CAPÍTULO 10

1K 165 59
                                    

                            Rael

1 MES DEPOIS...

Tô na maior neurose nessa porra. Tamo com um matador de aluguel nesse caralho e o foda que ninguém sabe quem é esse vagabundo. Ele só esqueceu que o Rael aqui é o melhor matador que existe.

Tava no morro cachoeirinha, onde a Samira mora, ela é neta de um dos nossos aliados, ajuda o veio a comendar tudo aqui. Ela é porra louca como eu, sem dó alguma. Se precisa matar quem for e foda-se tudo! Me levanto de sua cama e vou até a área, me sento no chão memo e pego um cigarro no meu bolso, acendo e dou um trago. Vejo ela se aproximando com um copo na mão, ela tá vestida com a minha camisa, olho pra ela negando com a cabeça. Falar pra tu, essa daí me desafia sem medo algum é a única Muié que me relaciono mais de uma vez. Temo algo nosso, tá ligado?! Sem cobrança, sem compromisso, sem essas neuroses toda e tá tudo numa boa.

Ela se escora no muro que tem ali e fica olhando pra suas unhas pitadas de vermelho, Samira é toda tatuada, ela é gata pra porra. Ela me olha e faz uma careta, olha pra rua e depois me olha, parece que tá preocupada com algo, essa daí ao contrário de mim, sabe esconder seus sentimentos não. Ofereço o cigarro e ela nega com a cabeça. Olho pra ela mais uma vez e ela me olha mordendo os lábios inferiores.

- Tenho que te contar uma fita. - olho pra ela balançando a cabeça

- Vacilamo da última vez lá no pagode e eu engravidei. - olha pra ela, estreitando os olhos

- Fica suave. Tô afim de ser mãe agora não, então abortei. - dou um trago e amasso o cigarro no chão.

- Fez a coisa certa. - dou um impulso e me levanto do chão.

Entro novamente no quarto e ela tira minha camisa, me entregando, visto a mesma, calço meu tênis, pego minhas paradas e saio do quarto dela.

Eu e ela somos assim. Tem essas de melação e os caralhos não.

Faço um toque com os menor que tão na segurança da casa, subo na minha moto e sigo meu rumo até o morro do amor. Hoje é a minha folga, Baruk voltou a tomar de conta de lá, esse filha da puta tá acabando com todo meu planejamento. Tava subindo a rua, quando vejo a tal da professora no meio da rua com a naja, a puguenta me ver e começa a latir, acelero a moto e vou direto pra minha casa.

Entro e vejo a Marjorie na sala, não dou moral pra ela, vou direto pro meu quarto. Tiro a camisa e vou pro banheiro, tomo um banho rápido, saio enrolado na toalha, visto uma samba canção e deito na minha cama. Pego meu celular e vejo que hoje é aniversário da vacilona da Ivy, a filha da puta tá sem falar comigo, desdo dia do jantar na casa dela. Todo ano ela manda meses antes o que ela quer de presente, como sou esquecido pra porra já tinha comprado esse caralho, mas ela tá merecendo não.

Vou até o armário e pego o pacote na mão, visto um shorts e saio sem blusa memo. Ela tá na frente da sua casa com as duas professoras, jogo o pacote em seu colo e saio andando. Dou um giro de moto pela comunidade, posso ser ruim pra porra, mas sempre quis o melhor pra esse povo todo. Vou descendo com tudo, quando escuto um grito e paro a moto com tudo,  derrapando.

- Misericórdia! se tu morre, eu morro também. - a professora fala pegando a cachorra no colo.

- Toma cuidado, caralho! - dou a volta e saio pegando meu rumo de volta, até a minha casa.

Assim que chego em frente ao meu quarto, vejo que tem um bilhete, pego e é a Ivy

" você é um vagabundo, mas eu te amo! Minha festa será no barro preto, as 20:00 horas. "

Destranco a porta, amasso o papel e jogo no lixo que tem ali no quarto, tiro meu chinelo e vou abrindo a porta da sacada, tá um calor da porra hoje. Vejo o Zé Mané do Breno saindo da casa das professora, esse daí perde tempo não. 

RENDIDA NO MEU CRIME Onde histórias criam vida. Descubra agora