Capítulo 04

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Esfreguei os olhos, para espantar o sono acumulado

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Esfreguei os olhos, para espantar o sono acumulado. Praguejei mentalmente ao lembrar que estou de maquiagem. Ouvir minha irmã rir.

— Você é um desastre ambulante. — ela se debruçou sobre o balcão da loja, pegou meu rosto pelo o queixo — Não está tão ruim. Só um pouquinho de... — passou a ponta do dedo na língua depois no canto do meu olho. Afastei-me.

— Você não fez isso? — esbravejei eu mesma limpando meus olhos.

— Que drama. É só um pouco de saliva.

— Que você tem alguém para compartilhar.

— Ainda sou eu.

— Com outras bactérias de não sei quem. — A deixei resmungando e fui para o banheiro nos fundos da loja lavar o rosto. Pode parecer exagero, até eu admito que é, mas convenhamos, quem faz isso? — Da próxima vez, pelo menos pergunta. — voltei para a loja. Olívia se virou para mim com um sorriso maior que o do gato de Alice no país das maravilhas.

— Oi!

A pessoa que ela está atendendo saiu de trás de uma arara de roupas, se revelando o "filhote". Me sentir esquentar na mesma hora.

— Adorei essa. Você tem só essas cores? — uma loira se aproximou. Ela olhou para o "filhote" depois para mim — Eu deveria ter desconfiado. Olá! Sou Gina, acho que já nos vimos antes, não?

— Então, Gina. Temos outras cores desse modelo. Vem! — assim Olívia a puxou para perto do balcão.

— Te peguei de surpresa. — o rapaz falou pondo as mãos nos bolsos.

— É. — pigarrei.

— Não pedirei desculpa por isso. — Deu de ombros olhando ao redor. — Gostei da loja. Só mudaria algumas coisas na fachada.

Pisquei algumas vezes tentando me situar de volta. Passei a língua entre os lábios, arrumando o cabelo atrás das orelhas.

— Se gostou então por que mudaria?

— Eu gostei de verdade. Mas é coisa da minha profissão, ver uma coisa ali outra aqui e já querer mudar.

— Isso foi só um modo de me fazer querer saber sobre com o que você trabalha? — Ele sorriu de um jeito que... me fez esquentar mais um pouco.

— Se isso te deixa confortável, sim. É assim que se começa às conversas dos assuntos interessantes, às vezes, na maioria. Eu nunca imaginei que você teria uma loja de artigos femininos. Eu gostei.

— É uma butique. Não uma loja. — E novamente ele sorriu.

— Acredite eu sei a diferença.

E percebi ali que ele só está... Como ele mesmo falou me deixando confortável, mas de um jeito irritante.

— E novamente a questão sobre a sua profissão. Se isso vai te fazer me deixar... — Apontei para loja — trabalhar, irei te perguntar qual a sua profissão, com o que você trabalha, será que você gosta da sua profissão ou só está só pelo bônus?

Inevitável paixão (concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora