Eram tantas informações a serem processadas naquela madrugada pós jogo da discórdia que o ideal seria penas pensar em nada.
Eslovenia estava deitada com Rodrigo ao seu lado no jardim. A produção deixara a abóboda que recobria a parte externa em dias de chuva aberta. Era uma noite de céu estrelado em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro.
Os dois se mantinham em silêncio, observando aquela imensidão estrelada, sentindo a brisa do vento acariciar suas peles e bagunçar os cabelos. Tudo aparentava ser tão novo, sempre como num recomeço. Rodrigo se maravilhava, pois apesar de não conversarem uma palavra sequer, o simples fato de estar me silêncio ao lado de Eslovenia aquecia seu coração.
Eslovenia virou-se para Rodrigo e passou a fitá-lo, reparando a barba crescida, o nariz que caia bem eu seu rosto, as sobrancelhas grossas e centrava-se na frequência com que suas pálpebras abriam e fechavam enquanto ele observava os céus. Ela vagarosamente desceu sua mão e entrelaçou seus dedos aos deles. A pele quente em contato, o cheiro do perfume, o calor dos corpos próximos, aquela imagem do universo... Tudo parecia mágico.
Os dedos de Rodrigo, entrelaçados ainda aos dela, se estreitaram naquele laço, apertando de leve as articulações das falanges. Ele não retirava os olhos das estrelas um segundo sequer. O silencio ali era tão agradável, que temia iniciar um diálogo e se desentenderem outra vez. Para que falar se apenas a situação já dizia tudo por si?
Gentilmente ele ajeitou seu corpo para mais perto de Eslo, o que permitira a ela recostar sua outra mão sobre seu abdome e deitar vagarosamente em seu peito firme. O hálito de Rodrigo a cada expiração colidia com os fios de cabelo dela, com a cabeça logo abaixo de sua mandíbula. A mão livre de Rodrigo acariciava a pele macia do rosto de Eslo, lhe causando arrepios. Eslo, então, ergueu o tronco e direcionou os olhos contra os dele, o encarando.
Como é linda, pensava Rodrigo. E mais surpreendente ainda era saber que ela estava em seus braços naquele instante e desejava que o tempo demorasse a passar, prometendo a si mesmo nunca mais deixa-la partir outra vez, mesmo que fosse por metros.
Lounge
Era o fim de Laís. Toda a casa passou a ignora-la, como se fosse a única culpada pelo monte de coisas que Nayara jogou na dinâmica naquela noite. Ninguém quis ouvir sua versão ou explicações dos fatos. Nayara fora tão ardilosa que envenenava um a um dos confinados contra a medica, para que não tivesse chance de contra-atacar.
Laís fumava um cigarro no lounge, pensativa. Via dali, Eslo e Rodrigo deitados no puff, abraçados e de mãos dadas. Achava toda aquela cena patética. Havia perdido de vez, não só o homem por quem estava apaixonada, como também muito provavelmente sairia do programam na terça-feira.
Um ódio imensurável ardia em seu peito, chegando ao ponto de querer se derramar em lágrimas. Mas não daria esse gostinho a Eslovenia, não sairia tão completamente humilhada daquela situação. Ainda não era capaz de compreender como Rodrigo fora se interessar por aquela modelo, que para Lais não tinha graça alguma, era insipida.
Ela apagou o cigarro e baforou um anel de fumaça, olhando fixamente para Eslovenia acariciando o rosto do homem que era pra ser seu.
- Vamos ver quem vai rir por ultimo, Es.lo - pronunciou com desdém.
Jardim
- Estou com sede - Eslovenia sentou-se , dando um pigarro por conta da saliva espessa.
- Eu vou lá buscar uma agua pra gente. Fica tranquila, meu bem - Rodrigo afastou uma mecha de cabelo dos olhos dela e a beijou suavemente nos lábios.
Eslo assentiu e sorriu largamente para aquele belo homem diante de seus olhos. Era felicidade o nome daquilo?
Olhava satisfeita Rodrigo caminhando para a cozinha da xepa, buscar algo que matasse sua sede. Era uma plenitude que não cabia em seu peito, um vontade louca de gritar. Era eufórico todo aquele acontecimento.
- Tá feliz, não est.. Eslo? - desdenhava Lais, com os olhos vermelhos e semblante horripilante.
A modelo se ergueu, após um breve susto. Lais aparecera ali subitamente, como se fosse um fantasma.
- Você está bem? Ainda não conseguimos conversar...
- Não finja que se importa, sua sonsa - havia uma linearidade no tom de voz de Laís - Eu sei que você faz essa carinha de boba mas é uma tremenda piranha... E sabe o que eu acho mais engraçado? Rodrigo ter escolhido você! - murmurou a medica já se exaltando.
Uma sensação esquisita tomava conta de Eslo, o olhar sombrio de Lais a observando fixamente causava arrepios. Não estava parecendo que aquela conversa terminaria bem. Por que Rodrigo demorava? Deveria se afastar da sister por segurança? Mas por que suas pernas não conseguia se mover?
- Laís, você não deve estar bem... Amanhã conversamos sobre isso.
Na única tentativa que Eslo ensaiou de deixar a conversa, Laís puxou Eslovenia pelo cabelos, com tanta força, que a modelo gritou de dor.
- Eu não quero conversar com você, eu quero te dar uma boa surra, sua sonsa.
Em questão de segundos, as duas travaram uma luta corporal, com Eslovenia tentando se defender. Já estavam próximas a borda da piscina, mas não faziam ideia para onde seguiam. O peso do corpo das duas naquele embate, as fez desequilibrar, e tombaram para dentro da piscina.
NOTA: Essa fanfic tá uma novela mexicana todinha kkkk. Bom, estou ja direcionando para o fim da fic. Ainda haverá mais alguns capítulos. Estou as ordens de vocês, me deem ideia do que fazer daqui em diante. No demais, já curtiu a fic? Será que não ficou sem nenhum capitulo sem votar? kkk... Me deem essa força, fanfiqueiros do coração. Muito obrigada por me acompanharem ate aqui. Votem e comentem, não esqueçam. Adoro vocês!!!
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Um amor de BBB
RomanceE se sua vida fosse vigiada 24 h por dia? Vinte jovens se propõem a entrar num confinamento e ter suas vidas expostas para todo o Brasil. Brigas, romances, intrigas e confusões. Vem acompanhar essa trama inspirada na vida real.