Capítulo 4 💛

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Nada como um bom banho pela manhã, como também uma péssima cantoria sendo que a voz é a minha, mas quem canta os males se espanta. Estou deduzindo que daqui alguns minutos a Helena virá verificar se eu levantei e com certeza irá sair rapidamente ao ouvir a minha bela voz no refrão de Yummy de Justin Bieber.

Trocada e pronta para o primeiro dia de trabalho, saio do meu quarto para tomar um café da manhã com o casal sensação. E para o meu total desconforto e nojo, ambos estão se beijando de língua. Entendam, é de língua e de um jeito que...argh!

- Bom dia galerinha do mal. - saúdo fazendo Dante parar com a lambança na minha irmã.

- Bom dia, Bris. - cumprimenta ele ajeitando a gravata enquanto minha bela irmã ajeitava o vestido bem passado.

- Bom dia, mana. - fala Helena vindo até a mesa com o café. Torci o nariz. - Relaxa, eu fiz chá pra você.

- Agradecida, mana linda. - sorrio ao me sentar na cadeira.

- Ainda não me esqueço do dia que você ficou mal por causa do café. - comentou Dante sentando-se em seu lugar.

- É, tem coisas que nem o estômago consegue suportar. - dou um sorriso e pego um pedaço de bolo.

- No seu caso, é novidade. O seu estômago não recusa nada. - ele ri e se serve de café e alguns pedaços de mamão.

- Acredite, eu também fiquei surpresa. - falei.

Helena revira os olhos e se senta em seu lugar, ao lado do marido. Olho as horas e vejo que tenho alguns minutos para comer tranquilamente.

- Briséis, tem certeza que não haverá problema em buscar o meu irmão? - sou pega desprevenida com a pergunta de Dante.

- Oh não, pode deixar comigo. - dou piscadela. Dante suspira e sorri para mim e depois olha para Helena.

- Espero que ele se sinta a vontade aqui.

- Vai sim, vamos recebê-lo bem. - tranquiliza ela. - Só a Bris não cantar e está tudo certo.

- O que? - perguntei com um pedaço de pão na boca. Helena olha pra mim e sorri sarcástica.

- Adivinha? - ela arqueou a sobrancelha.

- Deixa ela ser feliz, Helena. Eu não reclamo quando você faz aquele ruído enquanto dorme.

- Que ruído? - pergunta ela indignada. Segurei o riso, mas o meu pensamento foi alto.

- O ruído do esquilo roendo alguma coisa. - Dante ao ouvir o meu comentário, arregalou os olhos e logo explodiu em risadas.

- Não, eu não faço nenhum ruído! - Helena se defende ficando vermelha de vergonha.

- Querida, eu diria que são mais para rosnados do que ruídos, mas relaxa, é só as vezes. - diz Dante tomando um ar.

- Só as vezes? Quando dividíamos o quarto, era todas as noites. Eu não conseguia dormir. - disparei. Helena me encarou feio e eu sorri para ela.

- Se você se lembra disso, então deve se lembrar quando eu te dava uns cascudos por falar demais. - ameaçou ela.

- Ah é, e depois você ficava de castigo enquanto eu comida o seu sorvete. - pisquei. Dante estava atento a nossa pequena discussão matinal se divertindo.

Eu e Helena sempre fomos duas crianças arteiras, mas o nosso amor e carinho uma pela outra era muito maior, e essas pequenas discussões só prevalecem o nosso afeto. Ela sendo cabeça oca e eu a respondona.

- Você não tem que trabalhar, não? - ela encerra a brincadeira tomando o seu café.

- Tenho alguns minutos pra te tirar do sério. - brinco e ela revira os olhos para logo em seguida sorrir.

Begins. - Livro único.Onde histórias criam vida. Descubra agora