CAPÍTULO 26

1K 143 52
                                    

                           Goiaba

Faz seis anos que tô sozinho pelo mundo, minha mãe faleceu de câncer, meu pai eu nunca soube quem era, a única coisa que eu sei é que ele era traficante. Tô seguindo o mesmo caminho que ele.

Sempre morei aqui no árvore, comecei a trabalhar na boca quando fiz 15 anos, Mauro cuidava daqui e me deu uma oportunidade, precisava de grana prós remédios da minha mãe.

Depois de uns anos Madalena assumiu seu legado e eu tô firmão na missão de ajudar ela. Falar pra tu, ela é a mulher mais foda que já conheci, tem medo de nada, vários marmanjo tenta passar na frente dela, mas a mina é esperta. Foi criada pelos melhor. Nós dois temo uma conexão única, nunca vi ela com outros olhos não, memo ela sendo gata pra porra.

Fui casado três anos com a Maíra, ela é cria aqui do morro também, ficava com ela desde menor, mas assumidos mesmo só foi três anos. No começo foi de boa, mas depois as brigas só foi aumentando e o amor diminuindo.

Na primeira oportunidade de meter o pé ela foi. Passou um ano morando em São Paulo e agora voltou. Disse que tinha algumas dicas de como encontrar meu pai e falar pra tu, ela tá ligada que esse é o meu maior objetivo nessa vida.

No dia que ela voltou, acabamos tendo uma recaída, na verdade eu tô ligado que ela ainda sente algo e eu pra falar a verdade ainda tenho um carinho por ela, não chega a ser amor, mas nós dois passamos por muita coisa juntos.

Sempre fui muito suave pra esse lance de mulher, nunca fui afobado não. Fiquei sabendo pelos menor que a filha do formiga iria morar pra cá, fiquei curioso, quase ninguém conhecia ela. Uma vez vi ela subindo a rua com a Madá, na hora já me interessei, ela é toda reservada, gata pra porra.

Falar pra tu, quase tive um ataque quando ela me confessou que nunca tinha gozado na vida. Saber que fui o primeiro a causar essa sensação nela, me deixou feliz pra porra.

Tomamos o nosso banho e ela saiu pro quarto, assim que terminei, vesti minha roupa e fui atrás dela na sala, foi quando ouvir uns barulho na rua e fui ver oque tinha acontecido.

Quando me deparei com ela toda machucada, desacordada, nua no meio da rua como uma ninguém, meu sangue ferveu na hora. Vejo a filha da puta da Maíra correndo, mas como sempre Madá foi mais rápida e mandou os menor levar as três pra salinha.

Formiga veio a milhão saber da filha, me levou junto pras idéia, achou que eu tava por trás desse plano. Depois de algumas horas já estou agoniado pra porra, quero saber notícias da Betina.

Me sento no chão, coloco as mãos no rosto e oro a Deus pra que nada de pior tenha acontecido com ela. Vejo a porta se abrir, Madá entra e joga o papo que fui liberado. Me bate um alívio.

Vou com ela até a casa da Betina, já vou direto em seu quarto, quando ela me ver já abre um sorriso lindo da porra, fico mais aliviado em saber que ela está bem.

Formiga me chama e avisa que tá na hora das três ser cobrada, apenas concordo com a cabeça. Por mim já dava o fim nelas, mas ele me explicou que a Antonella, vulgo minha sogra, foi contra e mandou apenas dar um corretivo e mandar elas embora daqui. Vai entender essa Muié.

Volto pro árvore no carro da Madá, assim que chegamos em frente a boca, vejo uma Senhora lá com os braços cruzados, Madá fica olhando pra ela de longe por um tempo, parece até que conhece a veia.

Ela abre a porta e desce, faço o mesmo e vou indo atrás dela. Quando essa mulher me ver, arregala o olho, coloca a mão na boca e fica me olhando impressionada.

- Benza Deus! Você é a cópia dele. - olho pra ela sem entender.

- Dele quem veia? - Madá me olha e olha pra veia.

RENDIDA NO MEU CRIME Onde histórias criam vida. Descubra agora