Inevitável paixão (concluída)

Prólogo

A decoração está perfeita, sem excessos. A música está no ar, as pessoas acompanhado a batida lenta, a valsa dos noivos. A cerimônia de renovação dos votos, foi de se emocionar.

Lívia está sentada distante, olhando a festa rolar, os noivos dançando agora com o filho.

Da mesa reservada para os familiares, Ivan prendeu a atenção numa convidada. Lívia. Notou principalmente, o jeito que está olhando para os noivos, especialmente para Scott. Com um sorriso contido, pegou uma taça de champanhe com um garçom que passou perto, atravessou a pista de dança, rodopiando entre os corpos dançantes.

- Amiga do noivo? - ele perguntou sentando ao lado de Lívia. Ela o olha, sem saber quem ele, por fim afirma. - Deve ser difícil ver quem você amar casar e não ser com você.

- O que você quer? - perguntou com raiva. Ela não sabe quem ele é e não está com ânimo para piadas.

- Quero muitas coisas. Sou jovem e estou no direito de ainda sonhar. - riu.

- Sonhar. - ela riu com desdém - Realmente é jovem.

- Idade muitas vezes não faz diferença.

- Já tive sua idade e também jogava a responsabilidade das minhas merdas na pouca idade.

- Não dá para te imaginar fazendo merda. - ambos se olharam, Ivan sorriu de lado, de um jeito que fez os pés de Lívia formigarem.

- Não coloque a mão no fogo por ninguém, se quer o meu conselho.

- Gostaria de algo seu, mas nem de longe um conselho.

Levou apenas cinco segundos para Lívia entender o que ele quis dizer. Arregalou os olhos, logo os fechando enquanto balançou a cabeça.

- Você é jovem e estupido mesmo.

- Sou. Algumas gostam. - disse ficando de pé.

- Elas devem ser igualmente estupidas... - Lívia está achando engraçado, estúpido e corajoso ele dizer essas coisas na maior cara dura.

- Às vezes elas só querem se distrair de uma decepção, um coração partido ou só uma boa chupada, o que modéstia parte, não deixo a desejar.

Um pouco tonta talvez, Lívia o olha de cima a baixo.

- Por que estamos tendo essa conversa mesmo garoto?

- Não use minha pouca idade como um escudo para o que quer e deseja desde que sentei do seu lado. - ela riu não acreditando no que acabou de ouvir.

- Digamos que esteja certo...

- Estou. - ele disse convicto.

- Hum... digamos que esteja certo, qual o tamanho do meu desejo e o que faria para acabar com ele? - o rapaz sorriu tomando o último gole de champanhe, se aproximou dela, até seus narizes se tocarem.

- Não sou tão tolo assim, não acabaria com o seu desejo por mim, o aumentaria, assim, fazendo-a sempre me querer na sua cama.

Um silêncio carregado de tensão e tesão pairou no ar, Ivan encurtou mais a distância roçando seus lábios nos de Lívia, passou a língua no canto de sua boca a fazendo separar os lábios, suas línguas se tocaram Ivan se afastou. Ofegante e úmida, Lívia olhou em volta, a festa ainda rolando, um garçom passou por perto Ivan pegou duas taças de champanhe.

- Não bebo. - ela falou recusando.

- Estou curioso para descobrir mais de você. Principalmente o quanto aguenta até gozar...

Lívia riu, um riso estrangulado, alto. Sem total controle.

- Ok, isso foi longe demais garoto.

- Não. - Ivan pegou o celular de Lívia que está em cima da sua minúscula bolsa ao seu lado - Desbloqueia.

Mesmo sem saber o motivo, Lívia fez o que ele pediu. O rapaz digitou algo, lhe entregou o aparelho.

- Me ligue quando quiser. Quando me quiser.