CAPÍTULO 33

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                           Betina

Já se passou um mês que eu descobrir que vou ser mãe. Já estou para fazer 3 meses, eu sempre fui muito magrinha e agora já está dando pra perceber que minha barriga está um pouco maior que o normal.

Conversei com a Maristela e Madá, falei para não contar para ninguém, estou me preparando para conversar com meus pais e também avisar para o Daniel, que ele tem a possibilidade de ser pai.

Eu sempre fui totalmente cabeça para tudo, sempre planejei minha vida e eu não faço idéia do que fazer. Dei esse deslize, eu sei que a responsabilidade maior sempre cai para a mãe.

Não falei mais com a Maristela, eu me afastei de vez depois de tudo que ela fez, na verdade não estou com cabeça para nada esses dias. A Cris tá sendo bem legal comigo, fala comigo todos os dias perguntando sobre o bebê, me dando apoio.

Não falei com o goiaba, soube que ele está bem diferente depois que soube de quem é filho, tá como sub da Madá, afinal o morro é herança dos dois.

Hoje acordei jogando tudo para fora, não tá parando nada ultimamente no meu estômago, sem falar no sono que estou sentindo.

Aproveitei que já estou no banheiro e tomei um banho bem demorado, hoje não tem escapatória, vou contar para a minha mãe e meu pai. Eu já sei que ele vai surtar comigo, minha mãe vai ficar espantada.

Saio do banheiro, enrolada em uma toalha e secando meu cabelo em outra
Visto um vestido preto colado, vou até o espelho e dou um sorriso, já dá pra notar meu grãozinho de gente.

Penteio meu cabelo, passo perfume e desodorante, faço uma oração e desço para a sala, vejo que a casa está vazia, faço uma careta.

Volto para o meu quarto e pego meu celular, vejo que tem mensagem da minha mãe avisando que estão na casa da tia Yasmin e falou pra eu ir tomar café lá.

Desço novamente as escadas e vou até a casa da tia, o sol tá bem quente e só são 10:00 horas da manhã. Paro no meio da rua e sinto minhas vistas embaçar acabo desmaiando no meio da rua.

Vou abrindo meus olhos lentamente, vejo que estou em um hospital, olho para o lado e vejo meu pai de braços cruzados e cara fechada, minha mãe percebe que eu acordei e levanta da cadeira vindo em minha direção.

- Oi meu amor... - ela me dar um beijo na testa.

- Quando você ia contar que está grávida? - escuto a voz do meu pai, sua voz saí com uma autoridade.

Fecho meus olhos e mordo meu lábio inferior, sinto as lágrimas descendo.

- Eu não sabia como contar... - Escuto uma risada sem humor dele.

- Não sabia como ia contar? - seu tom saí com irritação.

- Eu não sabia como contar que estou grávida e não sei quem é o pai. - nessa hora saio do meu controle e começo a chorar descontroladamente.

- Você... - interrompo ele.

- Eu sei, você me quer fora da sua casa. Pode ficar tranquilo, eu vou cuidar dessa criança sozinha.

Respiro fundo e olho para o meu pai ele está me olhando e parece está analisando toda a situação.

- Você poderia ter me contado. - minha mãe fala pegando na minha mão.

- Eu estou perdida... - fecho os olhos e as lágrimas cai mais ainda.

- Eu vou ser vô nesse caralho. Você qualquer dia vai me matar do coração Betina, porra. - olho pra ele e não sei dizer se ele está irritado ou feliz.

RENDIDA NO MEU CRIME Onde histórias criam vida. Descubra agora