Um amor de BBB

➰NATHALIA: A MULHER-GATO➰

O almoço do anjo , como sempre, fora patrocinado pela 99. Lais e Rodrigo entraram no cenário feito pela produção e já podiam sentir o cheiro delicioso de comida fresca.
Após fazerem o merchandising da empresa patrocinadora, os dois sentaram-se a mesa e começaram a almoçar. E era uma tarefa difícil se concentrar diante de Laís vestida daquela maneira provocante.
- A comida está otima, não está? - Rodrigo bebia um gole de seu suco.
- Estou amando. Obrigada por me trazer. - sorriu Laís.
A música ambiente era calma e sugestiva a um almoço romântico. E apesar de Rodrigo ter desejado por algum momento que ali com ele estivesse a Eslo, não podia negar a si mesmo que Laís se saia uma bela companhia. Inclusive não estava fácil controlar seus instintos masculinos diante da roupa sexy que ela vestia.
Laís trajava um vestido branco justo com um decote quadrado que valorizava muito seu colo. Se sua vontade era desconcentrar o brother, a médica havia conseguido.
A direita da mesa deles havia algumas garrafas de Chandon gelando em um balde com gelo. Rodrigo abriu uma e encheu taças para os dois. Logo essa primeira garrafa se esvaziara e uma segunda fora aberta. O brother ia bebendo e sentindo o gás da bebida arder em sua garganta, o que, para ele, era prazeroso.

Quarto lollipop

Se existia alguma tipo de tortura cruel para Eslovenia naquela casa, com toda certeza era saber que Rodrigo encontrava-se a sós com Laís no almoço do anjo. A modelo sentia um nó na garganta e uma imensa vontade de chorar como se fosse uma criança abandonada.
Que injustiça era aquela? Como Lucas fora parar
Em sua cama? Estava bebada demais para notar qualquer movimentação ou algo que a ajudasse a se justificar perante Rodrigo. E, por fim, se ele dizia que a adorava, por que na primeira oportunidade não lhe deu um voto de confiança?
- Não fica assim, minha flor! - Bruna retirava sua lace quando entrou no quarto e viu Eslo acuada em sua cama.
- Tá difícil, amiga. Eu tô destruída por dentro. Ele e eu ganhamos aquela prova juntos...
Eslo já não podia controlar as lágrimas em seus olhos.
- Ô, meu Deus. Se você chorar eu vou chorar também- Bruna largou a lace sobre a cama e correu até Eslo para consola-la - Mana, escuta - Bruna segurou o rosto de Eslo entre as mãos - a verdade sempre aparece e eu sinto aqui dentro do coração que algo vai acontecer hoje e tudo ficará claro. Aí o Rodrigo vai notar o vacilo que cometeu.
As palavras da sister eram reconfortantes, porém não eram suficientes para que Eslo se acalmasse e parasse de sentir aquela dor em seu peito. Laís e Rodrigo em um almoço a sós, pensava ela.
- É, Bru. Mas se isso acontecer, será tarde demais. Eu não vou querer mais saber do Rodrigo!

Quarto secreto

- mano do céu, é impossível que o Brasil não esteja vendo isso . - Nathalia estava indignada assistindo ao almoço do anjo - Você não tem vergonha na cara não, Laís? - ela falava com a TV. - E você, Rodrigo, hein? Que papelão. Na primeira se deixando levar por essa jararaca.
Se Nathalia estava angustiada com o que via, sua indignação apenas se elevou quando Laís e Rodrigo decidiram dançar coladinhos ao lado da mesa.
- Ah, não! - protestava Nathalia- Sério mesmo isso? Tu vai beijar a Laís, Rodrigo? E a Eslo?
E finalmente Laís conseguira o que almejava desde o início do programa: Rodrigo a beijava com vontade perante todo o Brasil.
Revoltada, Nathalia jogou uma das almofadas que tinha em seu colo para longe.
- Manooo, que vadia! E Rodrigo, você tem mais é que se ferrar! Deus me livre!!!! Cadê essa festa que não chega logo. - bradava Nathalia impaciente - hoje a casa pega fogo.

Na sala...

Como dizem: nada é tão ruim que não possa ficar pior. Eslovenia talvez não estivesse preparada para ver Rodrigo e Laís entrarem bebados pela porta da sala, agarrados e aos beijos. Se seu coraçãozinho estava péssimo, naquele momento parecia que nem coração havia mais em seu peito.
- Oi Eslo, tá tudo bem? - Disse Laís num olhar debochado e triunfante.
Em silêncio, a modelo correu da sala de volta para o quarto lollipop. Estava visivelmente abalada.

Quatro horas depois...

Nathalia já estava completamente vestida de mulher gato. Lembrava-se dos quadrinhos e do filme estrelado por Michele Pfifer do anos noventa, em que interpretava a vilã felina num dos filmes do Batman.
E seria exatamente isso naquela noite: a mulher gato poderia tanto ser uma justiceira quanto vilã. Vilã para alguns e justiceira para outros.
Sentir um frio na barriga era inevitável. Ia esfregar a verdade na cara de Laís sem pensar duas vezes. E Nathalia estava pouco se importando se o Brasil ia odiar sua atitude ou não. A médica ia ter o que merecia.
Bateram à porta. Um dummy viera buscar Nathalia para finalmente retornar a casa.