Capítulo 17

470 31 33
                                    

Olhei pela janela do avião, avistando Los Angeles toda iluminada

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Olhei pela janela do avião, avistando Los Angeles toda iluminada. Tomei fôlego, fiz as mala e comprei a primeira passagem para cá. Essa conversa com Ruby, não pode ser adiada. Um ano já foi o suficiente.

— Tem certeza disso? — olhei para trás por cima do ombro, para Gina. Minha irmã fez questão de vir comigo, quando lhe contei toda a tour. Não falou demais, não questionou, apenas disse que veria comigo. Essa é a primeira que questiona minha decisão.

— Já estamos aqui, não tem como voltar, Gina.

— Você sabe que nunca é tarde para mudar de ideia. Pense no quanto seria diferente se na primeira, segunda, terceira ou até mesmo a quarta vez que apareceu uma oportunidade de mudar o quadro nazista. Seria outra história.

— Como esse assunto veio parar aqui?

— Tomei como exemplo.

— O que entendi foi... que minha decisão está catastrófica.

— Admito, exemplo de história errado. — suspirou vindo até mim. Abraçou-me de lado. Passei o braço sobre seu ombro. — A Lívia...

— Não. Gina, esse assunto já acabou. Deu o que... — engoli em seco olhando a fachada do restaurante que combinei de encontrar com Ruby.

— Certo. Não irei mais tocar no assunto "encerrado". Mas, a Ruby...

— Já estava decidido a um ano atrás. — ela me soltou ficando na minha frente.

— A um ano atrás, você era outra pessoa. Mudou. — espalmou a mão no meu peito.

— Tem coisas que são imutáveis. Eu quero isso.

— Na mesma proporção que a um ano? — concordei. — Tudo bem então!

Ruby sorriu quando me viu. Ficou de pé num pulo e veio até mim se jogando nos meus braços. Foi impossível não sorrir com essa recepção calorosa. Enterrei o rosto em seu pescoço, inspirando seu cheiro gostoso. Sempre gostei do seu perfume. Mas, tem algo diferente. É o mesmo cheiro, porém algo mudou.

— Seu irmão deu o recado mesmo! — se afastou o suficiente para nos olharmos, sorriu e me beijou carinhosamente.

— Conhece o Christian.

Ela deu uma leve gargalhada.

— Sim, conheço perfeitamente. Mas passou um ano e pensei que você já teria desistido de mim. Mas eu não desisti, amor. Fiz o que disse que faria. Pensei sobre tudo. E a resposta é sim. — Ela jogou os braços para o alto e novamente se jogou em mim para um beijo. — Mil vezes sim.

As poucas pessoas que estavam no restaurante, que ouviram parcialmente o eufórico "sim", bateram palmas comemorando junto. Ruby me beijou, que para ocasião e o lugar, muito avassalador, que correspondi avidamente. Mas, novamente a algo errado, ela não é de demonstrar tanto sentimento desse ponto. É uma pessoa reservada que não demostra tanto afeto em público. Mas pode ser como Gina falou, mudou.

Inevitável paixão (concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora