão de vigia, abro o portão, daqui de fora consigo sentir o cheirinho de bolo, abro a porta e sou recebi com um gritinho escandaloso.

- MAMÃE! - ela pula no meu colo com tudo.

Dou vários beijinhos nela, minha pocahontas é bastante tagarela, tá me contando tudo que fez nessas duas semanas, tive que pedir pra ela dar uma respirada antes de falar tudo.

Me levanto do chão com ela no colo, vou até a cozinha e me surpreendo vendo o Benjamim cozinhando. Ele me olha de rabo de olho e solta um sorriso de lado.

- Nossa pequena quis acordar cedo pra fazer o bolo da mamãe. - fico observando ele por um tempo.

Benjamin de uma hora pra outra fala como se a Lavínia também fosse dele, não acho ruim, eu sei que ele faz muito bem á ela... Mas, acredito que se for pra nós dois ficar junto só por que ela chegou, não vai dar certo.

Ele me olha meio desconfiado, coloco a Lavínia no chão e ela corre pra sala tá passando a turma da Mônica na TV ela se amarra.

- Olha cara, se tu tá achando que com a Lavínia aqui eu vou largar o tráfico, tu tá bem enganado. - ele me olha por um tempo.

- Sou apaixonada por ela. Mas sou também apaixonada pelo meu morro e meu trabalho. - ele cruza os braços me olhando com bastante atenção.

- Tu não queria nada comigo, até um tempo atrás, agora tá agindo como se fosse meu marido, como se a gente fosse uma família feliz. - ele desliga a panela de brigadeiro no fogo e me olha novamente. 

- Eu sempre fui apaixonada por você e tu sabe disso. Sei que vocês estão bem próximos e eu fico feliz por isso. Não vou afastar vocês, mas quero saber da gente, como vamo ficar?

- Tu sempre foi minha musa tá ligado?! Te acho foda pra um caralho, todo mundo fala que tu é problema, Dona da boca. - ele para de falar por um tempo.

- Nois é o oposto um do outro, tu ama adrenalina e eu curto a calmaria. Não te queria, por que eu sabia que tu não queria  uma família. Você ser a Dona do morro nunca foi um problema. Tu me dar medo pô, mas sei relevar. - dou uma risada de lado.

- A chegada da Lavínia me fez ver que dá pra nois construir nossa família e tu seguir teu legado. - ele tira o bolo do forno.

- Só que nois vai ser ao contrário. - olho sem entender.

- Tu vai pras missão e eu fico em casa cuidando dos nossos filhos. Lavinia foi até me ajudar na barbearia esses dias. - dou uma risada de lado.

- Então tu não liga de reverter os papéis? - ele nega com a cabeça.

- Até por que se fosse ao contrário nois só ia comer ovo, que é só oque tu sabe fazer e eu morreria no primeiro confronto. - dou uma risada concordando.

- Sou louco por você morena, sempre fui.

ele me puxa pela cintura colando nossos corpos, levo minhas mãos até seu pescoço e o puxo pra um beijo, pelo menos tentei, sentir alguém me dando um tapinha na minha bunda, vejo que é a Lavínia.

RENDIDA NO MEU CRIME Onde histórias criam vida. Descubra agora