Begins. - Livro único.

Capítulo 33 💛

Briseis.

Questão de segundos é a avaliação de Aquiles. Seus olhos descem e sobem pelo meu corpo no minucioso cuidado para não perder a compostura, para enfim sorrir maliciosamente e assentir.

- Olha, você se superou nessa investida. - diz dando-me as costas e voltando a se encostar na banheira.

- Eu sempre supero, diferente de você. - cutuco. Vejo os ombros de Aquiles retesarem. Eu sei como manobrar a fera de 1,85cm de altura, e a forma é... subestimá-lo. E como eu já esperava, Aquiles vira-se devagar com o semblante desafiador.

- Você sabe que nesse jogo quem ganha sou eu.

- Pra quem é inexperiente está muito confiante. - elevo o queixo provocando-o mais. Aquiles sorri de lado e desce o seu olhar para as minhas pernas para depois encarar o ponto certo da minha intimidade.

- Tive uma excelente professora. - diz com a voz rouca perfurando todo o meu corpo deixando um leve êxtase. - Bem, já que o jogo é a sedução e você decidiu ficar seminua, eu vou fazer algo melhor. - perco a voz quando Aquiles levanta-se da banheira e assim fica na sua gloriosa forma: molhado pela água morna, óleos e totalmente nu.

Meus olhos ficam hipnotizados com cada detalhe do corpo do meu namorado: músculos, pêlos dando o charme no tórax e abdômen, as veias das mãos um pouco sobressaltadas demonstrando sensualidade e masculinidade. Conforme a minha visão vai avaliando a sua beleza, mais sinto a umidade entre as pernas e eu sei que Aquiles está se vangloriando com isso o que torna a aposta ao seu favor. Balanço a cabeça e me recomponho, sorrio devassa para ele e manobro as minhas mãos até o fecho do sutiã em minhas costas. Abro e deixo o tecido trabalhado em renda descer pelos meus ombros, braços para enfim se encontrar no chão junto a camiseta branca.

- Estamos quites. - digo me endireitando para passar autoritarismo. Os olhos azuis de Aquiles brilham e logo escurecem ao detalhar cada parte do meu corpo nu.

- Você pode pegar um resfriado.

- Vem cá me esquentar então. - retruco fazendo-o voltar a si e sorrir.

- Boa tentativa, péssima na verdade, mas é mais fácil você colocar a camiseta de volta.

- Prefiro o resfriado então. - dou de ombros.

- Sabe que isso vai ser um círculo vicioso...

- Cala a boca e perde a aposta só dessa vez! - o interrompo imediatamente. Qual é! Estou há semanas querendo um toque mais profundo dele, de um beijo mais casto, demorado, mais... preciso, e ele está me testando de milhares formas que chega a ser dolorido.

- Uau, isso que é desespero, o resto é conversa. - solta segurando o riso. Ele está se divertindo as minhas custas!

- Vai dizer que você não está a beira de pular em cima de mim. - reviro os olhos colocando as mãos na cintura.

- Eu consigo me controlar, diferente de você?- opa, ele fez isso mesmo? Jogou as minhas palavras contra mim?

- Aquiles... - franzo os olhos em alerta. Ele dá ombros para em seguida andar lentamente até onde estou. A cada passo eu sinto o calor emanando do corpo dele, a necessidade dele por mim e vice-versa.

- Sim?

- Só anda logo com isso. - murmuro com as palmas das mãos fechadas ansiosamente.

- Calma baby. Você fez tudo com tanto carinho e cuidado, pra que a pressa? - sério que ele perguntou isso? É sério mesmo? E o cretino ainda sorri!

- Você adora me torturar, não é? - murmuro quando o corpo dele fica rente ao meu, próximo o suficiente para eu sentir o aroma do óleo de banho.

- É o que você faz comigo desde o dia que nos conhecemos. - sinto um leve puxão no meu cabelo fazendo minha cabeça tombar para trás dando acesso perfeito do meu rosto e pescoço para Aquiles.