CAPÍTULO 42

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                              Rael

Eu tô tentando ser compreensivo com Baruk, tô ligado que ele tá sofrendo pra porra com a separação e com o desprezo do Joaquim.

Mas tô conseguindo entender o seu raciocínio em relação ao morro não na moral, ele tá brigado até com o Mauro, esqueceu a parada do legado e tacou o foda-se em tudo.

Tamo perdendo dinheiro pra porra, tá tendo desvio de dinheiro, de drogas e eu tô na cola do cidadão já. Mas como sempre Baruk não acredita em mim.

Aquele filha da puta do Rian tá na ativa passando a perna nele e o bocó tá achando bonito em tudo.

Tá achando que eu tô com ciúmes, vê se pode uma coisa dessa, ter inveja de marmanjo fudido.

Esses dias peguei umas fita errada dele com a professora, meti logo a porrada pra ficar ligeiro. Baruk veio e me deixou fora dos bagulho do morro.

Eu tô pouco me fudendo, ele vai ter que perder tudo novamente pra dar valor.

Eu tô a um mês já de boa com a tal da professora, esse lance de ficar indo na casa dela de madrugada tá dando certo mais não.

Ela não pode vim pra minha casa, tô ligado que a mãe dela me odeia e eu sei também que ela não ia saber ser discreta.

Tava na minha paz, escutei umas fita que me deixou grilhado. Tem um menor que eu ajudo, não quero ele nesse mundo do tráfico, então fizemo um trato, ele estuda, faz os bagulho pra ajudar a mãe dele e eu dou todo mês uma grana.

Me jogaram a visão que ele tá indo nas ideia do Rian, já peguei ele na rua e falei uma pá de coisa. Ele disse que ia mudar, vamo vê. Se não é bala.

Tava lá concentrado, quando vejo a professora descendo a rua, com uma roupa mais curta que tudo, meu sangue já começa a ferver. Mando uma mensagem e ela vem cheia do deboche; vejo ela virando a viela deve tá indo comprar açaí, essa daí é viciada.

Termino com o menor e vou atrás dela, dou uma olha no que é meu, mas sou surpreendido. Fico olha fixo lá pra baixo sem acreditar. Vou indo em direção a Monalisa.

Monalisa foi a primeira mina que me relacionei, ela ainda viveu no tempo que eu tinha uma vida. Ela é uma mina maneira pô. Foi embora por que tinha vontade de ser da marinha, aí os pais se mudaram para outra Cidade, atrás desse sonho dela.

Dou um abraço nela, essa mina é foda demais, aprendemos a atirar juntos, ela sempre topava minhas paradas. Já até transamos escondidos onde Baruk guardava as drogas.

Ela me olha e eu percebo que ela não mudou quase nada. Só tá muito mais gostosa. Fico ali batendo um papo, eu fico ouvindo ela me contar das coisa que conquistou e que tá só de férias por aqui.

Sinto alguém passando do nosso lado na mema hora já tô ligado em quem seja. O perfume dela é único. Ela passa e eu tô ligado que tá bolada comigo.

Deixo a Monalisa lá, mas aviso que já já tem pagode. Vou pra minha casa, tomo um banho maneiro, coloco uma blusa preta e uma bermuda, passo as paradas de desodorante e perfume, eu pego minhas paradas e vou seguindo meu rumo.

Chego lá, meus olhos vão direto na professora, ela tá com uma roupa tão curta, tô entendo esses fundamentos não. Monalisa fica me olhando e falar pra tu, tô entre a cruz e a espada. Não posso ir direto na professora, o povo sabe que a gente é como cão e gato. E se eu for direto na Monalisa sou um cara morto.

Por sorte um velho conhecido tá por aqui hoje, ele vem me cumprimentar e me chama pra ir pro nosso camarote vou indo com ele. Fico lá com meu copo na mão só observando a Cláudia Aparecida.

RENDIDA NO MEU CRIME Onde histórias criam vida. Descubra agora