Capítulo 31 💙

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Tempo eu poderia ter de sobra nesse momento, mas quando se trata de fazer Domminick pagar pelo mal que fez a muitas pessoas e para as pessoas que eu amo, o tempo se torna curto. Saio em disparada procurando pela picape, mas sou barrado por Clark bem enfaixado.

- Onde você vai?

- Preciso terminar isso.

- Você não sabe se é outra cilada, Aquiles. - avisa ele. - Pelo menos me deixe ir com você.

- Desse jeito? - aponto para o seu abdômen enfaixado, assim como a sua cabeça.

- Não foi tão grave, estou bem, consigo atirar em mais alguma coisa. - brinca ele.

- Tem mais alguém para ir conosco? - pergunto olhando ao redor.

- Sim, relaxa. Só vamos terminar isso logo.

Meia hora para chegar no local que é contra mão para o Vaticano. A minha cabeça está a milhão, meu celular está cheio de mensagens ameaçadoras de Briseis, sem contar que ela deve ter me bloqueado, ligações da minha mãe estão saltando na caixa perdida, assim como da minha sogra também.

Parados em frente a residência Hastings, vemos que o portão importado não está trancado as sete chaves, e mais fácil ainda foi estar com os detetives e ter a entrada liberada. Adentramos e fomos direto para o andar de cima. Verificamos e nada. Foi quando lembrei que a sala de Domminick fica na parte interna do térreo.

Sem avisar Clark, desço as escadas e corro para o interior do corredor, paro em frente as portas em tom amadeirado e a abro, vendo que o escritório de Domminick está impecável de limpo. Meus olhos caem na mesa de carvalho branco que tanto venho procurando. Ando as pressas, me abaixo e sorrio ao ver o cofre bem encrustado na madeira branca, mas a felicidade dura pouco ao ver que precisa de uma chave.

- Droga! - praguejo. Me levanto e levo um susto enorme quando vejo a própria Briseis com ar de raiva e olhos faiscantes.

- Oi querido. - diz entre dentes.

- Com soube que estou aqui?

- Helena.

- Mas...

- Você está literalmente ferrado! - fala adentrando o recinto vindo pra cima de mim. Eu estaria rindo do modo como ela está tentando me bater com o braço engessado, mas o momento precisa do meu controle e raciocínio, então a imobilizei fazendo o meu quadril prensar a cintura sob a mesa.

- Eu sei que está com raiva.

- Estou fervendo! - cospe as palavras fazendo suas bochechas ficarem rubras.

- Isso pode esperar, eu preciso abrir uma coisa.

- Não vou abrir as minhas pernas pra você aqui. - rebate ela se debatendo. Reviro os olhos e observo o recinto a procura de algo suspeito por ser a chave.

- Briseis, da última vez em que esteve aqui, teve alguma coisa parecida com uma chave? - pergunto enquanto ela resmunga. - Briseis, é sério! Eu preciso dessa chave!

- Pra que?

- Eu preciso das provas que possa deixar Domminick preso pra sempre. - indago fazendo ela soltar o ar e começar a pensar. Solto seu corpo e sinto ela se afastar para logo ela correr até a estante de livros.

- Eu sei que está aqui! Eu me lembro! - murmura derrubando livros e mais livros pesados de Domminick, até que ela vira-se pra mim com uma Bíblia grossa em tom vermelho sangue. Ela vira e revira o livro vermelho e logo uma pequena caixinha cai fazendo um pequeno som no chão. Briseis solta o ar e se abaixa rapidamente para pegá-lo mas escuto o seu gemido de dor, ela não está cem por cento recuperada.

Begins. - Livro único.Onde histórias criam vida. Descubra agora