Briséis.
Qual cor que anima o meu dia? Azul. Não. É verde. Florescente para ser mais exata. Adoro cores vibrantes e brilhantes, então o azul entra na lista.
Mas não é que você é algo para admirar?
Qual a minha comida favorita? Todas. Não tenho frescura pra comida. Bom, você odeia cebola aparente na salada. Argh!
Você reflete nesse meu coração...
Aperto os olhos ao ouvir o toque do meu celular. Maldito Justin Timberlake quando cantou essa música e me atingiu em cheio ao ponto de colocar como toque para a ligações dele.
Viro na cama e desligo o celular. Chega! Nada de ligações, SMS, mensagens, nada de nada. Só o silêncio e a paz.
- O teto. O que falar sobre o teto? - disse tentando pensar em algo interessante sobre infiltrações e rachaduras. - É feio, fedido, mas no momento está... - deixei a frase no ar com a deixa de socorro, mas não veio a ajuda.
Bufo e saio da cama em rumo ao banheiro. Ligo a torneira da banheira no máximo e deixo encher, volto para o meu quarto e procuro alguma roupa qualquer, e assim feito, jogo na cama deslexadamente.
Dez minutos depois, estou eu, nua, submersa, cantando a plenos pulmões uma música na estação de rádio.
Não me importa se a música está alta, não me importa se eu não coloquei sais de banho na água, e nem me importa em bisbilhotar a porta e ver a minha mãe bem arrumada, de braços cruzados e de cara feia, o que me interessa é estar com a mente distante de toda essa baboseira.
A música cessa.
- Mãe, ia entrar no refrão. - choramingo.
- Briséis, eu tentei te ligar três vezes. Três vezes! - diz irritada.
- Eu entendi da primeira vez. - reviro os olhos. Ela adentra o banheiro e senta-se na tampa da privada tentando manter a calma.
- Querida, não se deve ficar trancafiada no apartamento sozinha. - diz tentando manter a calma.
- Mãe, eu sempre fui caseira e sempre estive sozinha. - retruquei cutucando as bolhas de sabão.
- Não desse jeito. - suspira derrotada.
- Mãe... - começo a minha explicação mas sou interrompida por ela.
- Faz duas semanas e nada de notícias suas. Eu pensei no pior.
- Mãe, eu falei com a senhora no domingo. E hoje é terça. - resmunguei revirei os olhos.
- Não brinque comigo Briséis eu sou sua mãe. - alerta ela.
- Ok. Eu só precisava de um tempo pra pensar nas coisas. - expliquei. Dona Martha com seus olhos azuis penetrantes esperavam por mais, eu sei. - Vou ficar bem. Pode confiar.
Ela hesitou por alguns segundos, ainda me fitando, me analisando como uma mãe faria com o filho.
- Posso mesmo?
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Begins. - Livro único.
RomanceO que fazer quando precisa-se esquecer o passado, as decepções da vida e talvez um passado obscuro? Será que morar em outro continente pode ser uma boa ideia? Para Briséis foi uma boa solução e para o Aquiles? Briséis é uma menina doce, alegre e in...