RENDIDA NO MEU CRIME

CAPÍTULO 51

                            Breno

Trouxe a Maria Rita pra cá no intuito de acabar com essa marra dela e de quebra dar uma lição de como as coisas funcionam no meu mundo. Só que ela tá com um caô danado pro meu lado, tenho paciência não pô.

Mandei os menor comprar os bagulho pra casa e ela desfez dizendo que só usava algumas marcas em específico, faço os menor comprar tudo do jeito que ela quer. Fiz os menor mobilhar a casa na madruga, pra deixar tudo nos esquemas pra quando ela acordar não ficar enchendo na minha não.

Tô ligado que ela se amarra em dar aula e eu até tentei fazer a mudança pra ela dar aula aqui, mas só tem no período da tarde, aí desse jeito ela é professora lá e aqui.

Não sou um monstro não pô, não vou fazer ela passar sufoco aqui e eu tô ligado na história de vida dela, já tô ciente de tudo que ela passou e já até mandei dar um corretivo no tal de  padrasto dela.

Tô sabendo de tudo da sua família, eu sabia que usar a foto pra chantagear ia fazer ela vim rapidão comigo. Eu não vou fazer nada com eles, família vale ouro. Já montei um esquema com um carinha de lá, a vó dela joga no jogo do bicho direto, na esperança de ganhar alguma coisa. Dei uma grana pro cara do bar de onde ela faz o jogo e ele vai fingir que ela ganhou, claro que ele pediu a parte dele.

Ivy tá fudida comigo, essa mina acha que pode falar comigo daquele jeito, ela tem essa mania de querer cuidar da vida dos outros, se acha no direito de mandar em tudo. Ela vem com a história de querer proteger, mas não consegue lidar nem com os próprios problemas.

Tô acostumado em ter todas na hora que eu quero. A maioria das mina se envolve comigo por conta do dinheiro essa porra tem que saber que sou bicho solto. Tô querendo me amarra em uma só não.

Vejo Dona Antonella indo em direção a minha casa, tô ligado que o povo já tá tudo comentando que tô de fiel, as vagabundas já tão  querendo causar com a Rita, já mandei o papo quem encostar nela, morre.

Dona Antonella já deve tá ciente que é Rita que tá aqui, elas se conheceram uma vez lá no morro do amor e ela curtiu a mina, disse que ela tinha que ser sua nora, olhas as ideias. Vejo ela cumprimentar os menor da segurança eles abrem o portão e eu dou uma apressada pra entrar junto com ela.

A filha de uma puta conta tudo e vai pro quarto. Dona Antonella vai virar uma onça em 3,2,1...

- BRENO HENRIQUE QUE HISTÓRIA É ESSA? - Ela se aproxima e me dá um tapa no braço.

Faço uma careta de dor, essa daí tem a mão pesada. Ela cruza os braços e fica me olhando, esperando que eu dê alguma explicação.

- Com todo respeito Dona antonella. - ela arqueia uma das sobrancelhas.

- Mas não se intromete nisso não. - ela solta uma gargalhada sarcástica.

- Com todo respeito, Senhor Breno. - essa daí nasceu com o deboche na ponta da língua.

- Não sei se lembra, mas foi eu que te coloquei no mundo e eu posso te tirar dele rapidinho se não mudar  a tua postura agora. - meu pai solta uma risada atrás, olho pra ele.

- Vim ver oque tá pegando, mas pelo visto minha onça tá cuidando de você já. - ele solta uma risada.

- Foi bom ser seu pai. - ele sai batendo a porta.

- Esse é assunto meu pô. Tô batendo nela não. Tá tudo suave.

- Até por que se bater, eu te levo pra salinha e te arrebento.

- Tá muito malandrona viu. - Já tô ficando irritado.

- Tá muito covarde viu. - olho pra ela por um tempo.