CAPÍTULO 46

991 175 151
                                    

                          Joaquim

Passei um mês na roça com a família do Abrão, o pessoal daqui é bem de boa em relação a nós dois, o pai dele teve uma reação totalmente oposta da do Baruk.

Quando cheguei aqui fiquei nervoso pra porra, vai que o veio fosse foda igual meu pai, não ia aguentar outra surra não.

Abrão chegou já falando sem enrolar que eu era seu namorado. O pai dele fez uma cara de bravo, logo depois soltou uma gargalhada falando que já tava na hora do Abrão assumir, que sempre soube que seu filho gostava de espada.

A família dele é bem simples, eu fiquei bem feliz em conhecer todo mundo, sua família é enorme, o povo daqui fala alto pra porra, tudo é motivo pra se reunir.

Ajudamos no que conseguirmos, eu dei uma ajuda pro Abrão contratar uma enfermeira pra ficar aqui com eles 24 horas.

Voltamos faz pouco tempo pra nossa casa, ou melhor casa da Dona Marjorie, que tá cheia de manha falando que nois esqueceu ela e que até o Rael tava todo diferente por conta da Claudinha, fiquei até curioso pra ver os dois juntos.

Fiquei sabendo do que o filha da puta do Rian fez, soube também da sua morte, esse desgraçado mereceu todo sofrimento que sentiu, já vi o Rael torturando uma pessoa o bichão é foda nessas paradas.

Soube que a talarica Bahiana tá aqui com a gente por um tempo. Fiquei feliz, ela é bem engraçada, vai animar esse apartamento. Apesar que depois de tudo que ela passou deve tá sendo bem foda tudo.

Deixo Dona Marjorie e Abrão lá em baixo e vou para o meu quarto tomar um banho, aproveito e abro as janelas pra entrar um ar.

Escuto uns baralho lá em baixo, pelo visto Rael chegou e tá brigando com o Abrão como sempre.

Tiro minha roupa, ligo o chuveiro, tomo um banho rápido, só pra tirar o cansaço da viagem. Saio com uma toalha enrolada na minha cintura, eu vou até o closet e pego um shorts e uma camiseta, passo desodorante e perfume, pego um boné e desço pra onde tá o pessoal.

- Cadê minha cunhada talarica? - faço um toque com o Rael.

- Sem onde tá essa porra não. - ele fala com o tom sério dele.

- Para de se fazer de sonso. Ele tá todo de quatro por ela. - minha mãe fala rindo.

Rael faz uma careta, pega seu celular e parece que está enviando uma mensagem pra alguém, ele desliga o celular e me olha.

- Ela tá vindo pra cá, foi passar o dia com a mãe hoje.

- Tão junto memo então? - ele balança a cabeça em negativa.

- Assumir ela como minha fiel, mas ela tá falando que tá solteira. Então que se lasque pra lá. - sentir uma irritação diferente na voz dele.

- Ela não é essas minas criada em morro, bobão. Ela quer ser pedida em namoro, um pedido formal. - Abrão fala meio óbvio.

- Eu não nasci pra ser formal não. - faço uma careta.

Fico escutando o Rael implicar com o Abrão, até que a porta se abre e a Claudinha entra segurando um buquê de flores, Rael fecha a cara na mema hora.

- Quem te deu essa porra? - meu irmão como sempre bem delicado.

- Fica na sua que não tô boa pro teu lado não. - minha mãe da risada.

- Esses dois é assim o tempo todo.

- Quem te deu? - pergunto curioso.

- Na verdade não é pra mim não... Foi o Baruk que pediu pra eu trazer.

RENDIDA NO MEU CRIME Onde histórias criam vida. Descubra agora