Finalmente chegamos ao aeroporto de Wellington. Briseis não acordou em nenhum momento depois que comeu, muito menos nas turbulência e muito menos no pouso do avião. Ela está cansada mesmo!
- Mel. - chamo e é estranho chama-la pelo nome falso, mas terei que me acostumar já, assim como ela. Briseis resmunga e eu tento novamente. - Melorie.
- Hm...
- Chegamos, querida. - sussurro em seu ouvido mas me afasto quando Briseis se arruma rapidamente assustada. Ela olha ao redor como se estivesse prestes a ser atacada. - Ei, está tudo bem.
- Onde estamos?
- Nova Zelândia.
- Já? - seus olhos se arregalam minimamente.
- Sim, você dormiu o resto do voo. - comento transmitindo calma. Ela me olha e assente devagar.
- Bom, você me chamou de Melorie, certo?
- Isso. E eu sou o Thomas.
- Brookes. - acrescenta ela e eu assinto. - Vida nova.
- Novo recomeço.
- Novas formas de escaldar você.
- Novas formas de reconciliações. - sorrio e ela revira os olhos.
Parados a espera de nossas malas, tiro o saquinho de veludo do bolso do meu casaco e tomo a coragem para me virar para Briseis. Pigarreio e ela me encara cansada.
- Como temos novos nomes, então temos um novo estado civil.
- Como é?
- Sr. e Sra. Brookes.
- O quê? - pergunta alto demais para logo disfarçar e puxar a manga de meu casaco para baixo. - Casados? Pensei que seríamos irmãos, primos, sei lá, mas casados?
- Irmãos e primos que tem relações sexuais extremas? - pergunto irritado. - Sim, estamos casados.
- Isso é loucura!
- Pense bem, tudo isso é loucura, porém necessário para a nossa proteção. - rebato fazendo-a suspirar e olhar para os lados.
- Tá bom, aceito ser a sua esposa.
- E eu aceito ser o seu marido. - nossos olhos se prendem um ao outro por um breve instante até que vejo as malas chamativas de Briseis. Corro a tempo para apanhá-las e Briseis me ajuda. - Bem, pronta para as alianças?
- Aproveita que o aeroporto não está cheio. - tiro as alianças do saquinho e Briseis finge que não ficou impressionada com o anel solitário. Ela estende a mão esquerda e no seu dedo anelar repouso o solitário e junto a ele a aliança de ouro branco.
- É lindo. - diz tentando não transparecer certo deslumbramento.
- Ficou bem em você. - digo para então Briseis depositar a aliança em meu anelar.
- Enfim casados. - murmura ela mirando os meus olhos.
- Sr. e Sra. Brookes.
Entrelaçamos as nossas mãos, pegamos as nossas poucas malas e saímos de cabeças erguidas do aeroporto. Nova jornada começa e novos prazeres também... eu acho.
- Uau! - exclama Briseis boquiaberta. - Isso não é uma simples cabana.
- Não mesmo!
- É rústica. - diz enquanto pega a sua mochila. Ficamos os dois parados olhando a estrutura de pedras, madeira e vidro da cabana de Dante.
- Eu imaginava uma cabana pequena, poucos cômodos. - comenta ela.
- Digo a mesma coisa, só que com toque de luxo. - digo olhando os detalhes das pedras contra as madeiras.
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Begins. - Livro único.
RomanceO que fazer quando precisa-se esquecer o passado, as decepções da vida e talvez um passado obscuro? Será que morar em outro continente pode ser uma boa ideia? Para Briséis foi uma boa solução e para o Aquiles? Briséis é uma menina doce, alegre e in...