Capítulo 16

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Após me acalmar um pouco, fui para casa

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Após me acalmar um pouco, fui para casa. Chegando lá vendo meu apartamento vazio, silencioso, dei meia volta e fui para casa da única pessoa que me escutaria nesse momento e me abraçaria, ou diria que sou idiota por estar sofrendo por uma pessoa, que nesse momento deve ser nos braços de outra.

Ele era tudo que eu sonhava, ser livre e desempecido. Que tinha o mundo aos seus pés. Por isso o medo inicial. Daí nos envolvemos cada vez mais, mesmo não sendo nada além de sexo sem compromisso, mas veio junto a cumplicidade, paixão e o mais importante para mim. A confiança. Voltei a confiar em alguém. Em um homem. E contei tudo. Ele me conhece como a palma da mão e eu permitir me despir de corpo e alma.

— E por que está dizendo isso para mim e não para ele?

Engoli a verdade bem no rosto do meu amigo.

— Isso tudo pode ser verdade. Mas isso... — sacudir a mão no ar, sem coragem de dizer em voz alta que vai além de paixão. — Não é tudo. Tem tanta coisa por trás de uma relação. E foi por boa parte disso que o acordo surgiu.

— Tem razão. Mas se olhar num todo...

— Se olhar num todo, Scott, ele não me quer. Ele já se cansou da gente.

— Não sei o que se passa na cabeça dele. Mas, tive a idade e...

— E nessa idade, você encontrou o amor da sua vida e se agarrou a ele.

— Lívia...

— Ele vai casar. Ele falou que não queria as complicações de um relacionamento, por que já tinha prometido isso a outra pessoa enquanto estávamos juntos. — minha voz está cada vez mais embargada.

— Lívia não é bem assim.

— E como é então? Por que foi ele que me disse isso tudo. E depois, agora... ele está lá com ela. — não conseguir mais me conter e cai no choro. Um choro silencioso, que aumentou quando meu amigo me abraçou.

...

Minha cabeça está doendo, a ponto de explodir. Esfreguei os olhos. Apoiei-me nos cotovelos olhando em volta, ainda estou na casa de Scott. Dá para ouvir as risadas das crianças. Em algum momento, vim ou me trouxeram para o quarto de hóspedes.

Abriram a porta, um feixe de luz vindo do corredor iluminou quarto, a pessoa que abriu a porta, Olívia. Meu sorriso foi automático.

— Oi! — mal deu para reconhecer a minha voz, está baixa e rouca. Se minha voz está assim irreconhecível, meu rosto deve estar deplorável de tanto que chorei.

— Scott me ligou avisando. Fiquei preocupada quando deu horário e você não me mandou mensagem, dizendo estar em casa e me mandando ter uma ótima noite de trabalho. — ela fechou a porta vindo sentar ao meu lado.  — Então, tiveram A conversa?

Pigarreei.

— Foi pior do que eu imaginava.

— Vocês se desentenderam?

Inevitável paixão (concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora