Epílogo Bônus

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O Sol estava forte naquele dia. Estávamos no meio do verão.

Nadja colocava uma bandeja de chá sobre a mesinha redonda que colocaram no jardim no dia anterior, escondida da luz solar por um guarda-sol.

— Eu já disse que é para mandar uma criada trazer, Nadja — chamei a atenção da mulher.

— Eu posso ter subido de cargo, majestade, mas ainda tenho mãos— disse me lançando uma piscadela.

Eu ri de minha dama de companhia, e balancei a mão dando fim a nossa pequena discussão.

Isabela estava sentada ao meu lado, se escondendo do Sol assim como eu. A bebê em seu colo puxava os longos cabelos escuros da mãe, fazendo com que Izzy afastasse as mãozinhas da filha a cada segundo.

— A pequena Abigail está elétrica hoje — falei rindo, fazendo com que Isabela revirasse os olhos.

— Nem me fale, ela não para quieta um segundo — protestou, tendo que mais uma vez afastar as mãos da garota — Eu disse para Mattia que ela puxou o lado dele da família.

Neguei com a cabeça, rindo.

— É porque ela ainda não começou a andar e falar, daí sim você vai ver o que é trabalho. Jun precisou mandar que tapassem as escadas com tábuas para que Tomás não se atirasse delas.

Desviei meu olhar para o gramado mais a frente, onde Jun jogava futebol com um garotinho de cabelos negros e olhos angulados iguais os do pai, ele tinha pouco mais de oito anos.

— Ah, mas Abigail engatinha tão rápido, que às vezes tenho medo de que alguém pise nela sem querer. Parece um cachorrinho.

Nós duas rimos.

— E como não amar essas crianças? — eu disse por fim.

— São nossos grandes tesouros — Isabela concordou.

Izzy e Mattia tinham demorado para ter o primeiro filho. Ela acabou descobrindo um problema para engravidar, mas que depois de anos de tratamento foi finalmente curado, e Abigail pôde vir ao mundo.

Quanto a mim e Jun, tivemos Tomás poucos meses depois do nosso casamento. Foi a notícia do momento na época, e se falou na mídia durante meses. Por conta disso, acabamos passando um tempo no chalé, longe de todo mundo, para que pudéssemos aproveitar o tempo com nosso bebê. Foram meses mágicos. E agora, estávamos no aguardo de outro.

Deslizei uma mão sobre minha barriga volumosa.

— E quando a princesa Areum vem ao mundo? — Isabela perguntou com um sorriso alegre no rosto.

Escolhemos o nome da nossa segunda filha em homenagem à mãe de Jun, que faleceu ano passado.

— A médica falou que é para ser mês que vem. Confesso que estou ansiosa para isso, Areum é muito agitada.

Foi só dizer isso, que senti leves chutes vindos de dentro da minha barriga.

— Igualzinha à mãe — Izzy brincou, me fazendo revirar os olhos.

Mattia apareceu por trás da minha amiga e a abraçou pelos ombros, deixando um beijo em sua bochecha.

— Abigail, pare de incomodar sua mãe — ele falou tocando com o indicador na ponta do nariz da filha, que deu uma risadinha típica de bebê.

— Tal pai, tal filha — Isabela acrescentou, colocando uma mão sobre a do marido.

Ele sorriu e se desvencilhou da mulher, logo pegando a filha no colo. Abigail ficou muito mais feliz, o que mostrava que ela era claramente apegada ao pai.

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⏰ Última atualização: Feb 08, 2022 ⏰

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