CAPÍTULO 56

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                           Claudinha

1 SEMANA DEPOIS...

Hoje completa dois meses de um dos piores dias da minha vida. Faz dois meses que fui estrupada. Estou sendo forte, pelo menos estou tentando. O que aconteceu com o Baruk me fez criar uma camada na minha dor, não queria deixar o pessoal ruim com os meus problemas.

Mas ainda dói. Depois de tudo que aconteceu eu não consigo ser  como eu era antes. Não me olho no espelho, finjo uma alegria que não é real, estou totalmente insegura comigo mesma, meu cabelo está caindo demais, sem falar que estou sempre surtando com o Rael, me sinto insegura em relação a ele. Hoje não estou muito bem, estou muito sentida, estou emotiva.

Vai ter um almoço na Ritinha, não estou no clima. Eu e Rael hoje de manhã tivermos mais uma briga, ele me disse que já estava cansando da gente. Ouvir isso me doeu na alma.

Subo para o meu quarto, acredito que já esteja na hora deu voltar para a minha casa, eu sei que a Marjorie diz que não liga, mas não me sinto bem, eu sempre acho que estou invadindo a privacidade dela.

Entro no quarto, paro em frente ao espelho mordo meus lábios inferiores  me sento na cama, não me reconheço mais a muito tempo. Rael abre a porta me olha por um tempo, ele já está sem paciência comigo.

- Você vai? - balanço a cabeça que não.

- Tu que sabe. - ele responde seco.

Sem perceber me desabo em chorar, é como se eu estivesse chegado ao meu limite. Rael fica me olhando por um tempo, olho pra ele e parece que isso o fez lembrar de algo.

- Eu sei que tô chata esses últimos dias... - passo a mão no meu rosto.

- Eu não... Tudo que aconteceu mexeu muito com meu psicológico, eu tô muito insegura em relação a nós dois.

- Na nossa primeira transa depois do acontecido, você fez oque tinha que fazer, saiu e depois me jogou uma pílula do dia seguinte. - solto um sorriso sem humor.

- Puta merda. - ele solta em forma de ruído.

- Eu não... Eu fui um idiota contigo. - ele põe a mão na minha coxa.

- Eu fiquei bolado com tudo, as brigas e não parei pra pensar em como você estava. - olho pra ele e volto a chorar.

- Tu não precisa ficar insegura. Eu... - ele para de falar e percebo que está constrangido.

- Eu quero que a gente dê certo. Eu não sei como agir e quando te joguei a pílula foi por ter gozado dentro.

- Eu sei é que... - ele me interropi

- Eu que vacilei, foquei nas paradas do Baruk e esqueci de cuidar de você.

- Porra! Eu não deveria ter te deixado na mão. - ele levanta meu rosto com o dedo.

- Essa missão nossa é nova pra mim, eu não sei como agir tá ligado?! - balanço a cabeça.

- Eu vou convencer o Joca a voltar pra boca. Vou arrumar meus horários e vamos ficar mais tempo juntos.

- Não precisa. Eu entendo você tem suas responsabilidades. - ele nega com a cabeça.

- Você é mais importante. - olho pra ele e solto um sorriso de lado.

Rael passa o dedo polegar na minha bochecha em forma de carinho, aproxima seus lábios no meu e me dá um selinho demorado.

- E eu tô ligado que tem um professor doido pra conhecer o capeta mais cedo. - olho pra ele sem entender.

RENDIDA NO MEU CRIME Onde histórias criam vida. Descubra agora