CAPÍTULO 18

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                             Rael

Falar pra tu, essa professora é descarada demais.
Eu até tento não perder minha cabeça com ela, mas essa guria não facilita não. Depois do dia do banho da Alice, ela virou a cara e tô ligado que ela tá de cú doce. E como não tenho muito paciência, deixei ela de lado.

Alice tá foda, a bicha é gata pra porra e fica vindo de graça pro meu lado, esses dias até dei uns beijo nela, mas falar pra tu, a porra da professora fica na minha mente.

Hoje vai ser a inauguração do restaurante da mãe dela, essa veia do caralho me esculacha o tempo todo, ontem memo me fez pedir benção pro Baruk. Não preciso nem falar que esse cara tá achando graça de tudo.

Tava na minha casa tranquilão, quando o Joaquim avisa que já tá a indo, decido tomar um banho e me arrumar. Quando tô na entrada da rua onde tá sendo o restaurante, encontro Rian e Alice indo junto.

Esse cara não me desce não, ele tá se chegando lá na boca e o foda que o Baruk tá dando confiança pra ele, nesse caralho.

Claudia se aproxima, dar um beijo nele e fica toda se jogando, sinto meu sangue ferver. Comi um baião de dois e falar pra tu, essa mulher cozinha bem pra um caralho. Quando deu umas sete da noite, fomos pra pracinha,  depois de um tempo, vejo a professora de despedindo do pessoal, vejo o vacilão do Rian se levantando, chamo ele e aviso que hoje ele tem turno, que Baruk pediu pra avisar, meto o louco e o babá ovo de Baruk acredita.

Deixo ela ir na frente e quando ela menos espera apareço do seu lado. Já jogo o papo a chamando pra minha casa, essa vagabunda fica batendo papo com meus pais, que já devem tá imaginando idiotice.

Ela entra no quarto e fica me olhando, vem se aproximando, mas vou te falar, só de pensar que era pro Rian tá fodendo ela hoje, já me bate uma neurose e como sempre acabo falando sem pensar. Ela me dar um tapa e aquilo me faz perder a cabeça, mas aí lembro de umas paradas e acabo me controlando. Ela saí soltando fogo, continuo na minha paz, bebendo, quando o Joaquim entra no quarto.

- Por que você é assim em? - olho pra ele estreitando os olhos e o mesmo dar risada.

- Tenho medo de você não, cara.

- Oque você quer?

- Tu tá ligado que Claudinha não é essas minas daqui não. E outra tá na hora de tu deixar sentir as paradas aí dentro. - Joaquim solta tudo e saí do quarto.

Tiro minha bermuda e fico apenas de cueca, deito na cama e coloco os braços para trás da cabeça, fico olhando pro teto, fitando umas coisas.

Acabo pegando no sono algumas horas apenas, acordo e decido dar uma volta na comunidade. Volto pra casa e já são dez horas da manhã, paro na cozinha tomo um café com Dona Marjorie, que não para de contar sobre sua empresa, eu tô ligado que ela tá fazendo uma boa ação lá. Nessa conversa toda, ela me faz lembrar de algo.

Subo para o meu quarto, tomo um banho, coloco uma regata e uma bermuda, pego meu óculos, meus bagulho e saio de casa. No meio do caminho me lembro do que o Joaquim me disse e decido por um dia, deixar o verdadeiro Rael surgir. Vou na Ivy e peço uma ajuda pra ela, que começa a zombar da minha cara, filha da puta.

Depois de deixar tudo no esquema, vejo que já são uma da tarde. Vou até a festa que tá tendo na Madá, mando uma mensagem pra professora, que como sempre testa a minha fé. A busco com toda paciência e delicadeza que eu consigo ter. Percebo que ela está um pouco tensa, olhando todo o caminho, ela me olha de rabo de olho e faz um bico.

Assim que paro em frente ao nosso destino, ela me olha e parece que está sem entender. Eu tô ligado que ela é amarrada em cavalo e sei também que ela teve que vender o cavalo dela, pra vim pra cá trabalhar, mexi meus pau e comprei ele de volta. Ja tava com esse cavalo a um tempo, hoje decido que é o momento dela saber.

RENDIDA NO MEU CRIME Onde histórias criam vida. Descubra agora