CLAUSTROFOBIA

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- ... O Rodrigo, Tadeu! - Nayara olhou para o brother como se pedisse perdão - Eu escolho o Rodrigo pra ir pro quarto branco comigo... Desculpa, Rô! - disse Nayara cruzando as mãos feito uma prece.

Rodrigo tinha medo de diversas coisas em sua vida, desde perder alguém que amava muito ao pavor de uma barata marrom e nojenta voando por sobre sua cabeça. Mas entre esses dois extremos, tinha algo que talvez fosse definir sua vida dentro do jogo: a claustrofobia.

O quarto branco não era uma novidade e, se a produção mantivera as regras, seria igual aos anteriores: Rodrigo e Nayara vestiriam um macacão branco e passariam alguns dias presos dentro um quarto também branco. Além do espaço pequeno, de forma incomoda, o teto rebaixava e as paredes se estreitavam ao aproximarem-se uma das outras, piorando a sensação de sufoco.


Nas proximidades da dispensa

- Está tudo bem, meu amor? Sua mão está gelada - Eslovenia segurava a mão do namorado.

- Não se preocupe, dengo. Só não gosto de lugares apertados... mas nada que eu não consiga suportar, né? - Rodrigo não queria transparecer fraqueza para Eslovenia.

- Tadeu não comentou qual seria a punição para quem desistisse, comentou? - ao perceber o mal-estar do namorado, a modelo preocupou-se com o que aconteceria caso houvesse desistência do monstro.

- Não comentou - Rodrigo virou-se para Eslo fechar o zíper de trás do macacão - O ultimo quarto branco aconteceu na edição do Prior e da Manu. A Gizele também estava... A Manu desistiu e foi direto para o paredão... - lembrava o rapaz.

- Uhum, foi isso. Mas... - Eslo recordava de outra vez que um brother desistira e a punição fora uma eliminação. Porem ela se deteve em rememorar isso .Não queria deixar Rodrigo mais ansioso - Mas vai dar tudo certo - finalizou desconversando.

Rodrigo olhou para os olhinhos pretos de Eslo por alguns instantes e pensou na sorte que tivera de entrar naquele reallity e acabar encontrando o amor de sua vida. Pensava em se esforçar o bastante e enfrentar sua claustrofobia, desejava permanecer no jogo ao lado de Eslovenia, para protegê-la, para ficar ao seu lado até onde conseguisse. Tentaria ser forte unicamente por ela.

A casa toda sabia que aquele era um dos piores castigos que o BBB tinha em sua historia, capaz de mexer com o psicologico do confinado e até mesmo poder provocar sua desistência. Era visível a apreensão no olhar de Thiago, Maria, Vinny, Eli, que rodeavam Nayara e Rodrigo vestidos de seus macacões brancos.

- Castigados. Atenção! Dirijam-se ao jardim e acompanhem o Dummy que os aguarda - a voz do Bigboss parecia mais seca e monótona que antes.

- Eslo, escuta - Rodrigo pegou na face de Eslo com as duas mãos, encaixando o polegar nos ângulos da mandíbula - Eu amo você, serio. Sei que é pouco tempo para dizer isso, mas enfim, melhor pecar pelo excesso que pela falta - riu ele - Eu quero muito que a gente dê certo lá fora, tá ouvindo? Tudo o que vivemos aqui foi maravilhoso. Se algo acontecer, me espera. Confia em mim.

- Rô - Eslo tinha os olhos fixos - Repito: vai ficar tudo bem, ok? Domingo a noite nos veremos, fica tranquilo.

Após um abraço mais longo do que a produção do programa gostaria, o BigBoss relembrou que Rodrigo e Nayara deveriam ir imediatamente para o jardim que os levaria até o castigo.


O quarto branco

Ver pela TV era muito diferente de estar naquele ambiente. A principio, não parecia tão apertado quanto supunham. Duas camas encostadas na parede e ao centro um stand com uma sirene. Quem apertasse o botão dispararia o alarme e receberia a penalidade. Mas qual seria?

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