Vinte e Um

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Cancela tudo e me beija devagarinho.

Estava irritado com Denki. Não irritado o suficiente para chutar o loiro pra fora de casa, mas sim raiva pelo jeito na qual Kaminari estava lhe provocando e depois ia embora.

Depois daquilo ficaram longos minutos na sala apenas assistindo algum programa onde Shinsou sequer se deu o trabalho de dar atenção. Pois, Denki resolveu que seria um bom momento começar a deixar carícias na região de sua coxa, os dedos traçando caminhos lentos sobre a pele alva e arranha levemente de vez em quando, de forma que fizesse até a alma do Paulista se arrepiar com tamanha tensão.

Ou excitação.

Após uma eternidade em sua cabeça, decidiram todos irem para o quarto dormir, ele desviou do "compromisso" de dormir junto a Kaminari e puxou Bakugou pelo braço quando o mesmo estava quando indo ao banheiro.

— Que isso menino! — Resmungou Katsuki ao ter sido colocado para dentro do banheiro. Já estava querendo xingá-lo como habitualmente fazia, mas se preocupou devido a expressão entristecida que Shinsou acabou fazendo. — Ai, o que foi?

— Bakugou… — O chamou baixinho enquanto andava na direção do rapaz, este franziu o cenho e se manteve parado, o que levara Shinsou a prensá-lo contra a parede.

— Qual foi…? — Arqueou a sobrancelha em sinal de desconfiança.

— Eu acho que tô com tesão…

O loiro piscou pelo menos cinco vezes rapidamente e ficou encarando aquela cara pálida de Shinsou se perguntando se o sol do rio havia torrado o cérebro dele.

— Eu não vou bater uma pra você nem te dar meu cu.

— Que?! — Engasgou-se e foi logo se afastando do loiro. — Mas eu não quero isso!

— Ah bom! — Suspirou aliviado. — Então o que tu quer que eu faça mano?!

— É que… — Passou a remexer os dedos uns aos outros timidamente. — O Kaminari tá me deixando com tesão…

— Sei. — Esboçou um sorrisinho malicioso e cruzou os braços. — E tu quer transar com ele?

— Não sei… — Abaixou a cabeça, já sentindo as bochechas ardendo pela vergonha. — Queria fazer outra coisa com ele envolvendo gozar, mas eu não sei o que.

— Olha. — Colocou a mão no queixo enquanto formava uma expressão pensativa. — Já que você manja dançar, por que não faz isso? É excitante e com o estímulo certo dá pra gozar.

— Ah… — Sorriu de forma nervosa. — Já fiz isso uma vez, na calçada.

— E POR QUE VOCÊ NÃO ME CONTOU?!

— EU ESQUECI! — Grunhiu com medo de terem o escutado. Sequer sabia que ele queria saber daquilo. — Mas agora acho que teria vergonha.

— Você tem vergonha de muita coisa menino. — Negou com a cabeça. — Seguinte, pelo o que eu sei tem três coisas que dão tesão no Kaminari. — Ergueu exatamente três dedos, e Shinsou ficou curioso para ouví-lo. — Que dancem, que dancem no colo dele, e principalmente, sentar no colo dele e chamá-lo baixinho de Matheus.

Shinsou estreitou os olhos com a sensação estranha que se formou em seu peito.

— Como tu sabe disso…?

— Ele conta pra mim e o Kirishima. — Franziu o cenho, antes de falar uma careta. — Misericórdia, você acha que eu já fiquei com aquele sequelado?!

— Achei…

— Olha você com ciúmes. — Apertou as bochechas cheinhas do rapaz, o que fez o mesmo revirar os olhos e resmungar. — E ah! Quando o Kaminari tá com ciúmes ele passa a língua por dentro da bochecha, te olha de cima a baixo e depois desvia o olhar.

Sujos de areia Onde histórias criam vida. Descubra agora