Três dias depois, Helena está de volta em sua casa nos dando a notícia que ela e o Dante decidiram se mudar para uma casa menor, digamos com ar mais familiar já que o bebê está a caminho. Os exames constaram que Helena está muito ansiosa e se alimentando muito mal, o que nos leva a verdade: Helena está comendo muita porcaria e nada de comida saudável. Depois dela escutar um grande sermão da nossa mãe e da Martha 1, decidi ir vê-la antes de ir embora definitivamente.
Bato na porta três até ela autorizar a minha entrada.
- Oxe, pensei que fosse o Aquiles, ele tem costume de bater a porta. - brinca guardando a escova na gaveta da penteadeira.
- Eu sei ser educada. - dou de ombros nos fazendo rir. - Vim pra me despedir.
- Eu sei, estava te esperando para isso. - comenta ela levantando-se. Adentro o quarto dela e sem cerimônias abraço Helena. - Oh!
- Obrigada. Por tudo! - digo segurando o choro.
- Oh flor, não precisa agradecer. Foi maravilhoso ter você aqui. - diz me abraçando mais forte.
- Promete ir me visitar com o baby ogro? - pergunto me afastando um pouco dela para observá-la.
- Claro que sim. E você irá nos visitar, certo? Porque eu e Dante precisamos sair pra fazer coisas de casais, e você como tia/madrinha, tem facilitar. - brinca me fazendo revirar os olhos.
- Fazer o que, né! Eu aceito sim, mas depois não queira brigar comigo caso eu ensine algo. - reviro os olhos para logo sentir um beliscão de Helena. - Ai!
- Agora nem estou sentindo tanto a sua falta. - revida cruzando os braços. Me abaixo até seu ventre e digo:
- Por favor, não puxe o temperamento da sua mãe. Seja inteligente e puxe a titia aqui, ok? - levanto rapidamente e me esquivo do tapa que poderia levar. - Vai descer para se despedir melhor?
- Tenho escolha? - pergunta Helena arrumando o seu casaco.
- Bem, o Dante disse que iria subir pra te ajudar a descer as escadas. - comento como quem não quer nada.
- Ninguém merece! - revira os olhos bufando. Desde que Helena voltou para casa, o Dante tem andado um pouco protetor. - Preciso conversar com ele sobre isso.
- Isso aí! Conversar é a saída.
- Se não tiver, posso dar uns berros.
- Olha o coração, agora você tem uma baby ai dentro. - aviso um pouco preocupada.
- Briseis, eu estou grávida e não doente. Mas pode deixar, eu vou me controlar o máximo possível e ser mais compreensível com o Dante.
- E ele será também. É tudo novo para vocês, aproveitem e tomem cuidado. - aconselho.
Na calçada da casa de Helena e Dante, nos despedimos. Nossas mães choram e nos desejam a maior felicidade e paciência do mundo, nossos irmãos brincam e nos aconselham para enfim nos soltar de seus abraços fortes e nos deixar partir para o nosso caminho.
Dentro da picape de Aquiles, demos o nosso último tchau para a nossa pequena família. Aquiles liga a picape e nos entreolhamos.
- Boa sorte para nós. - diz ele.
- Ao infinito e além.
Quatro meses depois tudo mudou...
Helena entrou em trabalho de parto bem antes da data prevista. A pequena Ariel quis vir ao mundo para mostrar que é teimosa igual a família da mãe.
Eu e Aquiles estamos bem. Temos nossas brigas que logo resolvemos, temos problemas e dívidas como qualquer casal, e claro, resolvemos também. Raramente deixamos alguma coisa pendente.
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Begins. - Livro único.
RomanceO que fazer quando precisa-se esquecer o passado, as decepções da vida e talvez um passado obscuro? Será que morar em outro continente pode ser uma boa ideia? Para Briséis foi uma boa solução e para o Aquiles? Briséis é uma menina doce, alegre e in...