Capítulo 23💙

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Finalmente chegamos ao aeroporto de Wellington. Briseis não acordou em nenhum momento depois que comeu, muito menos nas turbulência e muito menos no pouso do avião. Ela está cansada mesmo!

- Mel. - chamo e é estranho chama-la pelo nome falso, mas terei que me acostumar já, assim como ela. Briseis resmunga e eu tento novamente. - Melorie.

- Hm...

- Chegamos, querida. - sussurro em seu ouvido mas me afasto quando Briseis se arruma rapidamente assustada. Ela olha ao redor como se estivesse prestes a ser atacada. - Ei, está tudo bem.

- Onde estamos?

- Nova Zelândia.

- Já? - seus olhos se arregalam minimamente.

- Sim, você dormiu o resto do voo. - comento transmitindo calma. Ela me olha e assente devagar.

- Bom, você me chamou de Melorie, certo?

- Isso. E eu sou o Thomas.

- Brookes. - acrescenta ela e eu assinto. - Vida nova.

- Novo recomeço.

- Novas formas de escaldar você.

- Novas formas de reconciliações. - sorrio e ela revira os olhos.

Parados a espera de nossas malas, tiro o saquinho de veludo do bolso do meu casaco e tomo a coragem para me virar para Briseis. Pigarreio e ela me encara cansada.

- Como temos novos nomes, então temos um novo estado civil.

- Como é?

- Sr. e Sra. Brookes.

- O quê? - pergunta alto demais para logo disfarçar e puxar a manga de meu casaco para baixo. - Casados? Pensei que seríamos irmãos, primos, sei lá, mas casados?

- Irmãos e primos que tem relações sexuais extremas? - pergunto irritado. - Sim, estamos casados.

- Isso é loucura!

- Pense bem, tudo isso é loucura, porém necessário para a nossa proteção. - rebato fazendo-a suspirar e olhar para os lados.

- Tá bom, aceito ser a sua esposa.

- E eu aceito ser o seu marido. - nossos olhos se prendem um ao outro por um breve instante até que vejo as malas chamativas de Briseis. Corro a tempo para apanhá-las e Briseis me ajuda. - Bem, pronta para as alianças?

- Aproveita que o aeroporto não está cheio. - tiro as alianças do saquinho e Briseis finge que não ficou impressionada com o anel solitário. Ela estende a mão esquerda e no seu dedo anelar repouso o solitário e junto a ele a aliança de ouro branco.

- É lindo. - diz tentando não transparecer certo deslumbramento.

- Ficou bem em você. - digo para então Briseis depositar a aliança em meu anelar.

- Enfim casados. - murmura ela mirando os meus olhos.

- Sr. e Sra. Brookes.

Entrelaçamos as nossas mãos, pegamos as nossas poucas malas e saímos de cabeças erguidas do aeroporto. Nova jornada começa e novos prazeres também... eu acho.

- Uau! - exclama Briseis boquiaberta. - Isso não é uma simples cabana.

- Não mesmo!

- É rústica. - diz enquanto pega a sua mochila. Ficamos os dois parados olhando a estrutura de pedras, madeira e vidro da cabana de Dante.

- Eu imaginava uma cabana pequena, poucos cômodos. - comenta ela.

- Digo a mesma coisa, só que com toque de luxo. - digo olhando os detalhes das pedras contra as madeiras.

Begins. - Livro único.Onde histórias criam vida. Descubra agora