Capítulo 13

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Chapter 13

-Kira, você acha que o compromisso inacabado de Tobirama é você?||Perguntei, tentando desviar um pouco do assunto das bestas.

Ela resfolegou lentamente.

-Não...se fosse ele já estaria aqui...bem como Hashirama...sua esposa já está no mundo dos celestiais...e Minato e Kushina também não estão aqui, o que significa que os compromissos inacabados nem sempre têm a ver com as almas gêmeas, se a teoria de Akira estiver certa, Sakumo é um exemplo de que não ter ligação entre almas gêmeas e sim, as pessoas mais próximas de você.

Esse assunto continua a me dar arrepios e algumas pequenas crises de ansiedade que vem e vão.

-Mas eu também acho que tem algo muito mais perigoso envolta disso, é quase como se eles não pudessem descansar por conta de possíveis...convocações...||A Uchiha mais velha acrescentou

-Como assim? Você fala de...Edo Tensei?

Ela assentiu, cruzando os braços perto do peito e batendo os pés no chão para tentar se acalmar.

-O que significa que eu não posso ver meu marido novamente até que alguém tenha a boa vontade de reencarná-lo temporariamente e devolvê-lo para mim||Ela sussurrou, com a voz irritada.

-Quando eu voltar para o mundo dos mortais, eu prometo, Kira, que irei descobrir quem está prendendo seu marido no purgatório,  assim como meus professores e Kushina||Jurei, segurando sua mão, enquanto absorvia seu nervosismo.

-Ah querida, obrigada, mas você sabe que não precisa fazer isso||Ela olhou para as minhas mãos e depois me deu um sorrisinho gentil de canto||Não precisa absorver minhas emoções apenas para que eu me sinta melhor, eu consigo me controlar aos poucos, principalmente quando estou com minha família.

Eu e Akira sorrimos, abraçando-a forte.

-Não há cura mais eficaz para um coração aflito, do que estar ao lado das pessoas que você tanto ama||Ela continuou||E eu amo demais a nossa família.

Assim que a porta abriu, o rosto da minha mãe e da minha irmã apareceram como cachorrinhos curiosos pedindo permissão para entrar, em seguida minha avó, meu pai e meu avô. Nós começamos a rir pela situação e nos reunimos todos em um abraço apertado que me deixou muito mais tranquilizada, eu estava com a minha família ali, com eles eu teria força o suficiente para continuar e era isso que me bastava.

Em seguida eu pedi para que as criadas trouxessem alguns aperitivos, lanches e bebidas para o meu quarto. Cada um se sentou em um lugar do quarto e nós passamos a noite toda conversando, sobre absolutamente tudo, sobre como se conheceram, o que aprenderam, como está o mundo dos mortais atualmente, sobre o país dos cristais e nossos amigos.

A noite não poderia ter sido mais agradável, eu incrivelmente me senti em casa de novo, me senti bem, em paz, sem ter a mente torturada pelos pensamentos dos futuros eventos importantes que acontecerão na minha vida. Se eu morresse amanhã, ao menos estaria tranquila por ter passado por mais um momento reunida com quase toda a família.

Quando começou a ficar tarde demais, todos foram se despedindo para irem pros seus quartos, que por sinal ficavam no mesmo palácio em que eu estava hospedada, ou...que eu iria morar...

Minutos depois Luna apareceu como um furacão e se deitou na minha cama.

-Vamos conversar sobre o que hoje?||Ela perguntou, entusiasmada demais para mim.

-Bom, eu irei dormir, desculpe Luna, mas estou cansada do treino de hoje cedo.

-Eu ouvi dizer que você quer ir para o sexto purgatório||A garota disparou, sorrindo pretensiosamente.

-Você estava nos espionando?||Perguntei, me sentindo um pouco irritada pela invasão de privacidade.

-Vocês mencionaram no momento em que eu estava passando, coincidentemente, pelo corredor, então...não pude deixar de ouvir||Ela desconversou||Você realmente quer ir lá?

-Eu gostaria, gostaria de tentar salvar pelo menos o meu bisavó...por Kira, ela ainda sente tanta falta dele...como se já não bastasse o tempo que os separou durante a guerra...ela ainda ter que esperá-lo aqui...já tem mais de 90 anos que ela o espera, isso não é justo...

-Então vamos atrás dele!||Luna incentivou.

-É o que, Luna? Nós não podemos, vamos ser mortas.

-Somos conjuradoras da Luz, Kyara, temos poder para afastar as bestas lá embaixo, mesmo que por um tempo limitado, ah, e existe um feitiço que nos deixa invisíveis aos olhos e olfatos deles, também por tempo limitado, será uma viagem rápida...ida e volta||Ela insistiu.

-Nós podemos detê-los?

-É claro que sim! Principalmente você que é de uma hierarquia superior, sua luz é mais forte e poderosa que a minha, se você treinar o bastante poderá até matar um||Ela continuou, empolgada||Vamos treinar essa semana, peça ajuda a Héstia, mas não fale as intenções, ela provavelmente já iria lhe ensinar isso, você só está adiantando o que já iria acontecer.

Eu comecei a cogitar, infelizmente, na possibilidade de dar certo esse plano, eu conseguiria resgatar ao menos um ou dois das pessoas que eu conheço, o problema era...Quem? E...onde eles estariam exatamente?

-Você já foi lá antes, Luna?||Quis saber, eu precisava do máximo de informações possíveis sobre o lugar.

-Não...mas minha mãe já e meu pai também, eles lutaram juntamente com os Deuses para tentarem diminuir a população de bestas, foi a primeira guerra da nossa galáxia, infelizmente...meu pai morreu bravamente lutando contra as bestas, algumas semanas depois minha mãe descobrira que estava grávida.

-Ah Luna...eu sinto muito...

-Não sinta, eu tenho muito orgulho dos dois, ele morreu batalhando por aquilo que amava, foi uma honra para ele ter protegido aquela que tanto amou e o mundo que tanto respeitava||Ela sussurrou.

-Então vamos trazer orgulho para seu pai, Luna, vamos acabar com aquilo que ele e sua mãe queriam tanto pôr um fim.

Ela sorriu empolgada e confiante.

-Vamos!

Continua...


O Quinto Elemento || Kakashi HatakeOnde histórias criam vida. Descubra agora