Backfire [L.S]

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Atualização dupla, quem amou?

Esse capítulo é a continuação do último, e é importante para o desenrolar da história. Tenham paciência.

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Meu coração vai parar na boca e eu releio a mensagem várias e várias vezes para tentar entender. Andy? Eu não conheço nenhum Andy. E o que ele quer dizer com "ele está aí?". Releio mais uma vez e vou para a foto de perfil. Eu definitivamente não conheço esse homem.

Ouço o barulho do chuveiro sendo desligado, mas estou estático demais para me mover. Eu permaneço olhando para a tela sem saber ao certo o que fazer. Após alguns instantes duas mensagens aparecem:

James: Não posso falar agora.

James: Depois nos falamos.

Que porra está acontecendo?

Releio as mensagens que James acabou de enviar, e quando a mensagem dá como lida, a conversa simplesmente desaparece de repente, num piscar de olhos.

Ele apagou a conversa?

Permaneço olhando para a tela tentando absorver o que acabei de ler quando ouço a porta do banheiro se abrir. Fecho a tela do notebook num impulso e olho para trás. James está com os cabelos pretos molhados, e com uma toalha enrolada no quadril. Ele me olha e eu permaneço com a boca semi aberta olhando para ele.

ㅡ Que tal italiana?

ㅡ O quê? ㅡ Pergunto depois de alguns segundos, confuso demais para raciocinar.

ㅡ Comida italiana, Louis. Onde você está com a cabeça? ㅡ Ele solta uma risada baixa. ㅡ Que tal você pedir enquanto eu me troco?

Permaneço olhando para ele sem dizer uma única palavra. James estava me traindo? O que significa: "depois conversamos?"

Sinal que a conversa não pode acontecer comigo perto, sendo assim, coisa boa não é. Fico olhando para ele por tempo demais, e minha cabeça gira, tornando tudo em torno de mim um enorme borrão. Eu não estou acreditando que James está me enganando.

ㅡ Louis? ㅡ Ele me chama me tirando dos meus pensamentos. ㅡ Você está bem?

ㅡ E-estou. Eu vou pedir.

Quando ele dá as costas para mim, eu solto o ar que nem sabia que estava segurando. Talvez seja coisa da minha cabeça, mas e se não for? Abro o notebook e olho se ele mandou alguma outra mensagem, mas não há nada, assim como ontem.

Ele apaga as mensagens, é lógico, ele não seria tão burro a ponto de deixar evidências. A dúvida queima o meu peito. E se não for nada demais? E se eu estiver fazendo uma tempestade no copo d'água?

Minimizo a tela e fecho o notebook mais uma vez, pegando o meu celular e mandando mensagem para o nosso restaurante italiano preferido.

O nosso restaurante ㅡ solto uma risada ao pensar nisso. Não sei nem o que é mais "nosso".

James volta para a sala alguns minutos depois e se senta no sofá me encarando. Eu estou tão atordoado que ele precisa me chamar mais de uma vez para que eu responda.

ㅡ O que? O que você disse?

ㅡ Você já pediu a comida? ㅡ Ele diz com as sobrancelhas franzidas.

ㅡ Já.

ㅡ Então senta comigo. ㅡ Ele apalpa o sofá. ㅡ Vamos assistir alguma coisa enquanto esperamos.

Me levanto no automático e me sento ao lado dele. Se ele realmente está me traindo, como tem a coragem de agir tão naturalmente? Ele passa o braço pelo meu ombro me trazendo para perto do seu corpo e eu sinto repulsa, a ponto dos pêlos do meu braço se arrepiarem. James percebe que estou duro, estático e paralisado.