My Dear Boss |•Jungkook•| (EM REVISÃO)

Cap 3

                                                                                                 LA, EUA - 7:03 A.M

Ligação On

— Alô... 

— Pela voz de sono, acho que acabei de acordar alguém. 

— Não, eu já ia levantar mesmo. 

— Ótimo! Em 30 minutos esteja pronta. Estou lhe aguardando no restaurante do hotel. 

— Certo.

Ligação Off

Jogo o celular na cama e esfrego meus olhos tentando despertar. Me levanto e vou até o banheiro, faço minha higiene matinal me arrumo e desço. Chego antes do tempo dito por ele. Ao entrar no grande salão cheio de mesas e cadeiras, passo meus olhos pelo local tentando avistar o moreno. O restaurante tinha poucas pessoas, também pela hora, acredito que muitas ainda estejam dormindo.

— Procurando por mim? — levo um susto ao escutar aquela voz quase no meu pé do ouvido. Ser abordada daquele jeito, aquela hora da manhã, por aquele homem tão irresistível, era demais pro meu coração.

Ao me virar e dar de cara com ele, dou um sorriso sem graça e abaixo a cabeça.

— Te assustei? Desculpe — riu — Você chegou primeiro que eu. — olha seu relógio de pulso. — Sua pontualidade me deixa feliz. — estamos parados na entrada do local. — Vamos comer, o dia hoje será cheio. — ele passa á minha frente e vai até uma mesa, eu o sigo. 

Fizemos nosso pedido e aguardamos a refeição. Pensei em perguntar sobre o assunto da comanda, mas deixei pra lá. Me veio a memória que ele odeia ser contrariado. Melhor deixar como está. Quer pagar? Então pague. 

Ele nunca comentou sobre família, namoradas... Também nunca vi nenhuma aliança em seu dedo. Acredito que ele seja solteiro. Ele trabalha tanto que acho que nem tempo pra namorar ele tem. Porém não entendo como um homem tão bonito, novo, inteligente, esteja sempre tão sozinho.

 Sua vida pessoal não me diz respeito. Mas a vida dele se resume á empresa. Ele nunca comentou comigo sobre sua vida particular, mas também não iria ser a bonita de perguntar. Porém, mesmo sendo um homem misterioso e calado, ele é muito curioso. O que ele não diz sobre sua vida, pergunta sobre a minha. Em seis meses, ele sabe da bolsa que ganhei, a pós graduação, do trabalho anterior á esse que estou hoje, que trouxe minha mãe pra morar comigo, que meu pai morreu quando eu tinha 7 anos, que meu primeiro (e único) namorado me traiu com a prima dele, que eu tinha uma cachorrinha chamada mel mas morreu três meses antes de eu vir para Coreia, entre outras coisas.

Eu podia muito bem não dá essa liberdade a ele de me perguntar tanto sobre minha vida. Mas ele é tão sozinho que eu vejo isso como ter alguém com quem conversar. Ele não gosta de falar sobre sua vida. Mas é um bom ouvinte. E não tem nada demais na minha história, também não tenho nenhum segredo. E nossas conversas sempre foram muito saudáveis, ele nunca avançou o sinal e sempre foi educado.

— Você ligou pra sua mãe avisando que tinha chegado? — ele pergunta me olhando.